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sábado, 21 de março de 2009

LÚCIO ALCÂNTARA x CID GOMES



Hoje pela manhã, durante o Programa do Comunicador Paulo Oliveira, na Rádio Verdes Mares AM, o Ex- Governador Lúcio Gonçalo de Alcântara, criticou o Governador Cid Gomes.

Tudo foi provocado em face de propagandas pagas pelos cofres públicos, que esão sendo veículadas na mídia, porquanto o Governador Cid diz que fez mais da metade da obra do CANAL DA INTEGRAÇÃO, chamado por ele de EIXÃO DAS ÁGUAS, em dois anos, enquanto nos últimos 5 anos, aí inclui os quatro de Lúcio, foi feito menos.
A parte construída por Cid (trechos 2 e 3) foi inaugurada esta semana que está acabando, inclusive com a Chapa Dilma – Ciro presente no evento, sob farta cobertura dos meios midiáticos, que usaram até transportes pago pelo Governo, dentre eles helicóptero.

Lúcio disse “que o então Canal da Integração, foi concebido e projetado no Governo Tasso Jereissati, no Governo Beni Veras começou a sair do papel, mas acabou parando. Eu, depois de sanear as finanças do Estado, retomei as obras que recebi paradas. Construi e inaugurei o trecho 1. Quando deixei o Governo, deixei 60% das obras dos trechos II e III prontos. O Governador concluiu os tais trechos. Mas até acredito que ele não sabe o que a propaganda diz - que este governo fez em dois anos que não se fez em cinco. É mentira. É propaganda enganosa", criticou o ex-Governador. Lúcio também acrescentou “que pagou sua parte no projeto, que tem recursos do Estado e do Governo Federal.”
Nesta semana que finda, Lúcio Alcântara já havia feito um desbafo muito grande, quando comemorou o fato de seu Blog haver completado mil postagens, vejamos:

"Este texto é a milésima postagem do blog. Ao deixar o governo do Ceará, eu era, literalmente, um analfabeto digital. Incapaz de realizar um procedimento por mais elementar que fosse. Ao retornar de viagem que empreendi a Portugal, logo após transmitir o cargo, por insistência da minha mulher, comecei a lidar com o computador. A seguir veio a criação do blog, contando com o apoio e o estímulo de familiares e amigos.
Os primeiros passos visaram a adaptação à linguagem da internet, síntese, clareza, marca pessoal, alguma irreverência e, às vezes, contundência. A forma como se deu o processo eleitoral, de todos conhecida, e o desenrolar do governo, no qual pontificaram duas oposições, uma ostensiva e outra enrustida, um cavalo de tróia infiltrado na administração, ambas movidas pela ambição política que desconhecia limites éticos, explicam parte do êxito do meu adversário.
A vinculação partidária do candidato ao Presidente Lula, detentor de enorme popularidade, completa o cenário da vitória do meu oponente. O adesismo desenfreado e a pusilanimidade de muitos, com honrosas exceções, obrigou-me a empenhar-me pessoalmente na defesa do meu governo. Manobras cavilosas e perseguições mesquinhas estiveram presentes desde os primeiros dias da nova administração. A intenção era desconstituir um governo honrado e profícuo, reconhecido pela população, conforme pesquisas idôneas, à época divulgadas, num desejo manifesto de reescrever a história, como se isso fosse possível. Ilhado pelo mar governista, encontrei na internet um canal livre para me expressar.
Quando critico o governo, diferentemente do que ocorreu comigo, faço-o de modo impessoal, com elegância e respeito, mesmo quando mais incisivo, a partir de fatos incontestáveis ou de promessas eleitorais desmentidas ou irrealizadas. Procuro ser justo e sensato, no poder ou fora dele.Na busca de uma unanimidade, que compromete a ética, as finanças e a democracia, não faltaram áulicos do governo, recentes e antigos, que se manifestaram para desqualificar minha postura oposicionista. No intuito de me diminuir debocharam dos blogueiros e internautas. Como se estivesse impedido de reclamar, devido o insucesso eleitoral.
Perdi as eleições, não a cidadania ou a liberdade de pensar. Tenho sentimentos, mas estou muito longe de ser um ressentido. A vida foi generosa comigo. Sou grato as oportunidades que tive. Julgo, ao contrario, que minha legitimidade para acompanhar e criticar o governo decorre do resultado do pleito. Quando a oposição é um deserto, como aqui, há um deficit de participação. Sofrem com isto a democracia e o erário. Se falta quem grite que o rei está nu, ele parece vestido, apesar das evidências em contrário. Esse grito para desmentir aparências engendradas nunca vou deixar de dar.
Estou onde o resultado eleitoral me colocou: servindo ao povo, em outra trincheira, com a inegada vocação para a vida pública que minha trajetória confirma."

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