Abrem-se bares em zonas residenciais sem restição alguma, fazendo da vida da vizinhança um verdadeiro inferno. Por toda parte há exemplos dessa "bar-bárie": shows diários vibrando decibéis ensurdecedores, ignorando qualquer limite. Quando por fim a autoridade policial comparece, faz-se no máximo uma breve "homenagem" à civilidade, baixando o volume mas somente por alguns minutos. Logo que os policiais saem retoma-se a lógica da auto-satisfação a qualquer custo.
Tão preocupante quanto esse tipo de selvageria é a surdez física e moral com que tais fenômenos são recebidos, da parte de concidadãos e de autoridades. Inverte-se a própria lógica: os que se sentem agredidos por essa situação é que são vistos como "intolerantes", pelo fato de pretenderem ter direito ao repouso e ao sossego, ou simplesmente por não partilharem do gosto/mau gosto predominante.
A quem apelar? Enquanto não recuperamos a educação e o espírito de vida coletivo, degrada-se a qualidade de vida nesta "loura desposada do sol". Se nada for feito, estaremos entregues a tais formas de violência alimentadas por personalidades que não vêem nada além de suas próprias necessidades primárias. Só resta então esperar que o poder judiciário possa ouvir esse apelo de urgência e ajude a restaurar a noção geral de que a cidade é de todos e não somente de alguns."
Gostaria de parabenizar ao irmão e amigo Adail Bessa de Queiróz, pela qualidade do blog lançado, abrindo mais um espaço democrático de debates e manifestações.
ResponderExcluirAtenciosamente
Coronel Paula Neto