Esses são alguns dos fatos que se recolhem no relatório "Censored 2010", realizado pelo Projeto Censurado da Universidade de Sonoma State, na Califórnia, e que será publicado nesta quarta-feira pela editoria Seven Stories.
Num artígo sobre essa pesquisa, o jornalista chileno Ernesto Carmona assinalou que as 25 noticias "mais sufocadas pela censura do império mediático incluem temas candentes que transcendem os EEUU e que jamais são debatidos nos grandes meios, mas só pela imprensa alternativa".
Entre outros fatos noticiosos relegados nos grandes meios de comunicação do país do norte, ademais dos já citados, se encontram como grupos lobistas compraram o Congresso estadunidense, a forma pela qual os bancos salvos pelo governo do presidente Barack Obama enviaram bilhões de dólares a paraísos fiscais, como se negociou o "controle secreto dos debates presidenciais" nos EEUU e a forma pela qual empresas transnacionais "lucram com a ocupação de Palestina".
Ao referir-se ao controle de Wall Street sobre o Executivo estadunidense, Carmona relatou em seu artigo que os legisladores federais responsáveis de supervisionar a economia do país receberam milhões de dólares da Bolsa de Valores de Wall Street.
"Senadores como Barack Obama e John McCain receberam um total combinado de 3,1 milhões de dólares. Os doadores incluem os bancos de investimentos Bear Stearns, Goldman Sachs, Lehman Brothers, Merrill Lynch e Morgan Stanley, a seguradora American International Group (AIG) e os gigantes da hipoteca Fannie Mae e Freddie Mac", indicou.
Sobre a ocupação de Israel nos territórios palestinos, o jornalista expressou que, segundo a investigação "Censored 2010", o Estado hebreu "lançou repetida e indiscriminadamente bombas de fósforo branco fabricadas nos EEUU sobre áreas civis densamente povoadas de Gaza durante sua recente campanha militar".
Relatou ademais que "as corporações transnacionais e israelenses estão diretamente envolvidas na ocupação da Palestina".
"Numa fusão de interesses políticos, geopolíticos e religiosos, a ocupação israelense da Cisjordânia, Gaza e Altos do Golam está inspirada por interesses corporativos, nos quais as corporações de bens raízes se beneficiam com a ocupação para obter vantagens, desenvolvem as colônias ou assentamentos israelenses e participam da construção e operação de um sistema étnico de separação idêntico ao 'apartheid', incluindo caminhos com postos de controle e muralhas", sinalizou.
Na lista de noticias censuradas nos EEUU durante 2009 também ressalta a situação em escolas estadunidenses onde a segregação é mais forte do que na década de 50, a revelação de que os denominados "piratas" da Somália são pescadores que lutam contra o saque da pesca de arrasto e a descarga de lixo tóxico, e a existência de piscinas com lixo nuclear na Carolina do Norte (EEUU).
Também se destacam as informações nas quais se afirma que no Pentágono reina a corrupção, a guerra racial existente nos EEUU após o furacão Katrina e a repressão norte-americana no Haiti.
O Projeto Censurado foi fundado há 33 anos pelo professor Carl Jensen, acadêmico da Universidade Sonoma State que se aposentou em 1996 e, desde 2009, Phillips e Mickey Huff assumiram o desenvolvimento da iniciativa."
(Fonte: Agência Bolivariana de Notícia via e-mail da Fundação Lauro Campos)
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