A análise levantou o sexo e idade das vítimas e apontou o local das ocorrências, identificando se teria havido nas proximidades eventos como ação policial, ação de criminosos ou, ainda, fatos de natureza diversa, como disparos contra terceiros e roubos.
A capital do estado foi a região com mais casos de bala perdida (41), concentrando todas três as mortes. Entre os óbitos, um caso aconteceu entre jovens (18 a 29 anos), outro entre crianças (0 a 11 anos) e outro ainda entre idade não informada. Com relação ao local das mortes, nenhuma ocorreu próxima a qualquer área de confronto armado: dois casos foram em via pública, e um dentro de residência.
Como a bala perdida é um fato de natureza aleatória, chama atenção a maioria de vítimas do sexo masculino: 66,7%. O número fica ainda mais expressivo considerando a distribuição da população do estado, segundo o Censo 2000 do IBGE: 48% são homens (6.900.312) e 52% são mulheres (7.491.794).
O relatório foi produzido a partir do que se convencionou chamar de "vítima de bala perdida", ou seja, quando uma pessoa sem qualquer participação no evento em que houve disparo de arma de fogo é atingida pela bala, vindo a falecer ou não. Estes casos são descritos e numerados no campo "Dinâmica dos fatos" dos Registros de Ocorrência Policial (RO) elaborados nas delegacias.
O relatório do ISP observa que o preenchimento dos RO é afetado pela subjetividade tanto de quem relata o fato, como de quem faz o registro.
"Alguns casos de homicídio e de lesão corporal que seriam caracterizados como decorrentes de bala perdida podem não apresentar esse termo no seu Registro. O mesmo pode ocorrer em certos casos identificados cados inicialmente como resultantes de bala perdida: após a investigação, estes revelam ser fruto de dinâmica distinta" - diz o relatório."
(Fonte: O Globo)
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