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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

CEARÁ - "POLICIAIS CIVIS DIZEM QUE INTEGRANTES DA CORREGEDORIA DA SSPDS E O SUPERINTENDENTE DA POLÍCIA CIVIL DEVERIAM SER AFASTADOS"

"Segundo declarações dos políciais civis do estado do Ceará, afastados recentemente sob acusação de envolvimento com possíveis crimes de torturas praticadas contra presos, e que é objeto de apuração pela própria Polícia Civil e pela Procuradoria Geral de Justiça do Ceará, integrantes da corregedoria geral dos órgãos da secretaria da segurança pública e defesa social do Ceará, também deveriam ser afastados.

Alegam os policiais civis afastados, que tanto o corregedor geral já foi "denunciado" pelo Movimento 1964-1985, por acusações de prática de crimes contra presos políticos durante o regime militar, bem como por haver sido investido do cargo de corregedor geral sem estar afastado da militância advocatícia na OAB-CE, pois exerceu a atividade concomitantemente vários meses, até haver pedido o afastamento do exercício da advocacia, segundo os arquivos da OAB-CE, depois de denúncias formuladas perante o tribunal de contas do estado do Ceará e às justiças estadual e federal, inclusive dando conta de que ele não preenchia os requistos legais para exercer o cargo quando assumiu - 15 anos de advocacia plena.

Também oficiais da Polícia Militar ali lotados na condição de corregedores, respondem na justiça por homicídio, além de outro está com processo de expulsão em andamento porque era capelão da Polícia Militar e contraíu matrimônio.

Segundo os policiais civis afastados, o próprio secretário da segurança pública do Ceará, já reconheceu perante a mídia local, que está havendo "dois pesos e duas medidas" para o caso.

É grave a situação nos bastidores da segurança pública do Ceará. Segundo ainda os policiais civis afastados, existe insatisfações também no próprio ministério público estadual, pelo fato do secretário e do governador, não haverem aceito a recomendação para também afastar do cargo o superintendente da Polícia Civil, pois esse está sendo acusado de crime de tortura.

Os policiais para comprovarem a veracidade dos fatos, entregaram farta documentação ao ministério público que comprometeriam os corregedores e o próprio superintendente da Polícia Civil.

As acusações são graves contra a frágil segurança pública cearense."

"Como prova, um dos Fac-símile apresentados, dando conta de que um dos corregedores foi envolvido em homicídio:"


Fortaleza, Ceará - Segunda-feira 01 de março de 1999


PMs serão interrogados na 1ª Vara do Júri

"Denunciados pela morte do servente Benegildo, da Silva Fonseca, o ‘Gildo’, o tenente Marcelo Ribeiro de Abreu e o soldados Adailton Leite Lima, Cristiano Silva, serão interrogados no dia 26 de abril deste ano, na 1 Vara do Júri, pelo Juiz de Direito José Mário dos Martins Coelho.

Na peça acusatória, o promotor de Justiça Francisco Marques de Lima, autor da delação, os responsabiliza por homicídio qualificado por motivo e surpresa, cuja pena varia de 12 a 30 anos de reclusão. A vítima foi atingida com um balaço nas costas, sem poder esboçar qualquer reação.

O crime aconteceu no dia 15 de novembro do ano passado, na Rua Henrique de Castro, no Jardim das Oliveiras, sendo descoberto na manhã do dia seguinte porque a vítima foi encontrada sem vida no quintal da residência da senhora. Luísa Silva de Carvalho.

Benegildo, acompanhado de dois amigos, foi morto durante uma perseguição policial. O servente encontrou-se com os colegas Pedro Emanuel e Gerson Aguiar, com quem passou a conversar. Suspeitos de conduta irregular, os três foram abordados pelos acusados os quais ocupavam a viatura de 544, da Polícia Militar. Sentindo-se perseguidos, eles correram, razão pela qual, os militares atiraram em ‘Gildo’. Ele foi ,atingido com um tiro, caiu no quintal da residência de Luísa Silva, onde caiu à procura de socorro."

(Fonte: Blog Mirando a Polícia com matéria do Jornal Diário do Nordeste; Programa Plantão de Polícia)

NOVA AÇÃO DE POLICIAMENTO NO CEARÁ

"Em Fortaleza, o ministro da Justiça, Tarso Genro, lança amanhã o programa "Território de Paz", que irá atuar nos bairros Bom Jardim, Granja Portugal, Granja Lisboa, Siqueira e Canindezinho."

"Depois do Ronda do Quarteirão, Fortaleza ganha mais uma ação que chega com a promessa de redução da violência baseada no policiamento comunitário. Amanhã, o ministro da Justiça, Tarso Genro, viaja à Capital para lançar, o programa "Território de Paz" - um pacote de ações de prevenção e combate ao crime para os bairros Bom Jardim, Granja Portugal, Granja Lisboa, Siqueira e Canindezinho.

A região foi escolhida por ser bastante afetada pelo embate de gangues que disputam o comando do tráfico de drogas.

A solenidade de lançamento do programa ocorre às 14 horas, na Praça da Granja Portugal.

Financiado pelo Governo Federal e executado em parceria com os executivos estadual e municipal, o Território repete a proposta da "polícia da boa vizinhança" do Ronda, implementada desde 2007 pelo governo Cid Gomes (PSB).

Questionado pelo O POVO, via e-mail, sobre o risco de a iniciativa cair na mesa situação do programa estadual - que aumentou a sensação de segurança, mas não teve o mesmo impacto na redução dos índices de criminalidade -, Tarso Genro preferiu reforçar que bons resultados só são alcançados quando há "proximidade" e "diálogo" entre Polícia e cidadão.

O Território, no entanto, aposta também em capacitações e ações educativas com a comunidade. Uma delas, a "Protejo" vai oferecer R$ 100 por mês aos jovens que participarem de atividades de arte-educação, formação profissional, esporte e lazer - uma tentativa de ocupar o tempo das principais vítimas da violência urbana e evitar que elas sejam cooptadas pelo crime, conforme crê o ministro. "A juventude aprende direitos e deveres e, a partir da ressocialização, tem a autoestima resgatada", explicou.

Os potenciais participantes do "Protejo", por sua vez, serão identificados pelas "Mulheres da Paz" - outra iniciativa do Território, que deverá contar com a participação de 300 líderes comunitárias para atuar na prevenção de conflitos.

Já para o combate ao uso e tráfico de drogas deverão ser destinados R$ 54 milhões, através do projeto "Ações Integradas na Prevenção ao Uso de Drogas e Violência" - com capacitações e tratamento de reinserção social.

Fortaleza é a quarta capital do Nordeste e a 11ª do Brasil a receber o "Território de Paz". Dentre as que já participam da iniciativa, estão, por exemplo, Recife (PE), Salvador (BA), Maceió (AL), Rio de Janeiro (RJ), Belém (PA) e Porto Alegre (RS).

Parceria local

O bom andamento do programa vai depender não apenas da ação federal, mas também do empenho dos executivos estadual e municipal. Conforme O POVO publicou na edição de 1º de outubro deste ano, a Prefeitura de Fortaleza chegou a receber um alerta do Ministério da Justiça porque, até aquela data, não havia prestado contas sobre a execução mínima (30%) dos recursos do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). A gestão precisou correr para apresentar os dados e, assim, não perder a verba prevista para o ano de 2010.

Apesar disso, Tarso Genro elogiou a atuação da Prefeitura na área de segurança e reconheceu que ainda há dificuldades dos poderes municipais - não só de Fortaleza - em atuar como protagonistas da luta pela violência, já que tal atribuição passou a ser prioritariamente dos governos estaduais.

Como primeiro passo do apoio da administração local ao Território de Paz, a prefeita Luizianne e o governador Cid Gomes são esperados, amanhã, no lançamento do programa."

(Fonte: Hébely Rebouças - Jornal o Povo)

NOVO ÓRGÃO DA OAB INVESTIGA SEUS FILIADOS

"A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) federal criou, no mês passado, uma corregedoria para fiscalizar a atuação das seções estaduais nos casos de denúncias contra inscritos, como informa reportagem publicada no Jornal Folha de S. Paulo desta sugunda-feira (30). O Conselho Federal da OAB percebeu que o número de queixas cresceu significativamente nos últimos anos, mas a quantidade de julgamentos de advogados acusados de práticas como enganar os clientes não acompanhou essa elevação. A intenção é impedir que o corporativismo prevaleça.

“Com a massificação da profissão dos advogados, decorrente da proliferação de faculdades, o número de infrações disciplinares cresce assustadoramente”, afirma o criminalista Alberto Zacharias Toron, escolhido pela entidade para ser o primeiro corregedor-geral. Segundo Toron, “contribui para esse quadro também a árida realidade socioeconômica”. “Alguns agem por desespero mesmo. Faltam clientes, sobram profissionais e os honorários são minguados.”

A inspiração para a criação da corregedoria da OAB veio do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), órgão responsável pelo controle administrativo e disciplinar do Poder Judiciário, afirma o criminalista. A corregedoria do CNJ tem agido com rigor nos casos em que os Judiciários dos Estados permitem morosidade e até impunidade nos processos disciplinares contra juízes.

Toron afirma que algumas medidas preventivas, como formalização da contratação dos defensores, por escrito, podem facilitar o sucesso dos clientes nas ações contra advogados. As punições previstas pelo Estatuto da Advocacia são de censura, multa, suspensão e exclusão dos quadros da OAB.

Um procedimento contra um advogado começa com uma denúncia ao TED (Tribunal de Ética e Disciplina) das seções estaduais da OAB. Após o recebimento da acusação, é indicado um conselheiro da instituição para ser o relator do caso. Uma decisão final só ocorre após a passagem por três instâncias, duas nas OABs estaduais e uma no Conselho Federal. De acordo com Toron, a duração total dos procedimentos, até a última instância, deveria ser de no máximo dois anos. Para acelerar as ações, o advogado diz que serão adotadas medidas como a informatização de todo o trâmite. Denúncias podem ser encaminhadas por e-mail para corregedoria geral@oab.org.br."

(Fonte: Jornal Folha de S. Paulo e TJonline)

O QUE PODE LEVAR OS FILHOS USAREM DROGAS ?

São muitos os motivos que levarão uma pessoa ao uso, abuso ou dependência das drogas:

  • Curiosidade: como o tema é muito e normalmente pensado e discutido num contexto de repressão e medo a droga tornou-se um mito que é ao mesmo tempo temido e desejado. Quem nunca se deparou ainda pensando e mesmo desejando sentir os efeitos dessa substância? É a busca do desconhecido, o interesse em sentir-se de forma diferente e de contatar-se com o desconhecido. Essa curiosidade pode levar as pessoas a entrarem em contato com drogas e a partir daí a estabelecerem diferentes vínculos com as mesmas, vínculos esses que dependerão de vários fatores, mas principalmente das características de cada pessoa.

Outros motivos:

  • Para fugir de problemas

  • Para afastar o desprazer

  • Para buscar o prazer

  • Para curar-se

  • Para divertir-se

Cada pessoa poderá ter diferentes motivações para usar ou abusar das drogas e normalmente elas se manifestam em conjunta sendo impossível dizer que se usou droga por um motivo específico.

(Fonte: Plano de Aula - A. B. Q.)

domingo, 29 de novembro de 2009

DESVARIOS SOBRE CHEFIA E LIDERANÇA E A SUBJUGAÇÃO NACIONAL

“Cadete, ides comandar, aprendei a obedecer”.

A frase, emblemática, encima o prédio principal da Academia Militar das Agulhas Negras. É vista, digerida e encrua – se, inexoravelmente, na pele, na mente e no caráter do jovem cadete.

A frase é lapidar, peremptória, irretorquível, solene e educativa e tem sido a bússola que norteia o imaginário hierárquico e o de estrita obediência de todos os Oficiais do Exército Brasileiro.

Contudo, aquela esplêndida construção literária merece devaneios. Senão vejamos: tal qual bula de remédio, poderia conter alertas sobre o seu uso indiscriminado, excessivo, em doses cavalares, fora de hora, e assim por diante. Ou ainda, caberia um aviso do tipo, em excesso pode acarretar efeitos colaterais, como a síndrome da subserviência. Ou mesmo, só vale no âmbito da caserna, ou só entre os militares, etc.

Em caso contrário, poderemos ter nas Instituições Militares um reduto de mudos, e ouviremos, defronte a qualquer disparate, um ensurdecedor silêncio.

A subserviência como a humildade, que no seu cerne é uma virtude, quando não aponta para a pequenez, facilmente pode ser diagnosticada como fraqueza, e os infectados por elas podem morrer de desmoralização, depois de engolirem cobras e lagartos ou testemunharem, sem retorquir, coisas de seu desagrado ou prejudiciais às suas instituições.

Destarte, cabe lembrar o filosofo Kant, que a propósito sentenciou ”Quem se transforma em minhoca não deve queixar – se, depois, de ser pisado”

Por isso, alguns julgam que a incorporação boçal e soberana daquele adágio pode germinar ao longo dos anos um mal que pode alastrar – se por qualquer militar, independentemente de sua posição hierárquica, levando – o a concordar com qualquer ato falho, desde que enunciado por uma “autoridade”, o que soará ao incauto, como uma grande verdade, mesmo que seja uma insossa venalidade. Por exemplo:

- Sicrano, civil e político, pouco afeito às qualificações e características de um bom cassetete, com “autoridade” sobre a organização, pede à “Guarda de Segurança Aleatória”, que necessita urgente de cassetetes, que na escolha do instrumento a ser adquirido por licitação internacional, não indique o melhor entre os analisados pela Corporação, alegando que a decisão sobre o cassetete poderá ser de cunho político, visando os interesses nacionais e blá, blá... e, portanto, o que menos interessa é a eficiência e o preço do cassetete.

Assim, o devaneio, inconcebível no passado, poderá ser oportuno para os novos tempos.

Contudo, a perplexidade que perpassa na alma do soldado é a mesma que inunda hoje a amorfa Nação Brasileira. Assistimos, não apenas os militares, um assalto contínuo nas tradições democráticas, calamo–nos diante do infausto e do medonho como medrosos ratos.

Homens, de pretensas dignidades, de enaltecidas grandezas medram, não ousam, não reagem. Portanto, não cabe atirar a primeira pedra nos militares. É preciso virar a Nação de ponta cabeça, chutar seus fundilhos para que tenha vergonha, para que acorde.

Breve, muito breve, a sociedade brasileira se submeterá totalmente aos humores e preceitos do Estado, subjugada aos seus desmandos e aos seus ditames.

Alimentamos e acalentamos com extremado zelo um insaciável dragão. Sem destino vagaremos como mortos – vivos em pleno século XXI. Ainda, aparvalhados dançaremos a melodia que tocarem, cantaremos loas aos seus heróis de barro, saltitaremos ao estalar do chicote da besta, adoraremos falsos ídolos como na idade das trevas, e o pior, sem pejo, lamberemos os dedos.

Brasília, DF, 28 de novembro de 2009.

Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

(Fonte: Por e-mail do Cel EB Castelo Branco)

INVESTIMENTO EM RELIGIOSIDADE

"Mais que a luminosidade do sol, a luz da fé brilha forte no Ceará, onde fieis procuram os santuários espalhados pelo Estado para pagar promessas e agradecer dádivas recebidas, aproveitando a oportunidade para fazer turismo no local e, também, nas redondezas.

Padre Cícero e Nossa Senhora das Candeias atraem peregrinos a Juazeiro do Norte, no Cariri; o Santuário Mãe Rainha do Sertão leva multidões ao Vale Monumental, no Sertão Central, enquanto devotos de São Francisco de Assis invadem Canindé, na mesma região, para reverenciar o santo.
Para visitar Canindé, onde fica a Estátua de São Francisco e o maior santuário franciscano das Américas, a 126 km de Fortaleza, é intenso o número de fieis que se dirigem até lá a pé.

É para esse público que será implementado o projeto Caminhos de Assis. O roteiro turístico/religioso foi idealizado pela Secretaria do Turismo do Estado (Setur-CE)."


(Fonte: Portal do SVM citado por Clipagem do Sindieventos)

COMANDO INVESTIGARÁ VIOLÊNCIA EM QUARTEL

"O Comando Militar do Leste (CML) abriu um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a suposta agressão sofrida, na madrugada do sábado, pelo soldado Alan Cardec dos Santos Caíres, de 19 anos, quando ele tirava guarda no quartel da Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército, em Deodoro, subúrbio na Zona Oeste do Rio. O 5º Setor do CML (Relações Públicas) diz que o soldado provavelmente foi atingido na cabeça por pauladas."

"Ele foi encontrado, às 4h10 de sábado, desacordado. Levado para o Hospital Central do Exército, os médicos diagnosticaram traumatismo craniano. Ele foi submetido a uma cirurgia e se recupera no Centro de Tratamento Intensivo.

Ao ser encontrado, estava sem o fuzil com o qual montava guarda. A arma, segundo nota do CML, foi localizada na madrugada de hoje. Com o IPM é sigiloso, o Exército não divulgou onde foi feita a recuperação do fuzil nem em que condições."

(Fonte: Agência Estado)

REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA - "ADVOGADO É MORTO DURANTE ASSALTO EM CASA DE PRAIA"

"Os bandidos atirarm na vítima quando ele chegava no local onde um assalto tinha acabado de acontecer."

"Dois homens invadiram uma casa de veraneio na Praia da Taíba, em São Gonçalo, a 65 Km de Fortaleza, na madrugada deste domingo (29/11).

Os bandidos renderam cerca de oito pessoas e obrigaram todos a deitar no chão. Quando os criminosos saíam do local, levando vários objetos, como máquinas fotográficas, celulares e dinheiro, um carro com duas mulheres e um homem estacionava em frente da casa.

Surpreendidos, os assaltantes atiraram contra o veículo, atingindo o Advogado Erick Facó Mariano, de 31 anos de idade, que dirigia o carro. Ele iria passar o domingo com a família e amigos.

As mulheres que o acompanhavam saíram correndo e dois homens que passavam pelo local ainda tentaram socorrer a vítima transportando-o no próprio dentro em que ele estava. O veículo, no entanto, enguiçou, provavelmente em função dos tiros. Uma ambulância foi chamada e Erique ainda foi levado ao hospital municipal de São Gonçalo, mas não resistiu aos ferimentos."

(Fonte: TV Jangadeiro, afiliada SBT em Fortaleza - CE)

POR DENTRO DAS CRACOLÂNDIAS



"Fim de semana em São Paulo é sempre assim. Quem tem oportunidade refugia-se no litoral. Quem não tem passeia pela cidade vazia. O destino preferido é o centro histórico da capital. Ruas antigas sem o trânsito infernal. Com as lojas fechadas, é possível caminhar pela Estação da Luz, Pinacoteca e ver de perto São Jorge sobre o cavalo talhado em bronze, suspenso a mais de 11 metros do chão, em plena Praça Princesa Izabel. Mas ali existe um mundo à parte, onde adultos, jovens e crianças vivem pelo crack. Pulverizada no centro e imediações, a Cracolândia 24 horas por dia, sete dias por semana. Dia útil, feriado, dia santo. Não faz diferença. Faça chuva, faça sol, o consumo descarado da “pedra da morte” funciona na cidade mais rica do país há 20 anos.

Segunda-feira, 23 de novembro, 13h30. Calçada da Avenida Duque de Caixas, coração de São Paulo. A vendedora Tereza Peixoto do Amaral, 34 anos, anda apressada. Ela puxa pelo braço o filho Renan, 12, que saiu da escola ao meio-dia e tem que ser “despejado” no trem do metrô imediatamente. “Estou no horário de almoço. Tenho apenas uma hora para pegar o meu filho na escola, comer com ele, deixá-lo na estação do metrô para ele seguir para casa e eu voltar ao trabalho”, justifica em fração de segundos, enquanto caminha apressada.

Entre o trabalho, numa loja de confecção, e a escola do filho, Tereza passa todos os dias por uma calçada na qual há dezenas de jovens sentados em batentes de lojas que não abrem mais. Cada um deles tem um cachimbo de crack na mão e, na hora em que o organismo exige um, o fogo do isqueiro acende a pedra que abastece o vício. “Quem trabalha aqui já está acostumado com isso. Não tem mais jeito. Os viciados já fazem parte da paisagem. Se eles forem embora daqui, vai ter gente sentindo falta”, comenta Tereza a passos rápidos.

Quem ouve a vendedora falando assim, desse jeito, fica assustado com a franqueza. Assim como ela, as milhares de pessoas que caminham pela Cracolândia passam rapidamente sem dar a mínima. “Os viciados em crack não mexem com ninguém. Quando eles querem roubar, vão para outros bairros. O único problema é que eles ficam desidratados de tanto fumar essa porcaria e enchem o saco da gente pedindo água. Com pena, as pessoas acabam dando”, conta a balconista Carmem Tornioli, 42 anos. Ela trabalha numa farmácia localizada a 20 passos de um ponto em que se concentram 14 viciados.

No grupo que implora por água na farmácia da esquina, está Anderson da Silva, 21 anos. Ele tem um rosto com traços finos, olhos claros e cabelos repicados por uma lâmina de barbear. É impossível ver qualquer traço de beleza. O que chama a atenção no rapaz são os dentes apodrecidos e a falta acentuada de tecido adiposo no corpo. Não precisa ser médico para atestar que ele tem pouquíssima ou quase nenhuma gordura no organismo. Seus ossos estão logo sob a pele e, de tão magrelo, o esqueleto é arriado por falta de sustentação muscular. A pedido do Correio, Anderson foi até a farmácia em que trabalha dona Carmem e ela deixou ele se pesar. Quando o digital da balança apontou míseros 41kg para o 1m82 de Anderson, Carmem disparou. “Ta vendo só. Tô falando. Eles não comem nada. O crack inibe o apetite. Uma ONG dava almoço e jantar para essas pestes. Eles davam duas garfadas e jogavam fora”, conta a balconista.

Anderson fuma crack desde os 12 anos. Já foi preso por tráfico e agora está cumprindo o resto da pena em liberdade. Com medo de voltar para o inferno da cadeia, diz que anda “pianinho”. Ele e o bando de jovens viciados garantem que deixaram de roubar para comprar crack há muito tempo. Para permanecer livre na Cracolândia (1)e consumindo a droga em paz, o jovem conta preferir mendigar e limpar vidros dos carros que param no sinal vermelho. “Em duas horas de esmola e mais uma hora no cruzamento da rua, consigo R$ 30. Dá para comprar seis pinos (pedras) e ainda sobra troco.”

Na segunda-feira, fazia 20 dias que Anderson não tomava banho. Ele come uma única vez ao dia e o último exame médico que fez foi há 4 anos, quando ainda estava encarcerado. Por volta das 15h, ele deu duas mordidas em uma cocha de frango e três colheradas de arroz de uma marmita que encontrou na lata de lixo de um restaurante no Centro de São Paulo. Foi a primeira e única refeição do dia. Enquanto conversava sobre a vida, ele dava umas “pipadas” no cachimbo de crack. “Parei de estudar na quinta série. Eu sabia ler, mas desaprendi. Uma assistente social que passou por aqui disse que a droga me fez esquecer tudo. Aí todo mundo pergunta: quer sair dessa vida? Lógico que quero”, afirma. Com um riso irônico, completa na sequência: “Se fosse fácil, eu já tinha saído daqui e largado a droga. Ou você acha que sou burro de querer essa vida?”. Anderson não vê familiares desde os 12 anos de idade."

Abrigo do vício

"Cracolândia não é um bairro de São Paulo. É a denominação popular que algumas ruas do centro da capital receberam por abrigar consumidores e vendedores de crack. A zona engloba principalmente as avenidas Duque de Caxias, Ipiranga, Rio Branco, Cásper Líbero e a Rua Mauá, onde historicamente se desenvolveu intenso tráfico de drogas."

"Duas cenas sintetizam perfeitamente o quanto os usuários de crack já fazem parte da paisagem do Centro de São Paulo e reforçam a tese de que tirá-los da boca do lixo é missão impossível para o Poder Público. Na quinta-feira passada, um grupo de seis policiais militares montados em cavalos passou pela Avenida Duque de Caxias no momento em que o Correio conversava com os usuários de drogas. Temendo uma reação mais forte, a equipe de reportagem se afastou. Os jovens guardaram rapidamente os cachimbos com crack em bolsos e mochilas e continuaram sentados. Os policiais se aproximaram, jogaram os cavalos sobre eles e houve uma correria. Em seguida, a cavalaria dobrou a esquina e o grupo de viciados se recompôs no mesmo local. Hedan Paglioni, 18, acendeu um cachimbo tão logo os policiais sumiram do seu raio de visão. Deu duas tragadas. “Eles não fazem nada com a gente. Só jogaram o cavalo em nós porque viram que tinha imprensa aqui”, ressalta.

A outra cena envolve o programa desenvolvido pela Prefeitura de São Paulo e pelo governo do estado chamado Centro Legal. Uma equipe de enfermeiros e assistentes sociais caminha pelas ruas da Cracolândia diariamente abordando os usuários de droga. Eles tentam convencê-los a trocar a rua por atendimento médico e internação em uma clínica de reabilitação. Nos três dias em que o Correio esteve na Cracolândia, equipes do programa passaram pelo local. Mas não fizeram qualquer abordagem, apesar de haver dezenas de usuários. “Não podemos abordar as pessoas se elas estiverem consumindo ou sob o efeito de drogas”, justificou uma enfermeira que não quis se identificar.

Por causa das limitações na atuação das enfermeiras e principalmente por conta da força que o crack tem sobre o usuário, o plano de acabar com a Cracolândia vem fracassando em São Paulo. Das 29 mil abordagens feitas nos últimos quatro meses, 93% foram em vão porque o usuário recusou o tratamento. Até agora, 1,7 mil concordaram fazer uma consulta médica, mas apenas 70 aceitaram a internação e só 30 deram continuidade. “Quem fuma crack tem dificuldade de parar”, justifica a coordenadora regional de Saúde da Prefeitura de São Paulo, Márcia Gadargi.

Na Cracolândia, é fácil conhecer um usuário de droga, mesmo que ele esteja em situação acima de qualquer suspeita, como engraxando um sapato. Os dedos da mão direita deles têm uma lesão peculiar parecida com um misto de calo e queimadura. Essa combinação atrofia as unhas e escurece a pele. A deformidade ocorre porque, para cada tragada da droga, acende-se o isqueiro constantemente. O esforço que o dedo polegar faz na engrenagem do isqueiro para soltar a chama caleja e o fogo deixa feridas. “A gente se acostuma. Não dói nada. Quer dizer, se dói, eu nem sinto, porque estou 'noiado' o tempo todo”, revela Conrado Megumi, 23 anos, 10 deles dominado pela droga."

(Fonte: Ullisses Campbell - Correio Braziliense)

VIGILANTE É ASSASSINADO COM UM TIRO NA CABEÇA EM ACARAÚ - CE

"O vigilante Márcio Junior da Conceição, de 23 anos, foi morto com um tiro na cabeça, na manhã deste sábado (28/11), às 4h30. O acusado do crime é o indivíduo conhecido apenas como “Leonel”, que fugiu após cometer o assassinato. A Polícia está à procura do autor do crime. O incidente aconteceu no município de Acaraú - CE, na mesorregião do Noroeste Cearense, há 253 quilômetros de Fortaleza.

As pessoas que estavam no local não souberam informar qual o real motivo do assassinato. Na maioria das vezes, discussões banais resultam em mortes em cidades do interior do Ceará, geralmente durante bebedeiras. As informações foram repassadas pelo Sargento Soares, do Comando de Policiamento do Interior."

(Fonte: Márcio Dornelles - Ceará Agora)

E DISSE JESUS: ACAUTELAI-VOS, QUE NINGUÉM VÓS ENGANE

"O cuidado que nosso Senhor Jesus Cristo tem pelo Seu rebanho, as ovelhas que o Pai lhe deu, é incondicional, não as deixa só, e as fortalece através de Seu ensinamento, fazendo advertências quanto a homens amantes de si mesmos que utilizam da Palavra de Deus para vangloriarem e trazerem para si, a glória devida ao Senhor.

Nosso tempo presente, em toda a história da Igreja, é mais do que nunca, um reflexo, como num espelho, de tudo quanto o Senhor afirma através das Sagradas Escrituras, ao que os homens religiosos com seus títulos eclesiásticos estão fazendo de milhares de incautos e meninos inconstantes na fé. Ao bem da verdade, a maioria dos pastores atuais, são sectaristas vaidosos que comungam com suas posições infantis e heréticas, pensam ser os donos da verdade, que são os melhores exegetas do mundo, que são o depósito da fé, que são os preferidos do Senhor.

Em nenhum momento, a Bíblia transmite pela vontade divina, o que presenciamos nas igrejas evangélicas, e muito menos nas outras; as religiões de nosso tempo e o cristianismo não são o pensamento de Deus, e, muito menos, o de ter igrejas como centros organizados do cristianismo.

O pensamento de Deus é o de ter um povo na terra no qual, e no meio do qual, Cristo é tudo em todos. Esta é a Igreja.

Estaríamos equivocados quanto ao que estamos, aqui, afirmando?

Por exemplo, os evangélicos pregam o cristianismo, os católicos idem; mas estes dois grupos religiosos não dividem uma mesma doutrina e um mesmo entendimento ao ensinamento bíblico!

Cuidado para não ser enganado pelos homens!

O engano ficará cada vez mais forte até que Jesus venha. E como este engano está operando!

A cada dia, as igrejas evangélicas se distanciam do Alvo, Jesus! Todos os ensinamentos de homens, as doutrinas ensinadas, são diretamente ligados a busca de enriquecimento e soluções de problemas financeiros desta vida; ensinam que Deus, Dono do ouro e da prata, há de derramar bênçãos aos que, através de dízimos e ofertas, doam aos homens e as suas igrejas templos de tijolos.

Mas, devemos estar esperando a Sua Volta e não duvidando da Sua promessa de voltar, porém, quando o homem se preocupa com os problemas do dinheiro, logicamente, se preocupa com o dia de amanhã, e Jesus deu ênfase a esta ansiedade, pois, o dia de amanhã cuidará de si mesmo (Mateus 6); devemos esperar um cumprimento literal da Sua Vinda; devemos esperá-la com confiança e fé, apesar do fato que seja muito tempo e o mundo zombe dela; e como a maioria dos evangélicos e seus líderes a tem zombado!

Muitos estão se escondendo atrás da chamada “teologia”, para introduzirem ensinamentos que contradizem a Palavra de Deus, distorcendo as Sagradas Escrituras com falsas afirmações, lendas, querendo que muitos se enfraqueçam na fé;

Criam desvios na Palavra de Deus, iludem com falsas afirmações bíblicas, utilizam de versículos que não são aplicados ao nosso tempo presente, a nós, os gentios; uma hermenêutica demoníaca, onde profanam a vontade divina a que se deve buscar primeiro o Reino de Deus e a Sua justiça, tentando esconder que Deus irá conceder todas as necessidades através de ofertas mirabolantes, na compra dizimista, que as igrejas templos de tijolos são locais exclusivamente santos, ensinam vãs filosofias, divulgam crenças, mas, nada disso existe pela Palavra de Deus!! Pura heresia, Cristo nos advertiu sobre todas as coisas que deveríamos presenciar e suportar; Jesus nos ama, e deu de Si por amor de nós. Aleluia! Amém!"

Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Apocalipse 3).

(Fonte: Por e-mail do Irmão Carlos)

sábado, 28 de novembro de 2009

SAMPER: ACORDO MILITAR DOS EEUU É O MAIOR ERRO HISTÓRICO DA COLÔMBIA

"Como o maior erro histórico que cometeu seu país, qualificou o ex-presidente da Colômbia Ernesto Samper a assinatura do acordo militar deste país sul-americano com Estados Unidos (EEUU), que permitirá a instalação de sete bases militares estadunidenses em território neogranadino.

Em entrevista concedida à revista Semana, divulgada nessa segunda-feira por Telesur, Samper considerou que dar luz verde a Estados Unidos para que realice operações militares a partir de sua plataforma territorial é o novo grande erro da Colômbia, após a perda do Panamá, que se separou do território colombiano em 1903.

Samper centrou suas declarações numa análise da crise diplomática da Colômbia com a Venezuela, surgida por ocasião do polêmico acordo militar que além do mais causou um clima tenso na América do Sul.

O ex-presidente colombiano, que governou entre 1994 e 1998, considerou que, por trás da recente destruição de duias pontes improvisadas na fronteira com a Venezuela, por parte da Guarda Nacional desse país, está o assunto das bases militares que Estados Unidos está por instalar na Colômbia.

'É óbvio que por trás de todo esse tema se esconde o assunto das bases militares, que foi o maior erro histórico da Colômbia desde que se perdeu Panamá. O governo devia prever que isso poderia ser visto por muitos países como uma ameaça a sua segurança', disse Samper.

Agregou que a isso se somam os intereses políticos do atual governo colombiano, já que, a seu juízo, o prolongamento da tensa situação diplomática entre ambos países poderia favorecer uma nueva reeleição do atual presidente colombiano Álvaro Uribe.

'A manutenção do conflito pode legitimar uma eventual reeleição do presidente Álvaro Uribe', disse o ex-chefe de Estado colombiano.

Samper pôs em dúvida que a intenção do acordo seja que, desde as bases, só se lute contra o terrorismo e o narcotráfico, tal como anunciaram as partes que subscreveram tal convênio.

Além disso, recordou que, desde janeiro passado, o Pentágono estadunidense tinha as bases militares 'como parte da estratégia de segurança básica dos Estados Unidos'.

Nesse sentido, enfatizou que quando Estados Unidos solicitou incluir no acordo a base de Palanquero, no centro da Colômbia, 'estabelecía que a base também era para neutralizar os governos inimigos dos Estados Unidos'.

No mesmo sentido, ressaltou que a isso se soma que os equipamentos que serão usados, como os aviões C-17, Orion-3 ou os Awacs, são propícios para 'lançar operações de vigilância sobre a região que vão acabar de nos isolar'.

Justificou a postura do presidente venezuelano Hugo Chávez, que, en reiteradas oportunidades, sinalizou que a instalação das bases estadunidenses na Colômbia representam uma amenaça direta contra a Venezuela.

'(Hugo) Chávez efetivamente considera como um risco para a segurança da Venezuela umas bases repartidas por todo o comprimento e a extensão da Colômbia; com equipamentos que, por exemplo, desde Malambo podem ter alcance até Maracaibo (ocidente venezuelano)'.

Detalhou, ademais, que operações que se empreendam desde as bases que se preveem instalar no sul colombiano poderiam claramente ter alcance sobre a Faixa Petrolífera do Orinoco, que, no centro-oriental venezuelano, representa a maior reserva de óleo cru do mundo.

Também sentenciou que, para continuar a luta contra o narcotráfico, Colômbia não necessitava subscrever esse acordo entreguista com Estados Unidos.

'Ou as bases do sul, que podem ser uma resposta estratégica ao petróleo da Orinoquia. Isso não se pode considerar só como o delirio de um paranóico. Chávez tem direito de se sentir ameaçado pelas bases. Porque, efetivamente, nós não as necessitávamos para seguir lutando contra o narcotráfico', expressou.

Destacou que, na atual crise diplomática com a Venezuela, a Colômbia é a mais afetada ao perder pouco mais de quatro milhões diários pelo estancamento do intercâmbio comercial com seu vizinho do este.

Igualmente, disse: 'É que os mais perjudicados com as bases são a Colombia, que está internacionalizando o conflito, e em segundo lugar, os Estados Unidos. Ficamos esperando um sinal, esperançosos de que Obama mudaria as relações com a América Latina'.

Além disso, comentou: 'O país (Colômbia) está perdendo quatro milhões de dólares diários pelo estancamento das negociações com a Venezuela, há empresários desesperados e o governo o que lhes diz é que se abram para outros mercados', explicou Samper.

'Como se fosse tão simples buscar um mercado de seis bilhões, vendendo confecções aos Emiratos Árabes', acrescentou."

(Fonte: Agência Bolivariana de Notìcias, por e-mail da Fundação Lauro Campos)

INTERNET - TWITTER PERDE VISITANTES E BLOGS CONVENCIONAIS GANHAM

"Novas estatísticas da comScore sugerem que o crescimento do tão popular serviço de microblogging Twitter esteja se estabilizando, ou melhor, parando. E enquanto isso, o uso de blogs convencionais, como o Wordpress e Blogger, estão em ascendência.

Os novos dados da comScore mostram que o Twitter possuía 58,3 milhões de visitantes únicos em outubro deste ano, um pequeno declínio para os 58,4 milhões de setembro. Neste mesmo período, o Wordpress teve um aumento de 10 milhões de visitantes únicos. Veja no gráfico abaixo:

Mas somente os dados não explicam tudo. Vale lembrar que os usuários do Twitter muitas vezes fazem o uso de aplicativos de terceiros para ler e publicar os tweets; e os aplicativos baseados no Twitter, como o TweetDeck e Seesmic estão em uma fase de crescimento. Ou seja: ao invés de ter diminuído, há a possibilidade dos usuários do Twitter estarem passando a utilizar outros aplicativos para a postagem e leitura do serviço, ao invés de ir até o site propriamente dito. O que se conclui com tudo isso é que os usuários estão postando mais do que nunca, tanto em blogs convencionais, quanto no Twitter e seus similares."

(Fonte: www.geek.com, www.techcrunch.com e Ig)

ADIADO O JULGAMENTO DO PM ACUSADO DE EXECUÇÃO QUE ENVOLVE O NOME DO ATUAL VICE-PREFEITO DE CAUCAIA - CE

"Júri de policial militar acusado de homicídio é adiado a pedido da defesa."

"O juízo da 4ª Vara do Júri determinou, a pedido da defesa do réu, o adiamento do Júri Popular do policial militar Dimas Rocha Lima. Ele é um dos acusados do assassinato do militar reformado Francisco Fernando Nogueira da Silva, em outubro de 1999, numa churrascaria do bairro Parquelândia, em Fortaleza.

O réu compareceu na manhã desta sexta-feira (27/11) para ser julgado no Fórum Clóvis Beviláqua, porém o seu defensor, o advogado Francisco José Colares Filho, solicitou uma nova data para o julgamento.
O advogado alegou que, como foi constituído defensor desta causa recentemente, não houve tempo hábil para elaborar a defesa do réu em plenário. Por este motivo, o juiz titular da Vara, José Barreto de Carvalho Filho, determinou o adiamento do Júri e irá marcar, posteriormente, uma nova data para que o réu seja submetido a julgamento popular.

Além de Dimas Rocha Lima, são réus no processo Mardônio Gonçalves Vila Real, que prestava serviços de motorista e guarda-costas da vítima, e o militar reformado da Aeronáutica, Paulo de Tarso Magalhães Guerra, que hoje é vice-prefeito do município de Caucaia. Estes dois últimos recorreram da sentença de pronúncia e ainda aguardam julgamento dos recursos. Eles respondem por homicídio duplamente qualificado e, se condenados, poderão pegar de 12 a 30 anos de reclusão."

(Fonte: Blog Mirando a Polícia, citando notícia publicada no site do TJCE)

ESTADO BLOQUEIA 6.667 BENEFÍCIOS

"R$ 8,4 mi serão bloqueados."

"Mais de seis mil pessoas poderão ter seus benefícios, incluindo a 2ª parcela do décimo terceiro, bloqueados
."

"Mais de R$ 8,4 milhões em benefícios pagos a 6.667 pensionistas e servidores públicos aposentados de todo o Ceará, que ainda não se recadastraram neste ano, poderão ser bloqueados nos próximos dias primeiro e dois do próximo mês, pelo governo estadual, através da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag).

O montante corresponde a aproximadamente 8% do valor total da folha pagamento mensal, que remunera 62 mil beneficiários cearenses.

Segundo a Seplag, pouco mais de 55 mil pessoas já efetuaram a atualização cadastral e não correm risco de perder a aposentadoria ou pensão.

Contudo, 18 mil benefícios chegaram a ser bloqueados durante o ano inteiro, só que 93% desse total conseguiram reaver a remuneração, através da efetivação do novo cadastro. "Das pessoas que precisam fazer o recadastramento, quase 1.200 já estão com o pagamento bloqueado, prestes a ser cancelado. São oriundos das duas primeiras chamadas para recadastro, feitas nos dois primeiros trimestres deste ano", afirmou Sérgio Lage, coordenador de Gestão Previdenciária do Estado do Ceará. O restante se juntou às pessoas que precisam regularizar sua situação com o governo. "Cerca de 5.400 outros favorecidos com o pagamento, estão sendo chamados neste momento. O prazo final para realizar a atualização vai até o último dia do ano", concluiu Lage.

13º salário

De acordo com a Seplag, a segunda parcela do décimo terceiro salário de quem ainda não se recadastrou também poderá ser bloqueada. O pagamento está previsto para os dias 14 e 15 de dezembro, porém, o beneficiário poderá ter problemas em receber o dinheiro, caso deixe o preenchimento do formulário e entrega dos documentos para o último dia. "O desbloqueio do benefício após o recadastramento é imediato, mas o valor só será disponibilizado na conta bancária, em dois dias úteis", esclareceu Sérgio Lage. Conforme a Seplag, há nove anos um trabalho de atualização das informações, que identificam o beneficiário desse tipo de pagamento, não era feito.

Medida é benéfica

Para o coordenador de Gestão Previdenciária, Sérgio Lage, a medida é indispensável e vai facilitar os futuros trabalhos de mesma natureza e na prevenção de fraudes contra o sistema, melhorando, inclusive a qualidade do atendimento.

"Agora, será possível fazer atualizações todos os anos, nos dias dos aniversários dos beneficiários, através de mala-direta ou pelo site, sem a necessidade das pessoas se deslocarem. Além disso, faremos uma triagem de quem continua vivo, a fim de evitar que terceiros recebam o dinheiro indevidamente", justificou Lage.

Documentação

O bloqueio é legal e, para evitá-lo, é preciso procurar qualquer agência do Bradesco ou a própria sede da Coordenadoria de Gestão Previdenciária do Estado, localizada no prédio da Seplag, no Cambeba, munido de originais e cópias da carteira de identidade, comprovante de endereço, CPF e último extrato bancário. Para evitar o cancelamento definitivo do benefício, é preciso agilizar o recadastramento até o dia 31 de dezembro deste ano. Devem se recadastrar os servidores públicos estaduais aposentados do Poder Executivo; militares estaduais da reserva ou reformados; pensionistas de ex-servidor estadual de todos os poderes; pensionistas de ex-militar; pensionista de Montepio; servidores públicos estaduais do Poder Executivo afastados e aguardando aposentadoria; e militares estaduais afastados, esperando reserva ou reforma.

(Fonte: Ilo Santiago Jr - Jornal Diário do Nordeste)

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

PRESÍDIOS DO CEARÁ - "PRISIONEIRO É MORTO POR COMPANHEIROS DE CELA E TEM O CORPO RETALHADO"

"Os autores do crime jogaram as partes do cadáver em vasos sanitários."

"O prisioneiro Ricardo Rodrigues de Souza foi assassinado por nove companheiros de cela na Casa de Custódia de Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza - CE. Para esconderem o corpo, os prisioneiros o retalharam e jogaram suas partes em vasos sanitários. Partes de sua cabeça foram escondidas em “quentinhas” no forro das celas.

Não se sabe o dia exato em que o crime aconteceu. As suspeitas da polícia se iniciaram no último dia 23 de novembro quando foi feita uma contagem de prisioneiros na cadeia, e constaram que faltava um. Um dos prisioneiros foi espancado na última quinta-feira (26), e acabou confessando nesta sexta (27) o assassinato de Ricardo.

Ricardo Rodrigues de Souza respondia por vários crimes, entre eles, assaltos. Um ônibus foi encaminhado para a Casa de Custódia de Caucaia para transferir os acusados pela sua morte."

(Fonte: TJonline)

ENCONTRO DE MULHERES EM BEBERIBE ABORDARÁ DIREITOS E CONQUISTAS

"O I Encontro das Mulheres de Beberibe- CE acontece, neste sábado (28/11), a partir das 16 horas, no Ginásio Desembargador Pedro de Queiroz, localizado a 83 km de Fortaleza. O encontro, que é gratuito, será aberto com o show dos cantores Ítalo e Renno.

O evento irá destacar a força da mulher atual através da troca de experiências e da discussão dos seus direitos. Entre os temas estão “As mulheres empreendedoras”; “As ações do Ministério Público voltadas para as mulheres”; “As mulheres e os aspectos sociais” e “As mulheres no Parlamento”.

Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres

O I Encontro das Mulheres de Beberibe também irá marcar a posse do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres, responsável por atuar na promoção de políticas públicas para proteção e efetivação dos direitos femininos. O grupo conta com vinte conselheiras, sendo dez titulares e dez suplentes.

Veja a programação

16h – Abertura com a apresentação da dupla Ítalo e Renno

17h – Ciclo de palestras:

“As mulheres empreendedoras”, com Maria do Socorro Araújo de Holanda – Analista de sistema e empreendedorismo;

“As Ações do Ministério Público voltadas para as mulheres”, com Vanja Fontenele Pontes – Procuradora de Justiça da Procuradoria Geral da Justiça;

“As mulheres e os aspectos sociais”, com Marcirlene Pinheiro Gomes – Superintendente do Shopping Benfica;

“As Mulheres no Parlamento”, com Tânia Gurgel – Deputada Estadual do Ceará.

“As Primeiras Damas exercendo suas funções”, com Célia Costa Lima – Presidente da Associação das Primeiras Damas do Estado do Ceará.

“Um conselho para as mulheres”, com Widylla Silva Sousa – Primeira-dama de Beberibe;

18h – Homenagens

18h20 – Posse da Diretoria do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres de Beberibe

18h40 – Show da Banda Mambo Jambo

21h30 – Encerramento

(Fonte: TJonline)

CEARÁ - "INVESTIGAÇÃO A DANTAS COMEÇA NA SEGUNDA-FEIRA"

"Inquérito será instaurado na próxima semana para apurar denúncias contra o superintendente da Polícia Civil, Luiz Carlos Dantas, de suposta tortura contra presos. Superintendente-adjunto indicará delegado que presidirá as investigações."

"O superintendente-adjunto da Polícia Civil, delegado Erivaldo Pereira, deve indicar na próxima segunda-feira o delegado que presidirá o inquérito que irá apurar supostas torturas praticadas pelo superintendente da corporação, Luiz Carlos Dantas, contra sequestradores. As investigações deveriam ser presididas por um delegado-corregedor, mas a própria Corregedoria informou ao adjunto que nenhum dos seus seis integrantes estaria disponível para apurar as denúncias contra Dantas.

"Acredito que na próxima segunda-feira teremos um nome para presidir o inquérito", comentou Erivaldo Pereira, que recebeu do secretário Roberto Monteiro a responsabilidade de apontar o nome que ficará à frente das investigações. "A prioridade é que seja um delegado-corregedor, mas como não foi possível teremos que indicar um outro delegado", ressaltou Pereira.

Apesar de investigado, o secretário já comunicou que Dantas não será afastado do cargo, descumprindo o Estatuto da Polícia Civil, que considera transgressão grave toda e qualquer suspeita de envolvimento em delitos, inclusive a prática de tortura.

A crise na Polícia teve início em agosto, depois de um suposto atentado contra a delegada Alexandra Medeiros. Com a prisão de um suposto agressor, em outubro, surgiram denúncias de tortura para que o preso apontasse um suposto envolvimento do superintendente no atentado. Dias depois, a delegada e seu cunhado, o também delegado Francisco Cavalcante, foram afastados de seus cargos para investigação das denúncias, depois que um segundo laudo de corpo de delito foi realizado. Em seguida, os delegados apresentaram denúncias de que Dantas teria torturado os sequestradores."
  • "O POVO tentou contato com Roberto Monteiro, mas foi informado por seu ajudante de ordem, tenente Gladystone, que ele estaria em evento."
(Fonte: Portal do O Povo)

MINISTRO DIZ QUE JORNALISTAS SÃO PAGOS PARA MENTIR

"O Ministro da Cultura, Juca Ferreira, atacou a imprensa, dizendo que os jornalistas “são pagos para mentir”. A reação ocorreu durante o anúncio do Programa BNDES para o Desenvolvimento da Economia da Cultura (Procult), pelo qual será destinado R$ 1 bilhão para projetos culturais até 2012. Os representantes do setor que foram à sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na manhã de quarta-feira prestigiar a iniciativa se depararam com outra discussão: a impressão, pelo Ministério da Cultura, de um panfleto dirigido a eleitores, com uma lista de mais de 300 parlamentares que votam favoravelmente às iniciativas da pasta.

Logo depois do anúncio, feito pelo diretor de Inclusão Social e Crédito do BNDES, Elvio Gaspar, o ministro foi questionado sobre o folheto, mas respondeu que preferia falar sobre o Procult. Quando os repórteres insistiram, Ferreira, que no dia anterior havia negado que o panfleto houvesse sido impresso pelo ministério, esclareceu que se trata de uma lista com nomes de vários partidos, e não só da base aliada. A listagem tem deputados de todo o País, de partidos como PT, PSDB, PP, PV, PMDB, DEM e PDT.

Sentindo-se desrespeitado

Irritado com as perguntas, o ministro disse que foi desrespeitado pela imprensa na cobertura do caso do panfleto, ressaltando que sua reação foi normal. “Meu pinto, meu coração, meu estômago e meu cérebro é uma linha só. Não sou um cara fragmentado, entendeu? Fui desrespeitado pela imprensa, que reverberou sem investigar, e por dois ou três parlamentares. É um trabalho suprapartidário. Não trabalho com esse critério, a cultura é muito mais ampla do que a política".

Nesta quinta-feira (26), o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) declarou ser “inaceitável” a forma como o ministro falou da imprensa e de parlamentares, reclamando dos termos “chulos”. A reportagem procurou o ministro da Cultura, mas sua assessoria informou que, por causa de compromissos assumidos em Ilhéus (BA), na abertura da 3ª Conferência Nacional de Cultura, ele não poderia falar com a imprensa no dia."

(Fonte: Agência Estado e Portal do SVM)

CEARÁ - "MUDA A ASSESSORIA DE IMPRENSA DA SSPDS"

"Mudança na Assessoria de Imprensa da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS): sai a jornalista Angélica Martins, que exercerá essa mesma função na Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Ceará (ARCE). Angélica deixa o setor após sete anos de atividades.

No lugar de Angélica, assumirá o jornalista Marcos Cavalcante."

(Fonte:Blog do Eliomar de Lima - Portal O Povo)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

TURISTA PORTUGUÊS É BALEADO EM ASSALTO NO CENTRO DE FORTALEZA

"Após sofrer assalto, o português identificado como Humberto Rui Ramos Moreira, de 60 anos, acabou sendo baleado no Centro de Fortaleza- CE. A ação aconteceu na tarde desta quinta-feira (27/11).

Segundo a Polícia, dois homens em uma moto surpreenderam o português que estava acompanhado da esposa, em frente à Catedral de Fortaleza, e anunciaram o assalto. Ao reagir, ele acabou sendo atingido com dois tiros (braço e perna) . Humberto foi socorrido às pressas para o Instituto Dr. José Frota (IJF) por policiais do Ronda."

"Levaram os pertences da vítima, uma câmera fotográfica, celulares...", relata o Major Ricardo Moura, supervisor de Policiamento da Capital."

Operação Centro Seguro

"O assalto aconteceu no mesmo dia do lançamento da “Operação Centro Seguro”, da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará."

(Fonte: Portal do SVM e Portal da TV Jangadeiro, afiliada SBT em Fortaleza - CE)

BRASIL CHEGA A 168 MILHÕES DE CELULARES

"168.037.030 habilitações de celulares. É isto mesmo. Este é o número atualmente existente no Brasil, segundo dados divulgados na sexta-feira (20/11) pela Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL).

O número de habilitações em outubro foi de 1.916.242, um crescimento de 1,15% sobre o mês anterior. A densidade é de 87,6 acessos por 100 habitantes.

Da base total de acessos de telefonia móvel, 138.241.276 (82,27%) são de aparelhos pré-pagos, enquanto 29.795.754 (17,73%) vêm de pós-pagos.

De janeiro a outubro, o Brasil passou a ter 17.395.627 novos celulares, o segundo maior crescimento da série histórica, iniciada em 2000 - perde apenas 2008, quando 23.815.515 linhas foram incorporadas.

A região que mais cresceu nos dez meses iniciais de 2009, em comparação com o mesmo período de 2008, foi a Norte (17,4%), seguida pela Sudeste (12,55) , Nordeste (12,16), Centro-Oeste (11,32%) e Sul (10,88%)."

(Fonte: Paulo Barros, Blog Tecnologia - Correio Braziliense)

FUNCIONALISMO PÚBLICO - ASSÉDIO MORAL ATINGE 38% DOS SERVIDORES

"Comissão será formada para investigar ações nas instituições públicas do Ceará e propor soluções."

"Nas últimas décadas, o assédio moral ou violência moral vem gradativamente sendo reconhecido como um sério problema no ambiente de trabalho. A professora de Psicologia da Universidade de Fortaleza (Unifor), Regina Viana, realizou uma pesquisa com funcionários públicos de Fortaleza, Sobral e Crato e identificou que 38% deles sofrem assédio moral.

Já no caso das empresas privadas, ela afirma que somente 25% dos funcionários declaram sofrer assédio. Para reverter esse quadro e amparar o servidor público, até o fim deste ano, uma comissão será especialmente formada para investigar e propor soluções para o problema.

Rejeição, depreciação, indiferença, exposições repetitivas, ou qualquer outra situação humilhante que gere sofrimento a saúde mental do trabalhador podem ser considerados exemplos de assédio moral. Segundo a professora, qualquer situação constrangedora que dure, em média, seis meses, com frequência diária ou semanal, é assédio. Ela ressalta que, no serviço público, diferente do privado, os funcionários não têm a quem recorrer, e a demanda de reclamações é grande.

Foi por isso, esclarece, que a Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado (Seplag); o Centro de Referência à Saúde do Trabalhador (Cerest); e o Fórum Unificado das Associações de Servidores Públicos do Ceará se uniram para treinar funcionários do setor de Recursos Humanos de instituições públicas e formar a comissão que avaliará todos os casos.

A psicóloga explica que, dessa maneira, o servidor poderá denunciar o assédio. Os integrantes da comissão farão visitas aos órgãos e aplicarão questionário aos funcionários. Caso seja comprovado assédio moral por conta de algum superior, será instaurado um processo administrativo ou judicial.

Regina destaca a importância de se fazer campanhas de conscientização com os servidores. Ela aponta que os casos são mais frequentes no funcionalismo público devido à estabilidade do cargo. Já nas empresas privadas, os empregados, por medo, evitam denunciar. Em casos extremos, pedem demissão e encerram o problema. "Para provar um assédio moral, é necessário contar com testemunhas e provas concretas, como gravações e vídeos", diz.

Fique por dentro - Categoria em alerta

Pesquisa, realizada ano passado, com 1.436 funcionários de bancos públicos e privados do Ceará, mostra que a categoria é uma das que mais sofre com o assédio moral no Estado. A pesquisa revelou que 21,9% dos empregados responderam que se sentiram assediados nos últimos seis meses. Segundo Eugênio Silva, secretário de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato do Bancários, entre dezenas de situações, a mais frequente é quando o "superior" não cumprimenta mais ou não fala com o funcionário."

(Fonte: Karla Camila - Portal do SVM)

SUSPENSO O CONCURSO PARA A POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL

"A Funrio e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) suspenderam por 60 dias a seleção para policiais rodoviários. A paralisação acata a recomendação do prazo solicitado pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ) para que sejam investigadas as denúncias de irregularidades na organização do concurso. A seleção oferece 750 vagas para 24 estados e o Distrito Federal e atraiu mais de 113 mil candidatos.

As provas objetivas e de redação foram realizadas em 18 de outubro. Em 13 de novembro, dia seguinte ao da divulgação dos resultados dos testes de múltipla escolha, diversos inscritos procuraram o Ministério Público para denunciar possíveis fraudes no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Minas Gerais. Segundo as reclamações, os 10 primeiros colocados fizeram provas na mesma sala e já teriam sido aprovados em outros concursos da Funrio. Além disso, os mais bem posicionados nesses estados teriam notas muito superiores às médias dos demais candidatos.

Antes mesmo de paralisar o concurso, a Funrio desclassificou 27 candidatos quando divulgou o resultado final das provas objetivas. De acordo com a banca, os suspeitos teriam sido detectados por um sistema de segurança que indica coincidências no gabarito e identifica aqueles que têm alto índice de acerto comparado aos demais concorrentes.

Em nota, a Funrio garante que há uma investigação interna e que, até o momento, não há indícios do "vazamento de nenhum dos 100 tipos de gabaritos diferentes utilizados pela organizadora e nem a contaminação do concurso". No mesmo texto, a organizadora reafirma que "não vai poupar esforços em colaborar com todas as informações junto ao Ministério Público para identificar os responsáveis e, assim, poder dar prosseguimento ao certame".

Essa é a segunda vez que o MPF pede a suspensão do concurso. No início de outubro, o procurador da República, Édson Abdon, pediu que fossem anuladas as inscrições múltiplas por estados, como o edital permitia. A Funrio modificou as inscrições, passando a considerar a primeira adesão feita por cada candidato e cancelando as demais. Cerca de 4 mil inscrições foram desconsideradas, porém, a organizadora ainda não terminou de restituir os candidatos.

A seleção foi suspensa antes que o resultado final das redações fosse divulgado - o que estava previsto para a semana passada. Além disso, para homologar o concurso, ainda faltam o teste de aptidão física, as avaliações psicológica e de saúde, a investigação social e o curso de formação."

(Fonte: Letícia Nobre - Correio Braziliense)

POLICIAIS FAZEM MANIFESTAÇÃO POR MELHORIAS

"Polícia civil e federal fazem ato em frente ao Ministério do Planejamento."

"Na tarde desta quarta-feira (25/11) cerca de 2 mil policiais civis e federais fizeram mobilização em frente ao Ministério do Planejamento, para cobrar o realinhamento das tabelas de subsí­dios da categoria. Eles reivindicam aumento salarial, abertura de concurso público e melhoria das condições de trabalho.

Segundo o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Distrito Federal (Sindepo), Mauro Cezar Lima, os policiais pedem reajuste com percentuais acima de 10%. "O DF cresceu muito nos últimos anos, e o quadro de servidores da polícia está defasado há quase 20 anos, então temos uma sobrecarga grande de serviço", explica.

O presidente do Sindepo disse que os policiais deram prazo para o governo dar resposta às reivindicações da categoria até a próxima sexta-feira (4/12). Além disso, na próxima quarta-feira (2/12) será realizada uma nova assembleia entre delegados, peritos, médicos legistas para deflagar proposta de paralisação da polícia civil.. "Caso o GDF não se pronuncie os policiais civis entrarão em greve por tempo indeterminado", afirma Mauro Cezar Lima.

Quanto à Lei Orgânica da Polí­cia Federal enviada nesta terça-feira (24/11) ao Congresso Nacional, o presidente do Sindepo ouviu de parlamentares ligados ao presidente Lula a garantia de que a Polícia Civil do DF está incluí­da no texto da Lei.

Lei Orgânica


As novas regras alteram em dois anos a progressão dos policiais federais, que passam a chegar ao topo da carreira com 13 anos de serviço e não mais com 15. Veja como fica:

  • Terceira classe

(policiais recém-saídos da Academia)
Ao completar três anos de carreira, sobem para a segunda classe. Antes, eram cinco.

  • Segunda classe

(agentes e delegados na fase intermediária). Para se chegar à primeira classe, o policial terá que completar oito anos de serviço.

  • Primeira classe

O policial deverá ter 13 anos de trabalho para chegar ao topo da categoria, a classe especial.

  • Classe especial (último posto)

Para se chegar ao auge da carreira, é necessário fazer um curso na Academia Nacional de Polícia (ANP), que seria comparado a um exame de admissão e de aprovação para o novo posto, que é o final na Polícia Federal."

(Fonte: Correio Braziliense)


SEMANA TEM TERCEIRO ASSALTO A CAMINHÃO NA BR 020, NA REGIÃO DOS INHAMUNS - CEARÁ

A Região dos Inhamuns, no Ceará, registrou nesta quarta-feira (25/11), o terceiro assalto da semana contra caminhões na BR 020.

A vítima dessa vez foi o comerciante Chico Inhamuns, proprietário de uma carga de queijos e caprinos levada por assaltantes.

O caminhão foi localizado na madrugada de hoje perto de Fortaleza, mas a carga desapareceu. Eram, pelo menos, 700 kg de queijo.

(Fonte: Antônio Oliveira, Alverne Lacerda - Ceará Agora)

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

CEARÁ - A DELEGADA AFASTADA ALEXANDRA MEDEIROS IRIA APURAR O CASO DO ASSASSINATO DO LAGOSTEIRO QUE ENVOLVE NOME DO SUPERINTENDENTE DA POLÍCIA CIVIL

"Em 7 de abril de 2006, foi aditado o objeto da CPI, incluindo-se em sua competência a investigação de crimes praticados contra empresários da atividade lagosteira. Os fatos determinados a serem investigados por esta Comissão são o assassinato do empresário Cláudio Augusto Kmentt, a possível vinculação deste homicídio com o contrabando de lagosta imatura, além da averiguação de outras execuções que supostamente guardariam conexão com aquele crime, em especial, a que vitimou o acadêmico de medicina Carlos Henrique Ramalho.

Iniciando as diligências, esta Comissão convocou o ex- Superintendente da Polícia Civil do Estado do Ceará, Delegado Jaime de Paula Pessoa, que compareceu na Sessão realizada no dia 25 de abril de 2006.

O Delegado Jaime de Paula Pessoa, em suas declarações (fls. 336 a 353), afirma que tomou conhecimento do assassinato do empresário Cláudio Kmentt através do rádio e procurou ver se existia alguma equipe de apoio, sendo informado que já existia uma equipe do DIC no local. Ligou para o Delegado Dantas, Diretor do Departamento de Inteligência, para agilizar essa investigação e prestar suporte ao Delegado Roberto de Castro, que era então o Delegado do 9º Distrito Policial, responsável pela área da ocorrência. Relata que as diligências transcorreram até um determinado momento dentro da sua normalidade. Passada a fase de investigação, o Dr. Roberto remete o inquérito para a Justiça solicitando a devolução para dar continuidade às diligências. Afirma que dias depois toma conhecimento, através do Dr. Hélio Leitão, Presidente da OAB, que o Ministério Público manifestou-se no sentido de retirar o Delegado Roberto de Castro da condução das investigações, e que já existia um delegado designado para substituí-lo. Em conversa com o Secretário de Segurança, Dr. Nascimento, este disse que não tinha recebido o inquérito e nem sugestão de indicação.

Afirma que no dia seguinte foi convocado à Secretaria pelo Cel. Macambira, quando recebeu o despacho com a indicação do Delegado Ronaldo Melo Bastos para o caso. Protestou frente a esta indicação, já que seria de competência exclusiva da Polícia Judiciária, procurando mostrar o erro administrativo que estaria sendo cometido, até porque, o Dr. Ronaldo Bastos não poderia presidir o inquérito, por não desempenhar no momento nenhuma atividade de Polícia Judiciária na Superintendência da Polícia Civil. Ele teria sido requisitado pela Secretaria de Segurança para trabalhar na Corregedoria.

Afirma que o Regulamento da Corregedoria não dá competência para apurar crimes através de inquérito policial. Na ocasião, colocou que, se fosse o caso, se devolveria o Delegado Ronaldo para a Superintendência, para que este ato fosse revestido de legalidade. Entretanto, no momento, sua proposta não foi atendida. Declara que chegando na Superintendência, reuniu a Diretoria da Polícia Civil e os assessores, expondo o ocorrido e colocando que diante desta situação não teria condições de continuar como superintendente, porque não se sentiria à vontade com a desmoralização da Instituição, que passava a ser um mero cumpridor de recados e perderia a essência da polícia Judiciária, definida pela própria Constituição. Declara que todos foram unânimes com este posicionamento e foi redigido um documento com suas considerações, citando a Lei e o modelo de gestão do Estado, no qual colocou à disposição do secretário e do Ministério Público os 227 delegados efetivos, em exercício funcional, que reúnem as condições de honorabilidade, denodo e profissionalismo necessários para o desempenho do mister requisitado, cujos nomes poderiam ser sugeridos pelo secretário e submetidos ao seu conhecimento para fim de designação pessoal. Alega que este documento foi enviado e, para sua surpresa, recebeu um ofício do Secretário de Segurança, encaminhando uma Portaria, avocando os autos do inquérito policial, e na qual era designado para presidi-lo o Dr. Ronaldo de Melo Bastos, da Corregedoria.

Quanto à questão do possível envolvimento do Delegado Roberto de Castro no crime do empresário, que tinha sido publicada na imprensa, alega o declarante que o Ministério Público não fez qualquer comunicado oficial à Superintendência sobre a suspeita de participação do Delegado Roberto de Castro, não foi tomada qualquer medida no âmbito administrativo, já que essas denúncias não foram feitas oficialmente. Em relação ao relatório confidencial do Ministério Público, coloca que é muito fácil envolver publicamente o nome de pessoas sem um devido processo legal, sem apuração, não sabendo a quem interessaria essa divulgação.

Declara que em nenhum momento agiu por motivação de cunho pessoal, e que o seu posicionamento foi inteiramente institucional, visando o cumprimento da Lei no curso das investigações. O declarante anexou diversos documentos aos autos (fls. 05 a 177), entre eles cópia do Inquérito Policial nº109-00095/2004 (fls. 16 a 177), que era presidido pelo Delegado Roberto de Castro.

A Comissão encaminhou Ofício à Procuradoria Geral da Justiça (fl. 118) solicitando a cópia do relatório elaborado sobre a morte do empresário Cláudio Augusto Kmentt, sendo informado posteriormente por aquele Órgão que não havia sido confeccionado relatório específico sobre o crime.

No dia 02 de maio de 2006, a Comissão contou com a colaboração do Delegado de Polícia Civil Ronaldo de Melo Bastos, lotado na Corregedoria Geral dos Órgãos da Segurança Pública, e designado para presidir o inquérito que apura a morte do Sr. Cláudio Augusto Kmentt.

O Delegado Ronaldo de Melo Bastos (fls. 389 a 405) fez um resumo do desenvolvimento das investigações até aquele momento, esclarecendo que foi convocado pela Secretaria de Segurança Pública para assumir o inquérito que apura o homicídio cometido contra Cláudio Augusto Kmentt, e dirigindo-se ao Fórum Clóvis Beviláqua, pois os autos estavam com o Ministério Público, na 2ª Vara Criminal, constatou que já havia a solicitação de prisão provisória, mas argumentou com o Ministério Público que preliminarmente necessitava tomar conhecimento.

Após a leitura do inquérito, verificou que o local do crime não havia sido devidamente periciado, havendo dificuldade para providenciar posteriormente essas diligências. O Ministério Público ao analisar o inquérito se surpreendeu porque o Dr. Roberto de Castro, já afastado da presidência do inquérito, encaminhou ao Juiz da 2ª Vara do Júri um pedido de decretação de prisão provisória de duas pessoas. Uma delas, o sócio, e a outra, um funcionário de Cláudio Kmentt que morava em Fortim. Porém, não foram encontrados nos autos elementos que autorizassem aquela solicitação de prisão preventiva. Analisando os dados, decidiu ouvir todas as testemunhas novamente e depois de ouvilas, foram esclarecidos fatos muito importantes. Primeiro, uma das armas utilizadas era dotada de silenciador, o que já afastaria a hipótese inicial de ser um simples latrocínio. Em segundo lugar, foi verificado que a área onde se deu o crime era muito bem policiada nos dias normais, e, justamente naquele dia, coincidentemente, essa área estava completamente abandonada. Esta área era de responsabilidade do 9º Distrito Policial, tendo à frente na época o Delegado Roberto de Castro e da 1ª Companhia da Polícia Militar, comandada pelo Major Ernane de Castro.

No dia do crime, das 18h30 para 19h, chegaram ao escritório da empresa dois homens. Um desses homens era alto, alvo, com a pele estragada, e o outro, aparentando ser do exército ou policial militar.

Esses homens entraram no prédio, que naquele momento tinha um vigia na porta e Cláudio Kmentt estava no escritório acompanhado do sócio e mais duas funcionárias. A execução de Cláudio aconteceu de forma absolutamente imotivada, já que as testemunhas foram unânimes em afirmar que Cláudio era a pessoas mais calma durante a realização desse suposto assalto, que se dispôs a abrir o cofre, onde havia cinco mil reais, e em cinco minutos eles poderiam ter abandonado o local, entretanto, passaram 40 (quarenta) minutos lá dentro, vasculharam tudo. A impressão clara era que eles não estavam procurando dinheiro. Depois que vasculharam tudo, eles saíram usando a caminhonete Hilux do sócio do Cláudio. No meio dessa investigação, surgiu também uma suspeita em relação ao sócio, já que nos primeiros depoimentos isso não havia sido esclarecido. Entretanto, no depoimento que foi tomado, a funcionária deixou claro, “olha eles pediram a chave do carro que estava lá fora”, estavam dois carros lá fora. Um Honda Fit da esposa do Cláudio e a Hilux do Vicente Gadelha. E o Vicente Gadelha disse que as chaves estavam nos carros. Essa prática era comum na empresa, conforme ficou devidamente apurado. Quando adentraram na empresa, os bandidos não perceberam, ou não tomaram a precaução de verificar, que em frente havia um bar, muito próximo do local. Acontece que um dos funcionários de Cláudio Kmentt, conhecido como Boneco, estava nesse bar, e quando notou o vigia tomar um susto, percebeu que alguma coisa errada estava acontecendo e de imediato ligou para o CIOPS dizendo “olhe, a minha firma está sendo assaltada”.

O CIOPS fez as perguntas de praxe, ele ligou mais duas vezes para o CIOPS, foi até o local, verificou do portão que dá acesso a uma vista do escritório e viu que não havia ninguém lá, então retornou, ligou novamente, garantiu que se tratava de um assalto, posteriormente pediu que a dona do bar ligasse e ninguém apareceu, a polícia não apareceu. E esses assaltantes fugiram do local, abriram calmamente o portão da frente, tiraram a Hilux, fecharam o portão, o outro saiu pelo portão pequeno e entrou na caminhonete. E o “boneco”, que estava em frente à firma, por sorte naquele momento encontrou um táxi que ia passando pelo local, e conseguiu seguir o carro conduzido pelos bandidos. O motorista do táxi foi localizado para depor e disse o seguinte: “olhe, eu não acreditei quando ele disse que se tratava de assaltantes, eu vinha com 40 quilômetros e quase ia ultrapassando o carro deles”. Havia, na verdade, uma rota de fuga já estabelecida, com todo um planejamento elaborado em relação ao crime. As investigações iniciais foram muita falhas, porque a Hilux foi deixada próxima a umas pousadas simples na Zezé Diogo, e naquela ocasião foi ouvido o proprietário de somente uma delas. E ao localizarmos os proprietários das pousadas, eles nos disseram: “Olhe, aqui se hospedaram três pessoas”, essas pessoas se hospedaram antes do crime, eram dois homens e uma mulher.

Um dos homens tinha as mesmas características da pessoa que invadiu a empresa. Eles usavam um carro, um Tempra escuro, e o dono da pousada infelizmente não tratou de anotar a placa, mas verificou que na anotação da ficha, um dos homens que havia assinado, indicou Mato Grosso como sendo sua origem. Comentou que não era comum aquele tipo de hospedagem, porque a pousada é de difícil acesso, só vai até lá quem conhece. Que um turista comum não vai procurá-la porque não vai saber onde fica. Então, com todos esses detalhes esclarecidos, passaram a procurar os motivos da execução. Vasculharam a vida do sócio, quebraram todos os sigilos, determinaram tudo que ele ganhava, que recebera, porque no processo, se estabeleceu uma situação inusitada.

O Cláudio Kmentt havia sido casado com uma argentina, a Marcela Cabanillas, com quem tinha dois filhos. Ela não tinha participação nos negócios do marido, porque o Cláudio era muito reservado. O sócio dele cuidava das firmas, mas não cuidava das negociações que ele fazia, das viagens ao Exterior, do recebimento do dinheiro, das cargas de lagosta que ele exportava, Cláudio tinha muito cuidado com isso. E Marcela tinha um pró-labore mensal em torno de cinco mil reais, e Cláudio também pagava passagens para a França e isso havia se tornado uma rotina. A Marcela acreditava que a empresa de Cláudio, que ele estava numa boa situação e não estava, porque ele devia ao fisco e precisava da contratação de laranjas, os imóveis deles eram colocados em nome de laranjas e a maior parte de dinheiro do Cláudio não estava aqui no Brasil, eles faziam negociações com o Exterior e o dinheiro aqui no Brasil era para pagar os fornecedores. Esclarecidos esses pontos, surgiu por parte de Marcela, a idéia, de tentar identificar esse suposto dinheiro que o Cláudio tinha.

O que a Marcela encontrou foi somente um cartão de crédito com mil dólares em Miami. Então, a Marcela tinha a convicção de que o sócio teria alguma coisa a ver com isso. Então vasculharam a vida de Vicente Gadelha. A princípio, Vicente depôs com o Dr. Vagner na Polícia Federal e foi bastante evasivo, mas depois foi chamado à Corregedoria e disse tudo, conseguimos as informações necessárias em relação a toda a movimentação financeira. Havia sido dito que após a morte de Cláudio, Vicente teria comprado um imóvel por R$500.000,00 (quinhentos mil reais), entretanto, foi feita a checagem, e esse imóvel havia sido adquirido há três anos. Enfim, Vicente foi descartado dessa possibilidade em relação aos suspeitos da morte do Cláudio Kmentt.

Além da morte de Cláudio, surgiu também um outro processo, envolvendo um acadêmico de Medicina, Carlos Henrique Ramalho. Ele foi assassinado três dias depois da morte de Cláudio, provavelmente em Caucaia, e seu corpo foi abandonado em São Gonçalo do Amarante. A mãe do acadêmico, Dona Edênia, juntamente com um filho dela, procurou o Dr. Wilson Nascimento, um pouco depois desse processo estar em suas mãos. E na ocasião, ela fez revelações muito graves relatando o envolvimento de policiais civis e militares com uma rede de estelionato e extorsão, rede essa que teria determinado a morte do filho dela.

Inclusive, citou nomes, pessoas as quais ela teria entregado dinheiro pessoalmente, tirando da poupança. Dona Edênia chegou inclusive a dizer que o Delegado Roberto de Castro estava ameaçando o filho dela.

Carlos Henrique era um estudante de Medicina. Esse rapaz era um hacker, tinha uma facilidade enorme tanto em lidar com equipamento de informática, como em providenciar a criação e a extinção de firmas fantasmas. E quando Dona Edênia estava prestando depoimento ao Dr. Wilson Nascimento, viu na mesa dele uma notícia sobre a morte do Cláudio Kmentt e disse que o caso tinha relação com a morte do filho dela, então, imediatamente, ela foi encaminhada para ter contato com o Ministério Público, e essa senhora relatou tudo. Então passaram a investigar a vida do rapaz, que no terceiro ano de medicina começou a ganhar dinheiro aplicando golpes. Ele achou que era muito mais vantajoso ganhar dinheiro aplicando esses golpes do que na medicina. E envolveuse nessa rede que envolve policiais civis e militares, também políticos.

É uma rede muito perigosa e não é nova. Esses policiais já têm vários processos na Corregedoria. Esse envolvimento fez com que a família conclamasse para que ele deixasse esse mundo do crime. Ele chegou, inclusive, a pensar em deixar o grupo, reuniu-se com a família e informou “eu não posso sair, se eu sair eu vou morrer”. E no dia de sua morte, esse rapaz recebeu um talonário de cheques do Banco do Brasil, que foi apreendido, uma carteira de identidade falsificada, com a recomendação de ir ao comércio e adquirir um TV Plasma de 54 polegadas, e quem determinou foi um policial. O rapaz chegou em casa chorando e mostrou os objetos para a mãe. A mãe reuniu a família, e decidiram se cotizar e comprar o aparelho para rapaz entregar e nunca mais ter contato com o tal policial.

O rapaz foi levar o recado e quando voltou disse que a proposta não havia sido aceita. Ele teria que fazer o que fora acertado. Ele saiu de casa para fazer isso e dois dias depois foi encontrado assassinado. O rapaz deu o nome do Delegado Roberto de Castro, como sendo quem lhe entregou o talonário. Além disso, esse rapaz pagava semanalmente R$3.000,00 em dinheiro que ele ia deixar na delegacia onde o Delegado Roberto de Castro estava, inclusive, a namorada dele, que é enfermeira, o acompanhava e afirmou isso claramente, que testemunhou esse fato. E a possibilidade de ligação que passou a existir entre o acadêmico e o Cláudio Kmentt, era em primeiro lugar, de que a técnica de atuação do acadêmico era conveniente para o Cláudio, porque ele se valia de firmas fantasmas e o acadêmico era expert nisso. Foi localizada uma testemunha fora de fortaleza, que viu uma notícia no Jornal “O Povo”, uma reportagem que saiu a foto do acadêmico e essa pessoa disse “eu conheço esse médico, já deixei o Dr. Cláudio na casa dele várias vezes”. Então surgiu essa ligação.

Esse inquérito estava tramitando com o Delegado de Paracuru. O Promotor de São Gonçalo do Amarante, verificando as informações, resolveu encaminhar para a Procuradora Geral de Justiça para que ela fizesse uma análise sobre se haveria ou não uma conexão entre os dois homicídios. E a Procuradora analisando os autos entendeu que havia uma conexão. Então esse inquérito também foi avocado. A partir desses dados, em reunião com o Dr. Wilson Nascimento, chegaram a conclusão que seria importante identificar os autores materiais do crime, para não comprometer a investigação apontando apenas os autores intelectuais. Nesse momento em diante, começaram a surgir ameaças. Disse ainda que, ao chegar no nome de um dos executores, viu que a coisa era mais pesada do que imaginava no início, que fosse desse nível, os executores são profissionais, que fazem parte de uma quadrilha que tem uma atuação interestadual, principalmente no Nordeste. Acrescentou que houve uma pessoa de dentro da polícia que intermediou, que fez o agenciamento. Um agenciador que teve contato com o Cláudio Kmentt. Ao iniciar a investigação e traçar o perfil de Cláudio Kmentt, teve muita dificuldade, pois ele poderia ser vítima de várias pessoas.

Após ouvir várias testemunhas, teve que fazer uma verdadeira triagem com um cuidado muito grave para não cometer injustiça. Ao ser questionado porque Cláudio havia morrido, disse que não poderia aprofundar essas informações por estar inserido no segredo de justiça. Mas revelou que Cláudio morreu porque falou demais, anunciando uma chantagem que iria fazer.

Durante a mesma Sessão realizada no dia 02 de maio de 2006, foram ouvidos os depoimentos dos empresários do setor lagosteiro Vicente de Paula Barros Gomes e Elisa Maria Gradvohl Bezerra.

A empresária Elisa Maria Gradvohl Bezerra declarou (fls. 361 a 374) que conhecia o Sr. Cláudio Augusto Kmentt, mas que seu único contato era em virtude dela ser a presidente do Sindicato da Indústria de Frio e Pesca do Estado do Ceará – Sindifrio. Alega que vinha constantemente realizando um trabalho contra a pesca e o contrabando de lagosta miúda, e em 2003 verificando que um grande número de embarques de lagosta estava sendo efetuado pelo Porto de Santos, foi até a Ministra Marina Silva, que entendendo o problema tomou medidas que conseguiram acabar com essa exportação irregular.

Afirma que em virtude de um trabalho de conscientização efetuado junto aos Órgãos governamentais, foi editada, no dia 28 de abril de 2004, uma Portaria que unificava o tamanho mínimo da lagosta para 13 cm, viabilizando a fiscalização pelas autoridades norte-americanas, medida que certamente coibiria o contrabando e a comercialização de lagosta miúda. No dia 18 de maio daquele ano, tomou conhecimento de que os empresários do Rio Grande do Norte tentariam pressionar pela mudança no tamanho mínimo. Disse que apesar dos esforços, infelizmente a Portaria foi revogada no dia 26 de maio. Naquele dia, Cláudio Kmentt vai até seu escritório, na Indústria Naval do Ceará, dizendo que vai fazer lagosta miúda. Afirma que disse que ia fazer junto com ele, ao que Cláudio respondeu que não acreditava, que sabia que ela não faria e iria dedurá-lo. Alega que ao perguntar a Cláudio o que poderia fazer para demonstrar que seu interesse era verdadeiro, foi informada de que ele só acreditaria se o acordo fosse colocado no papel.

Declara que em virtude da motivação que era descobrir os caminhos usados para a exportação ilegal de lagosta imatura, combinou, enquanto Cláudio saiu do recinto para atender a uma ligação, com mais três empresários que estavam presentes a reunião, para que assinassem o documento que ele queria, para que posteriormente pudessem denunciá-lo às autoridades. No dia 28 de maio foram apreendidas duas toneladas de lagosta irregular no frigorífico de Cláudio, e por isso ele ligou dizendo que ela o havia denunciado e que estava acabado o negócio.

Disse que Cláudio teve produtos apreendidos mais três vezes durante aquele ano, e que ele nunca mais se referiu àquele papel. Declara que sabe que Cláudio era dono da empresa Clamar, e depois fundou a empresa Ceará Pesca, e que na época não tinha conhecimento que ele tivesse um sócio, achava que Vicente Gadelha fosse funcionário da empresa. Afirma que o documento do acordo foi digitado por sua secretária, e que os empresários Mark e Ludwig Kleinberg, que chegaram depois do momento em que ela combinou com os restantes se negaram a assinar. Declara que não conhece pessoalmente o Delegado Roberto de Castro, e somente tomou conhecimento de que estava sendo investigada através da televisão, e que até então tinha certeza de que o homicídio teria acontecido durante um assalto.

Disse que a empresa de Cláudio Kmentt era sindicalizada, e que ele sempre participava das reuniões. Afirma que não tem conhecimento de empresa de exportação de pesca em nome do Delegado Roberto de Castro. Disse que tem conhecimento de uma empresa que fez uso de medida liminar para exportação de lagosta, que foi a Acaraú Pesca, que através de medida judicial recuperou uma carga de lagosta que havia sido apreendida pela receita Federal, em virtude de tamanho irregular.

Alega que nunca teve qualquer de suas empresas autuada por pesca ilegal de lagosta, somente uma vez na costa do Maranhão, houve um problema na pesca de camarão, por desconhecimento do pescador.

Disse que o documento assinado tinha o único intuito de descobrir o esquema utilizado por Cláudio Kmentt, que jamais iria fazer um negócio ilegal na frente de diversas testemunhas, entre elas dois grandes empresários concorrentes, seu assessor Eduardo Camarço e o Comandante Felipe da Marinha do Brasil, Oficial-Comandante do Navio Patrulha do 3º Distrito Naval, que estava presente em sua sala na hora do acordo.

O empresário Vicente de Paula Barros Gomes, em suas declarações (fls. 374 a 387), afirmou que trabalha como gerente de exportação da empresa Compescal há vinte anos, e antes trabalhou em uma empresa chamada Delmar Produtos S/A durante seis anos. Alega que foi convidado, em uma data que não pode precisar, para uma reunião do sindicato, realizada no escritório de Dona Elisa, cuja pauta seria a revogação da portaria que unificaria o tamanho mínimo da lagosta. Quando foram comunicados disso, Cláudio falou que, a partir daquele instante, iria fazer lagosta miúda. Então Dona Elisa sugeriu que fosse elaborado o documento do acordo, que foi assinado também pelo declarante e pelos empresários Maria José Gonçalves e Paulo Gonçalves. Afirma que Dona Elisa falou que este documento serviria para saberem como era operada a lagosta miúda, por onde Cláudio transportava e embarcava o produto. Alega que assinou por assinar, e em confiança a Dona Elisa, mas que Paulo Gonçalves ligou um ou dois dias depois dizendo que Cláudio Kmentt estava querendo o dinheiro previsto no acordo, ao que respondeu que não tinha o dinheiro, e mesmo que tivesse não daria, não participaria daquele negócio.

Disse que dois dias depois foi apreendida uma lagosta no frigorífico de Cláudio no Fortim, e parece que ele procurou Dona Elisa e disse que ela tivesse cuidado que ele estava com aquele papel na mão. Declara que esta informação lhe foi passada pela própria Dona Elisa. Afirma que não tinha muito contato com Cláudio, muito menos relação de amizade, até porque não era dono de empresa, mas somente gerente da Compescal.

Declara que as vezes se encontravam, até porque seus filhos estudavam no mesmo Colégio, mas somente se cumprimentavam, nada além disso. Disse que tem procuração da empresa para representá-la, e que a Compescal nunca foi autuada por lagosta miúda, e quando perguntado sobre um inquérito que tramita atualmente na Polícia Federal sobre um carregamento de lagosta apreendido em Aracati, que estava sendo escoltado por um agente de inspeção do Ministério da Agricultura, e pertenceria a empresa, afirmou peremptoriamente que não se tratava de produtos da Compescal. Afirma que não conhece, nem nunca ouviu falar de um agente de polícia chamado Maurição. Declara que um dia após a reunião em que foi assinado o acordo, foi elaborado outro documento por dona Elisa, que foi assinado por todos os presentes à primeira reunião, inclusive pelo capitão da Marinha, que dizia qual era a real finalidade do acordo.

No dia 03 de maio de 2006, a Comissão tomou as declarações dos Delegados de Polícia Civil Dr. Raimundo Roberto de Castro e Dr. Francisco José Ferreira Braúna. O Delegado Roberto de Castro, em suas declarações (fls. 409 a 427), disse que na qualidade de Delegado Titular da 9ª Delegacia Distrital presidiu o inquérito em foi vítima o senhor Cláudio Kmentt até o final do primeiro prazo processual, que era de 30 dias, período em que foram efetuadas todas as diligências necessárias visando a elucidação dos fatos.

Alega que não pôde concluí-lo porque foi transferido para o 32º Distrito Policial, para combater os problemas relacionados ao alto índice de criminalidade naquela área. Segundo o declarante, o inquérito foi enviado a justiça com pedido de devolução, não tendo retornado até o momento da sua transferência, e que a sua saída do 9º D. P. não tem nenhuma relação com o referido inquérito. Confirma que mesmo sem o retorno do inquérito da justiça continuou trabalhando no caso, chegando inclusive a representar pela prisão preventiva de um suspeito. O declarante afirmou que no dia do assassinato do senhor Cláudio Kmentt, no começo da noite, ouviu pelo rádio o CIOPS chamando a delegacia de plantão várias vezes, assim como a equipe do DIC - Departamento de Investigação Criminal, que sempre está pronta para essas ocorrências, mas como demoraram a atender, entrou na freqüência, comunicou que ainda se encontrava na área, e pediu os detalhes, a ocorrência lhe foi passada e ele compareceu ao local. Alega que normalmente, após às 18 horas, o CIOPS aciona a delegacia de plantão e não a delegacia da área.

Perguntado sobre as informações que dão conta de que aquela área, normalmente bem vigiada por equipes policiais, estaria estranhamente sem policiamento naquela noite, informa que realmente a área é sempre bem coberta pelo policiamento, mas que os policiais, geralmente motoqueiros da polícia militar, não ficam em local específico, sendo o CIOPS quem pode localizar este pessoal. Afirmou ainda, que embora tenha comparecido inicialmente ao local do crime, pediu o comparecimento do delegado plantonista, a quem concluiu todo o material daquele dia.

Posteriormente, lhe foi repassado todo o material, o laudo, guia para o laudo cadavérico, um revolver que foi apreendido pela PM, passando em seguida a ouvir as principais testemunhas. Relatou que fez uma representação pela prisão preventiva de José Iran Lima Silva, por que este, ao se dirigir para Fortim em um carro Pálio alugado sofreu um acidente, sendo socorrido por uma equipe da PM, que encontrou em seu poder uma pistola calibre 9 milímetros, e por este motivo, foi autuado em flagrante no município de Beberibe. Segundo o declarante, seu interesse se deu porque José Iran seria motorista do Senhor Vicente Gadelha, sócio de Cláudio Kmentt.

Por este motivo, foi até o Município de Beberibe para falar com o preso. Chegando lá tomou conhecimento que o mesmo tinha sido liberado mediante pagamento de fiança, e quem esteve lá na hora da liberação teria sido o Vicente Gadelha. Segundo o declarante, o tenente responsável pela prisão de José Iran informou que, de acordo com pessoas que estiveram nas proximidades na hora da ocorrência, um veículo parou atrás do Pálio conduzido por José Iran, abrindo o portamalas e transferindo várias armas grandes, pesadas. Disse que ao ouvir José Iran, este confirmou ser motorista de Vicente Gadelha, entretanto, negou que tivesse arma no porta-malas, afirmou que transportava lagostas, apanhadas no subsolo do apartamento de Vicente Gadelha.

Alega que ao serem realizadas as primeiras diligências, o que se tinha de concreto era em tese um crime de latrocínio, mas conforme descrevera no pedido de prisão preventiva: “com o desenvolver das investigações novos fatos foram surgindo, e desenhando um crime com as características de crime de encomenda”. Afirma que a sociedade não estava bem, não era bom o relacionamento entre os sócios (Vicente Gadelha e Cláudio Kmentt), e segundo o depoimento do Sr. Luís Cornélio, irmão da vítima, todos os bens estavam em nome do Vicente Gadelha e Cláudio Kmentt tinha a intenção de mudar, com medo de levar uma “rasteira”. Ressalta que dando maior atenção ao depoimento do Senhor Vicente Gadelha, pode-se observar que os assassinos fugiram em seu carro, cuja chaves estavam na ignição no pátio da empresa. Verificou ainda que Vicente fez questão de frisar que a vítima estava sendo ameaçada de morte em Fortim pelo Senhor Tomás Jefferson e seu filho.

Afirma que as solicitações das prisões temporárias dos Senhores Vicente Gadelha de Araújo e José Iran da Silva, visavam averiguar a procedência das armas que foram resgatadas do porta-malas do Pálio, e da arma apreendida com o motorista José Iran, além da situação atual dos empréstimos solicitados pela empresa, e das lagostas que foram retidas e devolvidas dos Estados Unidos. Além da representação pelas prisões, disse que tomou outras providências, tais como, os pedido da quebra de sigilo telefônico dos ramais da empresa, e dos telefones da vítima, expedição de carta precatória para Aracati, solicitando a oitiva do Senhor Tomás Jefferson e de seu filho, pedido de urgência na realização de laudo pericial em duas armas encontradas nas proximidades do local do crime, exame balístico, etc.

Confirma que confidenciou ao advogado Hélio Leitão, Presidente da OAB-CE, sobre a sua vontade de afastar-se dessa investigação, isso em virtude da demora na devolução dos autos pela justiça. Alega o declarante que conhecia Carlos Henrique Ramalho, porque este tinha uma prisão temporária decretada contra ele por estelionato, e ele se apresentou com seu advogado no 8º Distrito no ano de 2003.

Afirma que até então não o conhecia, mas depois da prisão temporária ele entrou várias vezes na delegacia para a realização de reconhecimentos e acareações. Alegou não ter, nem nunca ter tido nenhuma empresa, e também que não conhece nenhum dos empresários do ramo lagosteiro citados na CPI. Autorizou a quebra do sigilo bancário das suas contas no BEC e no Banco do Brasil, assim como a quebra de seu sigilo telefônico.

Com relação ao documento que teria sido assinado por alguns empresários se comprometendo a exportar lagosta miúda, dentre eles a vítima, afirmou ter visto a xerox, não o documento original, que não está anexado aos autos. Afirma não recordar quem teria lhe apresentado a cópia do documento, acrescentando que o viu oficiosamente.

O Delegado Braúna, em suas declarações (fls. 437 a 455), afirma que à época da morte do empresário Cláudio Kmentt era o Diretor da Divisão de Investigação Criminal - DIC, a qual funcionava como um “coringa”, no momento em que a delegacia do bairro ou os policiais que estivessem envolvidos em alguma investigação demonstrassem alguma deficiência, seja de pessoal ou de mobilidade, a DIC era acionada. Disse que a finalidade da Divisão de Investigação Criminal é investigar, mas sem se intrometer.

Alega que como Diretor da DIC, entre suas competências estava manter uma investigação preliminar sobre os crimes para que, quando lhe fosse solicitada pelo Superintendente, pudesse apresentá-la para não demonstrar incompetência no serviço. Disse que seus relatórios eram feitos diretamente ao Superintendente, e que este lhes dava o destino que achasse interessante. Afirma que tomou conhecimento da morte do empresário lagosteiro através de um telefonema de uma de suas equipes, no dia 17 de dezembro de 2004. Como era de praxe, mandou que a equipe comparecesse ao local do crime, já que a análise do local do crime é o momento mais importante da investigação. A equipe, composta pela policial Silvana e pelo Inspetor Reis, foi até o local e ficou transmitindo, através do telefone, o que ocorria enquanto o declarante anotava as informações recebidas. Relata que a morte do empresário ocorreu em uma sexta-feira e na segunda-feira seguinte, como também era praxe com qualquer crime de repercussão, o Superintendente da Polícia Civil sempre perguntava se ele tinha alguma informação sobre o crime.

Disse que o Superintendente solicitou que desse apoio ao Delegado responsável pela investigação. Afirma que, até aquele momento, não sabia que o responsável pela investigação era o Delegado Roberto de Castro. Disse que conhece o Delegado Roberto de Castro mais de investigálo, procurando saber sobre ele e algumas ações dele. Alega que levou uma equipe para dar apoio ao Delegado Roberto de Castro, mas guardou as suas primeiras impressões para si, pensando em apresentá-las somente se fossem solicitadas, como era o costume. Afirma que no caso da morte do lagosteiro Cláudio Kmentt, manteve a investigação durante um bom tempo, até dois meses após o crime, tendo ao final feito um relatório. Revela que havia uma cobrança, não sabe se por parte do Governador do Estado ou do Senador Tasso Jereissati, para a apuração do crime. Disse que na investigação que procedeu tomou conhecimento de que o primeiro policial a chegar ao local do crime foi o Delegado Roberto de Castro."

(...)

"No dia 29 de agosto de 2006, compareceu perante esta Comissãoa Sra. Francisca Edênia Nascimento Ramalho, mãe do acadêmico de medicina Carlos Henrique Ramalho. A Sra. Francisca Edênia Nascimento Ramalho, em seu depoimento (fls. 661 a 675) perante esta CPI, relatou que à época do assassinato do seu filho procurou o Secretário de Segurança do Estado do Ceará, pedindo- lhe garantias, ao que o então Secretário confirmou que daria. Disse que se um policial for tentar mata-la dentro de sua casa, enquanto puder se defender, vai se defender. Que ao procurar ajuda com o Secretário de Segurança conheceu a Dra. Marília, no mesmo período em que o Delegado Roberto de Castro começou a mandar policiais passarem na sua rua constantemente. Disse que após a morte do seu filho, o Delegado Roberto de Castro ainda permaneceu na Delegacia perto de sua casa por uns 10 meses, mesmo todos sabendo que ele tinha matado seu filho Carlos Henrique. Somente com a intervenção da Dra. Marília conseguiram tira-lo de lá. Contou que um dia antes de seu filho morrer, Roberto de Castro entregou para Carlos Henrique um talão de cheques e uma identidade falsa para que ele comprasse uma televisão de 54 polegadas.

Afirma que Carlos Henrique então chegou para ela e disse que estava sendo ameaçado por Roberto de Castro e que se lhe acontecesse alguma coisa, teria sido o Roberto de Castro o responsável. Essa conversa foi na segunda-feira. Na terça, às duas horas da tarde, seu filho desapareceu. Quando deu pela falta do filho, ela foi à Delegacia, e pediu ao escrivão do Roberto de Castro que localizasse o carro de Carlos Henrique, isso com 24 horas que seu filho tinha desaparecido. Alega que foi aí que o Roberto de Castro começou a desmoralizar o Carlos Henrique, com ela escutando o que ele dizia. Perguntada sobre os nomes dos policiais, delegados, comissários, etc., que extorquiam o seu filho, ela citou o Delegado Jaime de Paula Pessoa, a quem Carlos Henrique dava dinheiro para ser solto; Delegado Roberto de Castro, com quem sequer sabia antes que o filho tinha ligação. Relatou também que certa vez estava em casa, por volta de dez horas da noite, e o último dinheiro que tinha era R$10.000,00 (dez mil reais), isso há uns 8 anos, e foi acordada para dar esse dinheiro.

Questionada sobre a quem entregou esse dinheiro, dona Edênia disse que foi na Delegacia do Centro e que eram umas 3 ou 4 pessoas. Entre essas pessoas estava o Delegado Dantas. Contou que, no dia do enterro do Carlos, o Mauro, seu outro filho, ligou para o Delegado, pedindo ajuda para investigar o caso. Na oportunidade, o Delegado disse que estava numa investigação de uns assaltos, não dando a menor importância. Perguntada sobre a relação que o Carlos Henrique tinha com a Telma, disse que eram negócios de uns cartões que eles faziam. Isso era o que ela sabia, e o que o seu filho lhe dizia. Confessou que já não podia mais com o Carlos, que se mudou da Rua Padre Mororó por causa do envolvimento dele com o crime, avisando que se ele quisesse ir com ela tudo bem, mas não queria mais “esse pessoal” na sua casa. Disse que conhece o Erivaldo Rodrigues, Vereador de Caucaia, e o irmão dele, Sargento Cícero Cláudio Rodrigues. Disse que os dois mantinham relacionamento com seu filho, e que iam buscar dinheiro demais. Afirma que foi o Erivaldo quem foi pra matar seu filho, mas não teve coragem, tendo sido o Roberto de Castro quem atirou.

É isso o que sabe. Relatou que os dois iam pegar dinheiro, brigavam, roubavam, e ela sofria por tudo isso. Disse que não sabia que o Carlos tinha qualquer relacionamento com o empresário lagosteiro Cláudio Kmentt, só soube depois que seu filho morreu. Descreveu que, quando soube, foi a informação de que o Carlos fazia coisas no computador para o empresário, que seu filho trabalhava para o Cláudio, montando empresas fantasmas. A declarante acha que a morte do seu filho está relacionada com a morte do empresário, até porque não haveria outro motivo. Disse que nunca conheceu o Cláudio, que nunca ouviu falar dele, nem tinha ouvido falar que o Cláudio morava perto dela.

Da mesma forma disse que também não conhecia a dona Elisa Gradvohl, vindo a saber depois também que ela poderia estar envolvida na morte do seu filho, porque a polícia começou a investigar dizendo que o Carlos Henrique tinha participado da morte de Cláudio. Alega que na oportunidade ela inclusive disse para a Dra. Marília que Carlos não era capaz de matar nem uma galinha. Segundo ela, de todos os seus filhos, o Carlos era um que certamente não faria isso, pois conhecia seu filho, e ele não era de matar ninguém. No decorrer das investigações, a polícia viu que ela tinha razão, pois o Carlos Henrique não tinha nada a ver com a morte do Cláudio. Confirmou que o Delegado Roberto de Castro comunicou para a família que o carro do Carlos tinha desaparecido, antes mesmo de a família ter feito o registro do desaparecimento à polícia. Disse que, quando chegaram à Delegacia da Leste Oeste, ela e seu outro filho, Henrique, ligaram para falar com o Delegado Roberto de Castro, para dizer que se fosse por causa de dinheiro ele podia soltar o Carlos Henrique, pensando eles que o estudante estava vivo. Com 10 minutos receberam um telefonema dizendo que ele estava morto, e tinham encontrado o seu corpo há dois dias. Explicou que, quando Henrique ligou novamente, Roberto de Castro não atendeu mais nenhuma vez.

Afirma que já era comum eles juntarem dinheiro para pagar propina para o Carlos Henrique ser solto. Disse que o Carlos Henrique tinha uma casa no Icaraí, mas que não sabe como foi feito o negócio dessa casa. Sabe apenas que quem queria ficar com essa casa era o Vereador de Caucaia, Presidente da Câmara. Essa pessoa inclusive recebeu recentemente o título de cidadão de Caucaia. A declarante afirma que não tem dúvidas sobre as pessoas que mataram seu filho, que foram o Delegado Roberto de Castro e o Vereador de Caucaia, Erivaldo Rodrigues. Alega que o irmão dele, o Sargento Cícero, também estava envolvido, e após o crime foi na casa da declarante, dizendo que o Carlos Henrique era uma pessoa maravilhosa, e não entendia como aquilo tinha acontecido. Relatou que o Delegado de São Gonçalo mandou intimação para que ela fosse lá com sua família, mas a Dra. Marília lhe disse para não ir.

O Delegado do Conjunto José Valter também enviou intimação. A Dra. Marília a acompanhou até lá, e disse que a partir daquele momento, se houvesse algo a tratar com a família seria através dela, e nunca mais os procuraram. Depois foi que veio saber que o Roberto de Castro antes trabalhava lá, na Delegacia do Conjunto José Valter, e mandava chamar o Carlos Henrique lá. Ela disse que deu dinheiro para os policiais soltarem seu filho pelo menos umas dez vezes, e que da última vez “ficou quebrada”. Afirma que nesta ocasião, lembra-se bem da presença do Delegado Dantas. O Jaime de Paula Pessoa também estava lá. Esclareceu que Telma sabe de tudo isso, mas não acredita que ela vá depor, pois tem medo de morrer. Disse que Telma só escapou porque ficou calada, senão teria morrido também.

Perguntada se tomou alguma providência no momento em que soube do envolvimento do seu filho com autoridades policiais, a declarante disse que não, que não procurou o Secretário de Segurança, que nunca comunicou por não ter nenhuma experiência e ser pessoa criada no interior. Com relação ao envolvimento de outros empresários nas mortes do seu filho e do empresário Cláudio Kmentt, disse só ter ouvido falar na dona Eliza Gradvohl, por causa de dinheiro dela. Segundo comentários que passou a ouvir, ela dá dinheiro a todo mundo, e até o dinheiro roubado do Banco Central de Fortaleza teria saído em três barcos dela. Que veio a saber de tudo isso depois da morte do seu filho. Após a morte do seu filho soube que o Delegado Roberto de Castro não prendia um marginal, pois o que o interessava era o dinheiro, que não há um auto contra um marginal na Delegacia dele. Falou que, quando soube que seu filho estava morto, ficou transtornada, e na hora disse para seu outro filho, Henrique, que tinha sido o Roberto de Castro, pois Carlos Henrique tinha lhe dito que estava sendo ameaçado um dia antes de desaparecer. Disse que o talão de cheques que Roberto de Castro deu para seu filho comprar uma televisão de 29 polegadas, deve estar em poder da Dra. Marília ou do Dr. Pedro Olímpio.

Esclareceu que ainda chegou a questionar com Carlos Henrique o porquê de ele não comprar logo essa TV, que ela o ajudava, tudo para ele se ver logo livre disso, mas que ele não a ouviu. Disse que a conversa que teve nesse dia com Carlos Henrique foi muito rápida. Que chegou a achar que seu filho estava desequilibrado, pois não acreditava que um Delegado lhe estaria ameaçando de morte. Disse que às 11 horas da noite o escrivão ligou dizendo que tinham encontrado o carro, estava num local perto do banco, que não precisava de polícia, era só chegar lá e tirar o carro. Ela falou que foi, e lá a polícia de Caucaia não “deu um passo”, não foi investigar o carro, não fez nada.

A polícia liberou o carro sem nenhuma perícia. Relatou que o atestado de óbito foi feito errado pelo IML, havendo uma falha da doutora que fez o atestado. Que acredita que essa falha tenha sido proposital, tudo combinado para não se identificar a causa da morte. Acredita que todos tenham “rabo preso”, e por isso não é possível uma investigação séria. Disse que conversou com muita gente, com o Secretário de Segurança, que lhe garantiu apurar o caso, mas nada foi feito, a não ser uma única vez, quando acreditaram que tinha sido o Carlos Henrique quem tinha matado o Cláudio Kmentt.

Aí ainda investigaram um pouco, mas só. A Dra. Marília trabalhou muito, mas sofreu tanta ameaça que teve que largar o caso. Ratifica que na sua opinião, além do Delegado Roberto de Castro, a dona Elisa Gradvohl está envolvida, pois ela veio dizer que conhecia o Carlos Henrique como lagosteiro, e ele nunca tinha sido lagosteiro. Acredita que todos os Delegados sabiam quem tinha assassinado seu filho. Que seu genro entrou na Delegacia para pegar o atestado de óbito, e na hora o Erivaldo Rodrigues, Vereador de Caucaia, que foi pra matar o Carlos Henrique, entrou. Acredita que sequer chegue em casa viva de tanta gente que está envolvida. Afirma que quem atirou no seu filho o fez na testa e no peito, e os tiros foram desferidos pelo Delegado Roberto de Castro. Perguntada se seu filho também negociava com drogas, disse que não. Afirmou que não viu o Delegado Roberto de Castro atirar em seu filho, mas que conversou com gente de “alta responsabilidade” que afirmou, mas que não pode falar quem foi, pois a pessoa não autorizou que dissesse. Avisada de que a senhora Telma já teria sido encontrada, comentou que no dia deste depoimento, quando estava saindo de casa, já havia um policial na sua porta, decerto sabendo que ela ia depor. Quanto a Telma, disse que não a acusa de ter matado seu filho. Entre os seus outros filhos, alguns dizem que tem certeza de que a Telma sabia de tudo, mas ela nunca achou uma pessoa que dissesse que Telma estaria envolvida na morte do seu filho, embora no dia seguinte à morte dele, ela já sabia.

Disse que Telma está com uma fita de um aniversário do Carlos Henrique, fita esta que estava em sua casa, e Telma pegou, dizendo que ia gravar em um CD. Daí então, nunca mais viu Telma ou a fita. Esclareceu que a criança da Telma é de outro filho dela, e não do Carlos Henrique. Acha que na fita que Telma levou tinha sido gravado alguém que podia ser incriminado na morte do Carlos. Afirmou que o Promotor Pedro Olímpio e a Dra. Marília têm tudo o que ela falou por escrito. Que o Delegado Ronaldo tem tudo também. Ao final se comprometeu a comparecer na sessão seguinte, quando seria tomado o depoimento da senhora Telma.

Em virtude da preocupação demonstrada pela Senhora Francisca Edênia Nascimento Ramalho, que relatou inclusive estar sendo intimidada pela constante presença de viaturas da polícia civil defronte sua residência, a Comissão enviou Ofício ao Secretário da Justiça e Cidadania solicitando envidar esforços no sentido de garantir sua integridade física."

(...)

(Fonte: Blog Mirando à Polícia citando o Diário Oficial do Estado do Ceará nº 231, páginas 154 à 166, de 06 de dezembro de 2006)