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terça-feira, 11 de agosto de 2009

GREVE DA POLÍCIA CIVIL DO CEARÁ

"Justiça não consegue barrar greve de policiais"

"Já são seis dias de continuidade da greve após ter sido emitida uma ordem judicial para que a classe volte ao trabalho."

"Seis dias após a Justiça ter determinado o fim da greve dos policiais civis cearenses, a ordem permanece sendo descumprida. Ontem, dois oficiais de Justiça tentaram, durante todo o dia, intimar os representantes da categoria, mas os diretores do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpoci) não foram localizados. Estrategicamente, eles não compareceram à sede da instituição.

A atitude do sindicato provocou uma dura reação do secretário-adjunto da Segurança Pública, Nival Freire, que está respondendo interinamente pela Pasta. “Isso é uma falta de respeito à Justiça e à população, que está sofrendo por conta de uma greve que já foi considerada ilegal.” Freire prometeu encaminhar, na manhã de hoje, um ofício à Procuradoria Geral do Estado (PGE), requerendo medidas jurídicas urgentes contra o sindicato.

“Tudo o que juridicamente for necessário fazer, nós faremos para que haja uma responsabilização diante da desobediência judicial. Eu não esperava uma atitude dessa do sindicato dos policiais. Alguém assumirá as responsabilidades. Espero que eles (os líderes da categoria) repensem as suas atitudes”, disse Freire.

Por volta das 16 horas de ontem, a reportagem do Diário do Nordeste conversou - por telefone - com o vice-presidente do Sinpoci, Marcos Costa. Indagado sobre o fato, ele informou que a entidade não foi notificada da medida judicial. A ordem para que a categoria retornasse imediatamente ao trabalho foi tomada na última quarta-feira pelo juiz de Direito, Carlos Augusto Gomes Correia, titular da 14ª Vara da Fazenda Pública. Além de determinar o retorno ao trabalho, ele estipulou uma multa diária de R$ 10 mil, em caso de descumprimento.

Ainda por telefone, Marcos Costa afirmou que não estava na sede do Sinpoci. Alegou que “estava indo para uma delegacia.” O telefone celular do presidente do Sinpoci, Weudo Jorge Queiroz, permaneceu o dia inteiro desligado.

Sem sucesso

O oficial de Justiça João Batista Fernandes informou ao Diário do Nordeste que esteve por duas vezes na sede do Sinpoci com a missão de entregar a citação judicial aos representantes da categoria, mas não obteve sucesso. “Esta é a segunda vez que venho aqui e não consigo entregar o documento. Na primeira, havia apenas dois funcionários. Agora, quando retornei, encontrei as portas do sindicato fechadas”, disse Fernandes ao Diário, por telefone, às 18 horas de ontem.

Enquanto a Justiça não consegue intimar o Sinpoci sobre a ordem para o retorno ao trabalho, os policiais civis - que iniciaram a greve no dia 23 de julho - continuam de braços cruzados. No fim de semana, a população sofreu muitos transtornos ao procurar uma delegacia para o registro de queixa.

No domingo, apenas o 30º DP (Conjunto São Cristóvão) esteve aberto durante o dia. À noite, a partir das 20 horas, o ´plantão de greve´ foi transferido para o 8º DP (José Walter). Quem procurou atendimento para o registro de Boletim de Ocorrência (B.O.) teve que enfrentar fila e uma demora de até sete horas."

(Fonte: Jornal Diário do Nordeste)

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