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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

BRASIL É O 13º EM PRODUÇÃO CIENTÍFICA, DIZ UNESCO

Neste ano, o relatório da UNESCO sobre Ciência (versão em português), que analisa o status da ciência em torno do mundo, dedicou um capítulo inteiro sobre o Brasil. De acordo com o documento, a nona economia do mundo avançou nos investimentos em pesquisa e desenvolvimento graças ao crescimento econômico.

Foram US$23 bilhões gastos, em 2008, algo comparável aos investimentos da Espanha (US$ 20 bilhões) e Itália (US$22 bilhões) em termos absolutos. Porém, em comparação a produção, o Brasil ficou para trás em relação a estes países. Ocupou o 13º lugar no ranking mundial de produção científica.

Ainda que os números de artigos científicos e doutorados finalizados a cada ano tenham aumentado – 26.482 artigos científicos em periódicos indexados pelo Thomson Reuter’s Science Citation Index em 2008 – é possível notar falta de homogeneidade na distribuição regional dos profissionais acadêmicos e na base de conhecimentos do país: 60% de todos os artigos científicos se originaram em apenas sete universidades, sendo que quatro delas estão no estado de São Paulo. Também há uma falta de homogeneidade nos campos das diferentes disciplinas.

No Brasil, entre 2000 e 2008, houve aumento no gasto interno bruto em pesquisa e desenvolvimento de 28% - de R$ 25,5 bilhões para R$ 32,8 bilhões. Em 2000 os investimentos correspondiam a 1,02% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto em 2008, foi de 1,09%. Mas a Unesco indica que seria preciso mais. Para alcançar uma boa média de financiamento público, o Brasil precisaria investir um adicional de R$ 3,3 bilhões. Esse montante corresponde, grosso modo, a três vezes o orçamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Outra característica marcante é que o setor público arca com a sua maior parte (55%), algo comum a quase todos os países em desenvolvimento. Aproximadamente três quartos dos cientistas continuam trabalhando no setor acadêmico.

(Fonte: iG)

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