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quinta-feira, 12 de março de 2009

SALVE GERAL - ATAQUES DO PCC EM SÃO PAULO VÃO PARA AS TELAS DO CINEMA

“O dia em que São Paulo parou virou filme com estreia prevista para o início do ano que vem. "Salve geral" narra um episódio de ficção inspirado nos ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC), o maior confronto contra forças policias do Estado.
- "Para mim, foi o 11 de Setembro de São Paulo. Mobilizou a cidade toda e, pela imprensa, o Brasil. O pânico se instalou", disse à Reuters o cineasta Sergio Rezende, responsável pela direção e que já comandou Zuzu Angel (2006), Guerra de Canudos (1997) e Lamarca (1994).
Co-roteirista, ele conta que foi atraído pelo - "descontrole que toma conta de tudo, em que o Estado perde o controle".

Uma primeira versão de "Salve geral" - código usado pelo PCC- foi apresentada à distribuidora Columbia há uma semana, quando se discutiu a data do lançamento, ainda incerta. Falta a sonorização e a música na produção orçada em 6 milhões de reais.
A história, que teve as filmagens finalizadas há alguns dias, é centrada em Lúcia, uma professora de piano viúva, vivida pela atriz Andréa Beltrão, que passa por dificuldades financeiras e tem a missão de tirar o filho da cadeia.
Rafael (Lee Thalor) está preso por ter se envolvido em um incidente de trânsito que acabou em assassinato. Para ajudá-lo, Lúcia acaba se envolvendo com o PCC, levando para a cadeia celulares e mensagens. A sigla do comando, no entanto, não é mencionada no filme.
Os ataques do PCC a São Paulo aconteceram em maio de 2006, quando delegacias de polícia, órgãos públicos, ônibus e agências bancárias foram alvo da organização criminosa que é liderada de dentro dos presídios. Foram quase 200 mortes entre funcionários do Estado e em confrontos.
Ocorridos no Dia das Mães, os ataques foram seguidos pelo pânico que parou a cidade no dia seguinte, quando a população congestionou ruas e avenidas e lotou o transporte público em uma espécie de fuga para casa.
À exceção de Andréa Beltrão o diretor escolheu, para viver os cerca de 50 personagens, atores do teatro paulista, não conhecidos do grande público. - "Não são figuras populares, de novela, assim dá mistério ao filme", disse o diretor, que é carioca e procurou fazer um filme com atores paulistas porque, no Rio, "todo mundo é conhecido".

Apesar de a história se passar em São Paulo, apenas uma parte das rodagens foi feita na cidade. Em cena na avenida Paulista, o problema maior foi controlar o fluxo das pessoas e não os carros, apesar de as filmagens terem sido realizadas num domingo.
- "Na capital, os problemas de logística são cada vez maiores. Tinha muita locação nosso filme. Se você pega um engarrafamento, perde muito tempo de deslocamento. São três caminhões, quatro vans, carros. É um circo de anda", disse Rezende.

A maior parcela das filmagens aconteceu em Paulínia - município que tem um polo de cinema em que a prefeitura concede incentivos para produções cinematográficas - e em Campinas, ambas no interior de São Paulo.
Desativado, o presídio Frei Caneca, localizado no Rio de Janeiro, também abrigou as filmagens. E uma viagem dos personagens levou a equipe por três dias a Foz do Iguaçu e a Ciudad del Este, no Paraguai.”

(Fonte: O Globo)

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