"Lula, o filho do Brasil", a superprodução de Fábio Barreto que contará a história do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será lançado nos cinemas no primeiro dia de 2010. Um mês antes, quase como uma sugestão de presente de Natal para a família brasileira, chegará às lojas o CD com a trilha sonora do filme, personalista a seu modo - ou melhor, ao modo do presidente, que escolheu pessoalmente algumas das músicas que estarão nos cinemas em janeiro.
Ele pediu a inclusão de canções que estão em sua memória afetiva. Na seleção entraram Zezé Di Camargo e Luciano, favoritos de Lula desde a campanha presidencial de 2002, com uma regravação de "Meu primeiro amor" feita especialmente para o filme. Nana Caymmi regravou "Nossa canção", lançada por Luiz Ayrão nos anos 60, e a versão de Ivan Lins e Roberto Ribeiro para o samba político "Desesperar jamais", de Ivan e Victor Martins.
O filme abrangerá os primeiros 35 anos da vida de Lula, que completará 64 na próxima terça-feira. A trilha sonora faz referências diretas à trajetória do presidente neste período. Também participam dela os Demônios da Garoa, sambistas de São Paulo na ativa há 66 anos, com uma gravação de "Saudosa maloca", de Adoniran Barbosa; Altemar Dutra, que ficou conhecido como o "Rei do bolero" (e morreu precocemente em 1983), canta a derramada "Sentimental demais"; e Cely Campello, precursora do rock no Brasil nos anos 50, com a infalível "Estúpido cupido".
O tema "Prá frente Brasil", de Miguel Gustavo, cantando por todo o país durante a campanha do tricampeonato de futebol no México, em 1970, também entrou - no filme e no CD.
O filme tem gerado expectativa também fora do Brasil. Nesta terça-feira, o jornal espanhol "El País" publicou reportagem intitulada "Superestrela Lula da Silva", em que descreve o filme como um marco para o país. "Nunca um filme teve tanta difusão nacional na história cinematográfica do Brasil. Será uma verdadeira mobilização. O longa não só poderá ser visto em 400 salas, um número muito maior que o normal, como está previsto que seja projetado em telas itinerantes para chegar até os rincões mais pobres e longínquos do país", informa a reportagem.
Recentemente, o jornal americano Los Angeles Times também dedicou espaço ao filme.
O texto do "El País" afirma que os que já assistiram a "Lula, el hijo de Brasil" "asseguram que é difícil não se emocionar com a epopeia deste homem (...) que se converteu, pela boca do próprio presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no político mais popular do mundo".
(Fonte: Ricardo Calazans - O Globo)
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