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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

CEARÁ - "POLICIAIS CIVIS DIZEM QUE INTEGRANTES DA CORREGEDORIA DA SSPDS E O SUPERINTENDENTE DA POLÍCIA CIVIL DEVERIAM SER AFASTADOS"

"Segundo declarações dos políciais civis do estado do Ceará, afastados recentemente sob acusação de envolvimento com possíveis crimes de torturas praticadas contra presos, e que é objeto de apuração pela própria Polícia Civil e pela Procuradoria Geral de Justiça do Ceará, integrantes da corregedoria geral dos órgãos da secretaria da segurança pública e defesa social do Ceará, também deveriam ser afastados.

Alegam os policiais civis afastados, que tanto o corregedor geral já foi "denunciado" pelo Movimento 1964-1985, por acusações de prática de crimes contra presos políticos durante o regime militar, bem como por haver sido investido do cargo de corregedor geral sem estar afastado da militância advocatícia na OAB-CE, pois exerceu a atividade concomitantemente vários meses, até haver pedido o afastamento do exercício da advocacia, segundo os arquivos da OAB-CE, depois de denúncias formuladas perante o tribunal de contas do estado do Ceará e às justiças estadual e federal, inclusive dando conta de que ele não preenchia os requistos legais para exercer o cargo quando assumiu - 15 anos de advocacia plena.

Também oficiais da Polícia Militar ali lotados na condição de corregedores, respondem na justiça por homicídio, além de outro está com processo de expulsão em andamento porque era capelão da Polícia Militar e contraíu matrimônio.

Segundo os policiais civis afastados, o próprio secretário da segurança pública do Ceará, já reconheceu perante a mídia local, que está havendo "dois pesos e duas medidas" para o caso.

É grave a situação nos bastidores da segurança pública do Ceará. Segundo ainda os policiais civis afastados, existe insatisfações também no próprio ministério público estadual, pelo fato do secretário e do governador, não haverem aceito a recomendação para também afastar do cargo o superintendente da Polícia Civil, pois esse está sendo acusado de crime de tortura.

Os policiais para comprovarem a veracidade dos fatos, entregaram farta documentação ao ministério público que comprometeriam os corregedores e o próprio superintendente da Polícia Civil.

As acusações são graves contra a frágil segurança pública cearense."

"Como prova, um dos Fac-símile apresentados, dando conta de que um dos corregedores foi envolvido em homicídio:"


Fortaleza, Ceará - Segunda-feira 01 de março de 1999


PMs serão interrogados na 1ª Vara do Júri

"Denunciados pela morte do servente Benegildo, da Silva Fonseca, o ‘Gildo’, o tenente Marcelo Ribeiro de Abreu e o soldados Adailton Leite Lima, Cristiano Silva, serão interrogados no dia 26 de abril deste ano, na 1 Vara do Júri, pelo Juiz de Direito José Mário dos Martins Coelho.

Na peça acusatória, o promotor de Justiça Francisco Marques de Lima, autor da delação, os responsabiliza por homicídio qualificado por motivo e surpresa, cuja pena varia de 12 a 30 anos de reclusão. A vítima foi atingida com um balaço nas costas, sem poder esboçar qualquer reação.

O crime aconteceu no dia 15 de novembro do ano passado, na Rua Henrique de Castro, no Jardim das Oliveiras, sendo descoberto na manhã do dia seguinte porque a vítima foi encontrada sem vida no quintal da residência da senhora. Luísa Silva de Carvalho.

Benegildo, acompanhado de dois amigos, foi morto durante uma perseguição policial. O servente encontrou-se com os colegas Pedro Emanuel e Gerson Aguiar, com quem passou a conversar. Suspeitos de conduta irregular, os três foram abordados pelos acusados os quais ocupavam a viatura de 544, da Polícia Militar. Sentindo-se perseguidos, eles correram, razão pela qual, os militares atiraram em ‘Gildo’. Ele foi ,atingido com um tiro, caiu no quintal da residência de Luísa Silva, onde caiu à procura de socorro."

(Fonte: Blog Mirando a Polícia com matéria do Jornal Diário do Nordeste; Programa Plantão de Polícia)

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