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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

FUNCIONALISMO PÚBLICO - ASSÉDIO MORAL ATINGE 38% DOS SERVIDORES

"Comissão será formada para investigar ações nas instituições públicas do Ceará e propor soluções."

"Nas últimas décadas, o assédio moral ou violência moral vem gradativamente sendo reconhecido como um sério problema no ambiente de trabalho. A professora de Psicologia da Universidade de Fortaleza (Unifor), Regina Viana, realizou uma pesquisa com funcionários públicos de Fortaleza, Sobral e Crato e identificou que 38% deles sofrem assédio moral.

Já no caso das empresas privadas, ela afirma que somente 25% dos funcionários declaram sofrer assédio. Para reverter esse quadro e amparar o servidor público, até o fim deste ano, uma comissão será especialmente formada para investigar e propor soluções para o problema.

Rejeição, depreciação, indiferença, exposições repetitivas, ou qualquer outra situação humilhante que gere sofrimento a saúde mental do trabalhador podem ser considerados exemplos de assédio moral. Segundo a professora, qualquer situação constrangedora que dure, em média, seis meses, com frequência diária ou semanal, é assédio. Ela ressalta que, no serviço público, diferente do privado, os funcionários não têm a quem recorrer, e a demanda de reclamações é grande.

Foi por isso, esclarece, que a Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado (Seplag); o Centro de Referência à Saúde do Trabalhador (Cerest); e o Fórum Unificado das Associações de Servidores Públicos do Ceará se uniram para treinar funcionários do setor de Recursos Humanos de instituições públicas e formar a comissão que avaliará todos os casos.

A psicóloga explica que, dessa maneira, o servidor poderá denunciar o assédio. Os integrantes da comissão farão visitas aos órgãos e aplicarão questionário aos funcionários. Caso seja comprovado assédio moral por conta de algum superior, será instaurado um processo administrativo ou judicial.

Regina destaca a importância de se fazer campanhas de conscientização com os servidores. Ela aponta que os casos são mais frequentes no funcionalismo público devido à estabilidade do cargo. Já nas empresas privadas, os empregados, por medo, evitam denunciar. Em casos extremos, pedem demissão e encerram o problema. "Para provar um assédio moral, é necessário contar com testemunhas e provas concretas, como gravações e vídeos", diz.

Fique por dentro - Categoria em alerta

Pesquisa, realizada ano passado, com 1.436 funcionários de bancos públicos e privados do Ceará, mostra que a categoria é uma das que mais sofre com o assédio moral no Estado. A pesquisa revelou que 21,9% dos empregados responderam que se sentiram assediados nos últimos seis meses. Segundo Eugênio Silva, secretário de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato do Bancários, entre dezenas de situações, a mais frequente é quando o "superior" não cumprimenta mais ou não fala com o funcionário."

(Fonte: Karla Camila - Portal do SVM)

Um comentário:

  1. Torço para que essa comissão funcione. E, entre suas inspeções inclua a 2ª CPG. Lá, sem exagero, somo tratados em condições análoga a escravidão.

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