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terça-feira, 17 de março de 2009

FORA DO MAPA - LIVRO DE GEOGRAFIA DISTRIBUÍDO NA REDE ESTADUAL DE SÃO PAULO TEM DOIS PARAGUAIS E ESQUECE O EQUADOR



"Alunos da 6ª série do Ensino Fundamental da rede pública estadual de São Paulo estão confusos com o livro de Geografia que receberam este ano. Na apostila do primeiro bimestre o Paraguai está localizado no Uruguai e vice-versa, além de também aparecer na área geográfica da Bolívia. Na página 8 da mesma apostila, não há como visualizar o Equador.

Cerca de 500 mil livros foram distribuídos. Ao lado do mapa há um questionário que pergunta, por exemplo, que países não fazem fronteira com o Brasil. Pelo mapa, a resposta estaria errada.
- "Isso é uma coisa de muita responsabilidade. Não só pelos alunos, para os que estão vendo que está errado e não corrigem. Ele tem que aprender o certo e não o errado" - diz Filomena Cabral Morena, avó de um aluno.

- "Está faltando um país aqui. É difícil" - diz o estudante João Gabriel Anchieta.
Os professores precisam utilizar seus conhecimentos para dar aula ou acessar, alguns dias antes, o site do governo do estado para verificar a correção da apostila no espaço que é restrito à categoria.

- "Me parece que não houve uma revisão. Você acaba criando uma confusão na cabeça de um aluno que ainda está em processo de formação" - diz o professor de geografia Alexandre Zanin.
Para a educadora Silvia Colello, o livro atinge bem mais do que os alunos atuais, pois outras pessoas têm acesso a eles nas bibliotecas.

- "O erro parece pequeno, mas multiplica pelos tantos que possam ter acesso a este livro" - afirma Silvia, lembrando que alunos de outras séries podem consultar o material.

Inicialmente a Secretaria de Educação havia informado que o livro não seria trocado. O erro havia sido identificado e o mapa correto foi colocado no site da Fundação Vanzolini. Os professores haviam sido informados sobre o erro e orientados a corrigir os alunos.
Nesta terça, em entrevista ao SPTV, a Hughette Teodoro, gerente de normas pedagógicas, informou que todos os livros com erros serão recolhidos e trocados. Segundo ela, a Fundação Vanzolini, responsável pela edição, arcará com os custos. Os professores estão sendo orientados a não usar o material, que serve como apoio às aulas.”

(Fonte: O Globo, Bom Dia São Paulo, Diário de S.Paulo, SPTV)

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