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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

SEGURANÇA DE ORDEM PÚBLICA INSTITUCIONAL x SEGURANÇA DE ORDEM PÚBLICA SOCIAL



Duas fotos publicadas hoje na mídia local, nos remete a duas refelexões.
1) Será que ainda temos um MODELO DE SEGURANÇA voltado para a Defesa da Ordem Pública Institucional, onde o foco é a ênfase na Defesa do Estado e das Instituições; na Garantia da Lei e na Garantia do Exercício dos Poderes Constituídos (Foto de uma desocupação no bairro Passaré, Fortaleza - CE, do O Povo) ?

2) Será que a sociedade, os cidadãos, ainda estão fora de foco. A Segurança não mostra a mesma eficiência, eficácia e efetividade na defesa da sociedade e do cidadão, no respeito aos direitos e garantias fundamentais e à qualidade de seres humanos (Foto de integrantes da Segurança Pública, observando o tunel cavado no furto à Agência do Banco do Brasil, Quixadá - CE, do Diário do Nordeste) ?

Ao que parece os órgãos de Inteligência ainda são eficazes, eficientes e efetivos no planejamento contra o cidadão, enquanto o crime organizado "faz a festa", haja vista que o Ceará vem sendo assolado por ações criminosas rotineiras. Só assaltos e furtos ousados contra bancos neste ano foram vários (Jaguaruana, onde balearam o gerente do banco; Palhano, Icó e Quixadá).

Vejamos o depoimento de um bancário, publicado no Jornal Diário do Nordeste:
Calafrios, pesadelos, palpitações e um medo terrível de sair à rua. Passar perto de uma agência bancária, então, nem pensar.” Quando apenas lê notícias sobre assalto a bancos, o bancário S., de 43 anos, revive em “flash back” todo o horror dos três assaltos que sofreu em seu trabalho: leva às mãos à cabeça, se abaixa e pensa em fugir pela porta dos fundos. É nesse momento que percebe que está em casa há cinco meses licenciado, convivendo com as seqüelas do trauma que sofreu. O bancário é mais uma vítima do Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), distúrbio psiquiátrico — que no início do século XX era conhecido como “neurose de guerra” — cada vez mais associado à violência urbana nos grandes centros.
Vivo aprisionado dentro de mim mesmo. O pavor que sinto é muito grande. Hoje sou um homem completamente diferente do que era. Minha vida acabou”, desabafa S., bancário há 24 anos, que passa os dias vendo televisão.

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