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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

REVIRAVOLTA À VISTA? CID ESTARIA SENDO COTADO PARA O SENADO E TASSO AO GOVERNO EM 2010

"Há quem já dê como certa a re-eleição do governador Cid Gomes (PSB) 11 meses antes da corrida pela sucessão estadual. Há até quem diga que ele sequer terá concorrente, pois conta com o apoio de quase toda a Assembleia Legislativa e ouve de uma dúzia de partidos promessas de empenho na campanha pela recondução. No Parlamento, 44 dos 46 deputados são aliados.

Porém, um novo rumo pode estar sendo traçado para o (ainda) comandante do Palácio Iracema. Em tese, definido por ele mesmo e com um desembarque bem distante do Ceará. Ontem, especulações de que Cid iria concorrer ao Senado e não mais ao Executivo vieram a público. A citação foi feita na coluna Informe DF, do jornalista Luiz Carlos Azedo, do Correio Braziliense.

Em reunião com a bancada estadual do PMDB semana passada, o governador teria dito não estar disposto a lançar-se à re-eleição. Segundo o colunista, essa seria uma reação às ameaças do PT de participar da briga com candidato próprio, caso o deputado federal Ciro Gomes (PSB) concorra à Presidência, prejudicando, assim, o palanque de Dilma Rousseff (PT) no Ceará. Semana passada, a prefeita de Fortaleza , Luizianne Lins (PT), admitiu esse cenário. Ela é cotada para suceder o atual presidente do partido, Ilário Marques.

O reflexo disso mexeria com os ânimos do PSDB, que oficializaria uma chapa para tentar retornar ao Governo. O candidato seria o senador Tasso Jereissati, que já sentou na cadeira mais importante do Estado por três vezes (1987-1991; 1995-1998; e 1999-2002).

Contudo, Cid mantém a postura de não comentar nada referente ao próximo ano. Ontem pela manhã, durante inauguração da primeira delegacia 24 horas, disse, mais uma vez, que só fala sobre 2010 em 2010. Entretanto, o assunto teve repercussão imediata entre os parceiros do governador.

Todos puseram panos quentes nas especulações. “Isso é completamente fora de propósito. Ele é candidato natural à re-eleição. O Cid é muito moço para ir para o Senado e o Tasso já cumpriu o papel dele no Governo”, descartou o vice-líder do bloco PT-PSB-PMDB na Assembleia, Sérgio Aguiar (PSB). Em seguida, ele tentou listar motivos pelos quais a recondução deve acontecer.

Para o parlamentar, Cid não terá tempo de concluir todos os projetos prometidos até o final do próximo ano. Como exemplo, citou a siderúrgica, a refinaria de petróleo, o aquário e o Eixão da Integração. Por conta disso, “mereceria” mais quatro anos de mandato. “Será o momento de consolidar as grandes obras. Acredito que o governador não tenha um plano B. Só o plano A. E o partido está unanimemente fechado nessa questão”, complementou Aguiar.

O líder da bancada do PSDB no Legislativo, João Jaime, também negou que articulações estejam sendo feitas nesse sentido. Pelo menos nos corredores da AL. “Eu acredito fortemente que vamos apoiar a re-eleição dele. Mas toda possibilidade existe. Só que esse é um assunto que nunca foi tratado. Agora...é bom? É bom! Mas a gente nem comenta”, desconversou o tucano, classificando as ameaças do PT como chantagem para obter vantagens em cima do governador.
O único a admitir a hipótese foi o presidente regional do PSDB, Carlos Matos. E lembrou dos apelos dos prefeitos do interior para que Tasso de fato seja candidato ao Governo. Na convenção do partido meses atrás, essa foi a maior reivindicação. Todos diziam-se insatisfeitos com a gestão de Cid.

Matos previu um posicionamento oficial da legenda sobre o futuro do senador para dezembro. “Todos os cenários estão abertos. Nada está descartado. Tem muitas variáveis e muita água vai rolar ainda, mas a candidatura dele [Tasso] para o Governo está sendo muito pedida pelos prefeitos. Hoje mesmo recebi um grupo que me dizia isso”, revelou.

Dentro do PMDB, a tática adotada é o silêncio. O presidente dos peemedebistas, deputado federal Eunício Oliveira (PMDB), negou-se a dar declarações sobre o assunto. Candidato declarado de Cid ao Senado, ele foi apontado pelo colunista como um dos que ficara surpreso com as supostas confissões do governador de que estaria em dúvida sobre o próprio futuro político.

Através da assessoria de imprensa, Eunício ponderou que a reunião com a bancada não foi pautada pela eleição 2010. “Ele disse: ‘não vou dar declaração porque nem o governador está falando’”, narrou uma das assessoras do parlamentar.

Já no gabinete de Tasso, o tom foi de rechaçar qualquer especulação. A assessoria do senador desconsiderou os cenários pintados por Luís Carlos Azedo dizendo que já está claro o desejo do parlamentar de permanecer no Congresso e não voltar ao Governo cearense. Tasso está nos Estados Unidos e só retorna ao Brasil na segunda-feira, 19."

(Fonte: Bruno de Castro - Jornal O Estado)

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