"A 2ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua iniciou ontem (17/11) a fase de depoimentos das testemunhas do processo que investiga a tentativa de homicídio contra o espanhol Marcelino Ruiz Campelo. Ele ficou paraplégico depois de ter sido atingido por um tiro durante perseguição policial equivocada, quando um grupo de PMs alvejou o veículo em que a vítima trafegava, na Avenida Raul Barbosa, em 26 de setembro de 2007.
Na primeira audiência, foram ouvidas 11 testemunhas arroladas pelo Ministério Público. Mais 31 testemunhas devem prestar depoimento nesta quinta-feira (19/11), mais 24 na próxima terça-feira (24/11) e, por fim, na quinta-feira (26/11), os 10 policiais militares que são réus no processo prestarão os seus depoimentos perante as suas defesas, o juiz Henrique Jorge Silveira e a promotora Joseana França.
Francisco Emanuel Rodrigues Felipe, Francisco Elnias de Sousa, Luiz Ary da Silva Barbosa Júnior, Antônio Liberato Lima Neto, Francisco Eloy da Silva Neto, Marcelo Lima Alves, Antônio Eduardo Martins Maia, Francisco Edenildo de Lima, Rinaldo Carmo Sousa e Marcos Antônio da Silva, todos integrantes da corporação da Polícia Militar do Ceará, estão respondendo por homicídio qualificado nas penas do artigo 121 §2º inciso IV (à traição ou emboscada); artigo 14, inciso II (tentativa de homicídio); artigo 29 (concurso de pessoas); artigo 69 (ação que ocasiona dois ou mais crimes, idênticos ou não); e artigo 73 (quando por acidente ou erro, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia, atinge pessoa diversa).
Constam como vítimas no processo, além de Marcelino Ruiz, a esposa dele, Maria del Mar Santiago Almudever, que escapou ilesa do episódio; o italiano Innocenzo Brancati, que dirigia o veículo e foi atingido no braço e na perna, e a esposa deste segundo, a brasileira Denise Sales Campos Brancati, que também saiu com ferimento à bala, na perna esquerda.
Segundo a acusação do Ministério Público, na noite do dia 26 de setembro de 2007, por volta das 21 horas, as vítimas trafegavam no sentido Aeroporto-Aldeota, em uma caminhonete Hillux, quando foram alvejados por vários disparos de viaturas policiais que, naquele momento, faziam cerco no intuito de capturar acusados de roubar um caixa eletrônico do Banco do Brasil, delito cometido no bairro Benfica horas antes.
O que levou os policiais ao local do crime foi o fato de, na fuga, os criminosos terem deixado cair o caixa eletrônico nas proximidades daquela via de Fortaleza. A informação inicial era de que os bandidos trafegavam em uma caminhonete modelo S-10, porém, cogitou-se a possibilidade de ser uma Hillux, o que levou os policiais a desconfiarem do veículo em que estavam as vítimas, muito embora fosse o alvo errado.
Sem fazer abordagem, os policiais efetuaram diversos disparos, 22 dos quais atingiram o veículo. Segundo o Ministério Público, os disparos só cessaram quando a vítima Denise resolveu sair do veículo para demonstrar que não se tratava dos bandidos que estavam sendo perseguidos.
Caso sejam pronunciados a Júri Popular, os 10 acusados podem ser condenados a até 30 anos de reclusão."
(Fonte: TJCE e Portal do SVM)
Na primeira audiência, foram ouvidas 11 testemunhas arroladas pelo Ministério Público. Mais 31 testemunhas devem prestar depoimento nesta quinta-feira (19/11), mais 24 na próxima terça-feira (24/11) e, por fim, na quinta-feira (26/11), os 10 policiais militares que são réus no processo prestarão os seus depoimentos perante as suas defesas, o juiz Henrique Jorge Silveira e a promotora Joseana França.
Francisco Emanuel Rodrigues Felipe, Francisco Elnias de Sousa, Luiz Ary da Silva Barbosa Júnior, Antônio Liberato Lima Neto, Francisco Eloy da Silva Neto, Marcelo Lima Alves, Antônio Eduardo Martins Maia, Francisco Edenildo de Lima, Rinaldo Carmo Sousa e Marcos Antônio da Silva, todos integrantes da corporação da Polícia Militar do Ceará, estão respondendo por homicídio qualificado nas penas do artigo 121 §2º inciso IV (à traição ou emboscada); artigo 14, inciso II (tentativa de homicídio); artigo 29 (concurso de pessoas); artigo 69 (ação que ocasiona dois ou mais crimes, idênticos ou não); e artigo 73 (quando por acidente ou erro, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia, atinge pessoa diversa).
Constam como vítimas no processo, além de Marcelino Ruiz, a esposa dele, Maria del Mar Santiago Almudever, que escapou ilesa do episódio; o italiano Innocenzo Brancati, que dirigia o veículo e foi atingido no braço e na perna, e a esposa deste segundo, a brasileira Denise Sales Campos Brancati, que também saiu com ferimento à bala, na perna esquerda.
Segundo a acusação do Ministério Público, na noite do dia 26 de setembro de 2007, por volta das 21 horas, as vítimas trafegavam no sentido Aeroporto-Aldeota, em uma caminhonete Hillux, quando foram alvejados por vários disparos de viaturas policiais que, naquele momento, faziam cerco no intuito de capturar acusados de roubar um caixa eletrônico do Banco do Brasil, delito cometido no bairro Benfica horas antes.
O que levou os policiais ao local do crime foi o fato de, na fuga, os criminosos terem deixado cair o caixa eletrônico nas proximidades daquela via de Fortaleza. A informação inicial era de que os bandidos trafegavam em uma caminhonete modelo S-10, porém, cogitou-se a possibilidade de ser uma Hillux, o que levou os policiais a desconfiarem do veículo em que estavam as vítimas, muito embora fosse o alvo errado.
Sem fazer abordagem, os policiais efetuaram diversos disparos, 22 dos quais atingiram o veículo. Segundo o Ministério Público, os disparos só cessaram quando a vítima Denise resolveu sair do veículo para demonstrar que não se tratava dos bandidos que estavam sendo perseguidos.
Caso sejam pronunciados a Júri Popular, os 10 acusados podem ser condenados a até 30 anos de reclusão."
(Fonte: TJCE e Portal do SVM)
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