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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

DIFÍCIL MISSÃO: POLICIAMENTO COMUNITÁRIO x POLICIAMENTO OSTENSIVO GERAL x ETC

Os PROGRAMAS DE GOVERNOS PARA A SEGURANÇA PÚBLICA, principalmente centrados na Polícia Comunitária, muitas das vezes, amparados por uma propaganda caríssima, perpassam mensagens e soluções mirabolantes para a insegurança pública, mas que ante a prática cotidiana, enfrentam as mesmas dificuldades da missão policial militar ordinária (POG - Policiamento Ordinário Geral). Ocorre, que as incompreensões de uma forma geral, fazem com que os governantes adotem posturas apressadas, impessadas e injustas, no afã de dá satisfações à sociedade ou ante a ameça de serem lançadas quaisquer manchas no SEU PROGRAMA DE GOVERNO.
Oportunistas de plantão, à espreita, e autoridades intermediárias da área, acham culpados, vilões, responsáveis, "boi de piranha"... dos ocorridos, para respectivamente, ocuparem os cargos dos gestores e os outros se verem livres da responsabilidade, enquanto os problemas persistem.

O Jornal Diáriodo Nordeste, edição de hoje, publica nas entrelinhas, notícia dando conta que o adolescente Paulo Jorge Alexandria, que sofreu um tiro no abdome durante o confronto com a RONDA DO QUARTEIRÃO, da Polícia Militar do Ceará, no Centro Educacional São Francisco, no bairro Passaré, em Fortaleza - CE, num princípio de rebelião, ocorrido na manhã de sábado passado (31/01/2009), MORREU por volta das 16h30 do mesmo dia, no Instituto Doutor José Frota (IJF), Unidade Central, quando era submetido a uma cirurgia.

O jovem Paulo Jorge Alexandria Freitas, 16, era natural da cidade de Piquet Carneiro (a 332Km de Fortaleza) e estava na unidade devido a problemas com drogas, segundo informações da direção do Centro. Ele havia levado um tiro no abdome, no momento em que policiais militares tentavam controlar uma briga entre dois grupos rivais que estão internados naquela unidade. Segundo informações da direção do Centro São Francisco, a briga teria começado por volta das 11 horas, contudo, o Diário do Nordeste apurou que os ânimos estavam acirrados desde o começo da manhã. Armados com pedaços de móveis de alvenaria, os adolescentes arrombaram cadeados e liberaram outros detentos.

A confusão generalizada e o impedimento de acesso dos instrutores ao local pelos adolescentes, fez com que a direção do Centro acionasse o reforço da Polícia Militar do Ceará. Inicialmente, duas patrulhas do Ronda do Quarteirão foram deslocadas para o centro com o objetivo de atuar juntamente com quatro policiais que estavam de guarda no local. Homens do Batalhão de Choque (BpChoque) e da Companhia de Polícia de Guarda (2ª CPG), também foram acionadas, mas antes que o reforço chegasse, a direção da unidade solicitou a entrada dos policiais que lá estavam. Nesse instante houve um confronto e os disparos. Ainda não foi informado qual dos policiais teria efetuado os disparos contra os adolescentes. O tiro teria partido de um dos homens das patrulhas do Ronda do Quarteirão.

Ocorre também, que outros casos já aconteceram envolvendo o RONDA DO QUARTEIRÃO. Isso tudo prova que nenhum tipo, processo ou "programa" de policiamento está isento de problemas. Entretanto, há um fato a se pensar. O Desvio de foco, de finalidade, o preparo e o emprego. Se o Programa é de POLICIAMENTO COMUNITÁRIO, como é que está a formatação desse programa para uma ocorrência atípica, tipo "Rebeião", "Motim", etc ?

VEJAMOS OUTROS CASOS

O POVO - 10/03/2008
MARACANAÚ
Preso morre dentro de carro do Ronda
Nicolau Araújoda Redação
Preso morreu no interior de Hilux do Ronda do Quarteirão. Ele teria passado quatro horas algemado no xadrez do veículo.
Um usuário de crack morreu no interior de um veículo Hilux do Ronda do Quarteirão, na noite do último sábado, após ter sido detido na Pajuçara, em Maracanaú, na Região Metropolitana, por crime de dano ao patrimônio alheio e desobediência à autoridade policial. O POVO apurou com familiares e testemunhas que Francisco Gleison Sales da Silva, 26 anos, chegou a ser conduzido à Delegacia Metropolitana de Maracanaú, para procedimento de Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO), mas o delegado Delmiro Zamenrosf teria se recusado a assinar o documento ao ser informado que o preso estaria morto. Os policiais então levaram o corpo até o Hospital Municipal de Maracanaú, que também não foi recebido. Segundo o Departamento de Serviço Social do hospital, a situação estava "meio estranha". O corpo acabou mesmo no Instituto Médico Legal (IML) para necropsia. De acordo com o relatório da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), o Ronda do Quarteirão foi chamado por moradores da rua São Sebastião, para atender a uma ocorrência contra um homem, em "estado alterado" por uso de substância química, que corria sobre o telhado de três casas. Segundo ainda o relatório, ao ser preso o homem teria mordido o braço de um policial. Segundo ainda o relatório, após ser feito o TCO o homem teria tido um mal súbito e morreu a caminho do hospital. A versão de familiares e testemunhas contradiz o relatório da Ciops em alguns pontos. De acordo com eles, Francisco Gleison passou cerca de quatro horas algemado nos braços e nas pernas, no xadrez do veículo do Ronda do Quarteirão. Nesse intervalo de tempo, o veículo ficou parado na delegacia, enquanto os dois policiais, três testemunhas de acusação e o pai e uma irmã do acusado aguardavam o atendimento. Após algum tempo, os policiais disseram que iriam medicar o acusado, quando aproveitaram para uma troca de expediente. Dois outros policiais retornaram com a viatura. Segundo ainda familiares e testemunhas, o xadrez do veículo somente foi aberto depois de mais algum tempo, após muita insistência do pai do acusado, que estranhou o silêncio no interior da Hilux. O POVO apurou ainda que Francisco Gleison levou uma queda do alto de uma das casas, antes de ser preso. De acordo com o IML, a causa da morte do acusado deverá ser divulgada em 20 dias. O POVO tentou entrar em contato com o comandante do Ronda do Quarteirão, coronel Túlio Studart, mas seu celular não foi atendido. O relações públicas da Polícia Militar, major Marcos Costa, disse que uma posição oficial deverá ser apresentada hoje. O delegado Delmiro Zamenrosf não foi localizado para comentar sobre o procedimento na delegacia. A equipe do plantão do domingo informou que não havia como checar se o delegado havia se recusado a assinar o TCO, mas assegurou que não havia registro de ocorrência com algum acusado de nome de Francisco Gleison. E-MAIS Francisco Gleison Sales da Silva trabalhava como feirante na Ceasa, em Maracanaú, onde vendia uvas e goiabas. Era casado e tinha quatro filhos. O mais novo com dois meses de vida. Segundo familiares e vizinhos, "ele só fazia mal a ele mesmo quando usava crack". Por conta das alucinações, segundo ainda familiares e vizinhos, ele dizia que alguém estaria em sua perseguição para matá-lo, por isso corria o tempo todo. Uma pessoa da família contou ao O POVO que ele passou a consumir crack a partir das 13 horas de sábado. De acordo com a família, ele era usuário da droga há pouco mais de um ano.

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DIÁRIO DO NORDESTE – 10/03/2008
Curtas
DESORDEM - Viatura do Ronda é apedrejada na praça
A Polícia Militar precisou enviar reforços, ontem à noite, à pracinha do Bairro João XXIII, onde costumeiramente ocorrem conflitos de gangues e veículos com som em alto volume. Uma viatura do Ronda do Quarteirão foi alvo de muitas pedradas. A equipe Raio foi mobilizada.

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DIÁRIO DO NORDESTE – 15/03/2008
Policial do Ronda dispara revólver em delegacia e fere mulheres
Noite tumultuada: depois do susto, peritos estiveram na delegacia para examinar o local
Depois da morte do comerciante Francisco Gleison Sales da Silva, no último dia 8, dentro do xadrez de uma viatura do Ronda do Quarteirão, em Maracanaú, policiais integrados ao programa voltam a se envolver num episódio em que o treinamento dos profissionais é questionado. Desta vez, o fato aconteceu dentro de uma delegacia de Polícia.No 30º Distrito Policial (DP), no Conjunto São Cristóvão, a doméstica Francisca Teixeira da Silva, de 34 anos, e a adolescente C.S., de 16 anos, foram atingidas por estilhaços, após o disparo acidental da arma de um suspeito detido por policiais militares poucos momentos antes. Segundo a Polícia, no momento do disparo, a arma estava com o soldado PM do Ronda do Quarteirão, Davi Cavalcante Nascimento.
De acordo com informações de testemunhas, o policial manuseava o revólver calibre 38 do suspeito quando, de repente, a arma disparou, ferindo as duas mulheres. Elas foram socorridas para o hospital Frotinha de Messejana e, posteriormente, liberadas. O fato aconteceu por volta das 23h30 de quinta-feira (13), pouco tempo depois da chegada ao 30º DP do rapaz identificado como Cristiano Teixeira da Silva, de 19 anos. Ele foi detido por policiais do Ronda do Quarteirão no bairro São Cristóvão sob a acusação de porte ilegal de arma em via pública.
A mãe do acusado, Francisca Teixeira da Silva, e sua cunhada, Camila da Silva, souberam da ocorrência e se dirigiram à delegacia para inteirar-se sobre o porquê da prisão. Ali, as duas mulheres acabaram feridas acidentalmente. A ocorrência foi registrada pelo delegado plantonista, Carlos Eduardo Pires Rocha. As vítimas optaram por não registrarem queixa contra o policial militar que disparou a arma do preso, embora tenham sido ouvidas sobre o fato pelo delegado Carlos Eduardo. Segundo ele, "as duas mulheres têm um prazo de até seis meses para formular uma representação contra o policial, que neste caso, poderá responder pelo crime de lesão corporal culposa".

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O POVO - 26/03/2008
RONDA - Porteiro diz que foi espancado por policiais do RONDA
Um porteiro se diz agredido por policiais do Ronda do Quarteirão, no último fim de semana, em ocorrência no Bom Jardim. Na madrugada de domingo, o porteiro de 30 anos, que trabalha há mais de cinco anos em um condomínio no Meireles, foi detido sob acusação de tentativa de furto. Segundo o porteiro, ele havia saído de um pagode quando passou a ser perseguido por dois homens. Para tentar escapar do que acreditava ser uma abordagem de assalto, escalou o muro de uma residência, na avenida Bom Jesus, e ficou em cima do telhado. De acordo ainda com o porteiro, ele mesmo começou a alarmar como forma de afastar os prováveis perseguidores. O barulho chamou a atenção dos proprietários da residência e de alguns vizinhos. Os proprietários avisaram que iriam acionar o Ronda do Quarteirão. Segundo o porteiro, ele mesmo pediu que chamassem a Polícia para uma busca na área à procura dos supostos assaltantes. Mas ao chegarem os policiais não teriam lhe dado chance de explicar a situação. O algemaram e o levaram para o 12º Distrito (Conjunto Ceará). Na delegacia, conforme o porteiro, os policiais passaram a espancá-lo com chutes, socos e tapas para que ele assinasse uma confissão por tentativa de furto. "Como ele (porteiro) não assinou a confissão, os policiais o mandaram embora pela manhã. Mas ele insistiu em mostrar para os policiais que não era bandido, mas trabalhador. Mesmo ameaçado, conseguiu ligar de um telefone comunitário para o síndico do prédio. O síndico foi até a delegacia e prestou informações a favor dele", contou uma moradora do condomínio, onde o porteiro trabalha. "Ele (porteiro) está com muitos hematomas e com dificuldade para caminhar. Mesmo assim, não quer representar queixa contra os policiais. Mas gostaria que os policiais tivessem mais responsabilidade nas abordagens e no tratamento aos suspeitos", completou a moradora. O POVO entrou em contato com o 12º Distrito, mas um inspetor disse que não tinha conhecimento da suposta ocorrência, por se tratar de um caso que teria acontecido no plantão de uma outra equipe.
Outros dois casos de violência policial foram registrados no fim de semana. No bairro Ellery, policiais do Ronda do Quarteirão teriam invadido uma residência e espancado o morador, após reclamações de som alto, na noite de domingo. Um policial ainda efetuou um disparo para chão e os estilhaços atingiram o braço do morador e de um outro homem. A ação foi presenciada por vários vizinhos. Ninguém foi preso.

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