Em comunicado divulgado neste sábado (13/03) no site da "Rádio Vaticano", o porta-voz da Santa Sé reiterou que Joseph Ratzinger não sabia do caso quando autorizou que um sacerdote, com antecedentes de pedofilia e que tinha sido expulso por esse motivo do bispado da cidade alemã de Essen, conduzisse atividades pastorais em Munique.
O incidente, na década de 80, veio à tona ontem, publicado pelo jornal alemão "Süddeutsche Zeitung".
"É evidente que nos últimos dias alguém buscou, até com certo empenho em Regensburg e em Munique, elementos para implicar pessoalmente o pontífice nos casos de abusos. Para qualquer observador objetivo, está claro que esses esforços fracassaram", afirmou Lombardi. "Apesar da tempestade, a Igreja vê um bom caminho a ser seguido", afirmou.
Como já tivemos oportunidade de observar, esperamos que esse tormento possa ajudar toda a sociedade a melhorar proteção e formação da infância e da juventude", acrescenta.
A informação divulgada ontem pelo jornal alemão veio depois de Bento XVI se reunir no Vaticano com o chefe dos bispos da Alemanha, Robert Zollitsch.
O religioso foi convocado pelo papa para informar em primeira mão sobre os casos de abuso ocorridos nas décadas de 1970, 1980 e 1990.
Estima-se que mais de 350 crianças tenham sido abusadas.
O presidente da Conferência Episcopal Alemã também se reuniu com a Congregação para a Doutrina da Fé, que estuda adotar novas normas em todo o mundo para enfrentar os escândalos dos padres pedófilos.
O porta-voz do Vaticano afirmou que a linha de Ratzinger para lidar com a pedofilia sempre foi "a do rigor e da coerência", enfrentando as situações mais difíceis também em sua época como responsável da Congregação para a Doutrina da Fé."
(Fonte: EF e iG)
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