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domingo, 1 de fevereiro de 2009

HELICÓPTEROS BRASILEIROS EM RESGATE DE REFÉNS DAS FARC NA COLÔMBIA

O Globo e agências internacionais noticiaram hoje, que três helicópteros brasileiros que recolherão neste domingo três policiais e um militar a serem libertados pela guerrilha das Forças Armadas Revolucinárias da Colômbia (FARC), decolaram da cidade de Florencia, no Sul da Colômbia, depois de um atraso de mais de uma hora por conta do mau tempo. O ministro da Defesa colombiano Juan Manuel Santos suspendeu as ações militares durante 36 horas nas zonas relacionadas para facilitar o processo.
O Brasil vai ajudar na missão humanitária que receberá seis reféns em poder de guerrilheiros das quatro militares e dois políticos colombianos. A libertação prevista para este domingo será a primeira desde fevereiro de 2008, disse a senadora Piedad Córdoba, que está à frente da missão.
Os helicópteros brasileiros decolaram de Florencia, capital do departamento de Caquetá, às 8h15m (horário local) com a senadora, três membros da Cruz Vermelha, três testemunhas e cinco tripulantes.
Com a entrega, as FARC querem, na opinião de analistas, obter espaço político e melhora da sua imagem internacional depois dos duros golpes sofridos no ano passado, como a morte de diversos comandantes, a deserção de milhares de combatentes e o resgate da refém Ingrid Betancourt.
Também fazem parte da comissão que receberá os reféns a ativista de direitos humanos Olga Amparo Sánchez e os jornalistas Daniel Samper e Jorge Enrique Botero, além de representantes do CICV.
Os quatro militares devem ser entregues em algum ponto da Amazônia colombiana e levados ao aeroporto de Villavicencio, onde seus familiares estarão à espera. Na segunda-feira, a comissão volta aos helicópteros para recolher, em outro ponto da selva, o ex-Governador Alan Jara, do Departamento de Meta, sequestrado desde 2001. Na terça-feira, o grupo se desloca para Cali, onde irá coordenar a devolução do ex-Deputado regional Sigifredo López, do Departamento do Valle.
Atualmente, as FARC mantêm sequestradas 28 pessoas por motivos políticos, e pressionam por um acordo com o governo para trocá-las por cerca de 500 rebeldes presos. Entretanto, a cifra se reduzirá a 22 quando terminarem as libertações anunciadas pela guerrilha. O Governo e as FARC mantêm posições radicais, que impedem o fim do drama dos reféns, alguns dos quais sequstrados há mais de 11 anos na selva.

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