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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

PROXIMIDADE MASCARA PROBLEMA DE COMUNICAÇÃO

A comunicação entre pessoas íntimas e desconhecidos tem um grau de precisão semelhante, de acordo com um estudo da Universidade de Chicago. “As pessoas tendem a acreditar que se comunicam melhor com amigos íntimos do que com desconhecidos. A intimidade pode levá-las a superestimar suas habilidades de comunicação, um fenômeno que chamamos de “viés na comunicação-proximidade”, diz Boaz Keysar, um dos autores do estudo e professor de psicologia na Universidade de Chicago.

No estudo, os pesquisadores pediram a 24 casais que sentassem em cadeiras, virados de costas um para o outro, e interpretassem o que o parceiro quis dizer com uma frase ambígua, que não fosse absolutamente clara.

Os cônjuges superestimaram sua capacidade de comunicação, de acordo com os autores do estudo. “Uma esposa que diz ‘Está ficando quente aqui’ está dando uma dica ao marido de que gostaria que ele diminuísse a temperatura do ar condicionado, e pode acabar surpresa com o fato dele entender a frase como um sinal verde para uma aproximação sexual”, disse Keneth Savistky, professor de psicologia no Williams College, em Williamstown, em Massachussets. “Embora os participantes esperassem que seu parceiro os compreendessem melhor do que desconhecidos, a taxa de precisão entre os dois grupos foi estatisticamente idêntica. É chocante porque os participantes estavam totalmente confiantes de que seriam melhor compreendidos pelos parceiros.”

De acordo com Savitsky, “alguns casais podem de fato estar na mesma sintonia, mas talvez não tanto quanto acham que estão. Na pressa e na preocupação, você deixa de entrar na perspectiva do outro, justamente por causa da intimidade que tem com essa pessoa”.

Nicholas Epley, coautor do estudo e professor de ciência comportamental na Escola de Administração da Universidade de Chicago, explica o fenômeno. “Nosso problema na comunicação com amigos e parceiros é que temos a ilusão da proximidade. Ser íntimo de alguém parece criar a ilusão de compreender muito mais do que se realmente compreende”.

(Fonte: New York Times, Delas - iG)

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