Duas fotos publicadas hoje na mídia local, nos remete a duas refelexões.
1) Será que ainda temos um MODELO DE SEGURANÇA voltado para a Defesa da Ordem Pública Institucional, onde o foco é a ênfase na Defesa do Estado e das Instituições; na Garantia da Lei e na Garantia do Exercício dos Poderes Constituídos (Foto de uma desocupação no bairro Passaré, Fortaleza - CE, do O Povo) ?
2) Será que a sociedade, os cidadãos, ainda estão fora de foco. A Segurança não mostra a mesma eficiência, eficácia e efetividade na defesa da sociedade e do cidadão, no respeito aos direitos e garantias fundamentais e à qualidade de seres humanos (Foto de integrantes da Segurança Pública, observando o tunel cavado no furto à Agência do Banco do Brasil, Quixadá - CE, do Diário do Nordeste) ?
Ao que parece os órgãos de Inteligência ainda são eficazes, eficientes e efetivos no planejamento contra o cidadão, enquanto o crime organizado "faz a festa", haja vista que o Ceará vem sendo assolado por ações criminosas rotineiras. Só assaltos e furtos ousados contra bancos neste ano foram vários (Jaguaruana, onde balearam o gerente do banco; Palhano, Icó e Quixadá).
Vejamos o depoimento de um bancário, publicado no Jornal Diário do Nordeste:
“Calafrios, pesadelos, palpitações e um medo terrível de sair à rua. Passar perto de uma agência bancária, então, nem pensar.” Quando apenas lê notícias sobre assalto a bancos, o bancário S., de 43 anos, revive em “flash back” todo o horror dos três assaltos que sofreu em seu trabalho: leva às mãos à cabeça, se abaixa e pensa em fugir pela porta dos fundos. É nesse momento que percebe que está em casa há cinco meses licenciado, convivendo com as seqüelas do trauma que sofreu. O bancário é mais uma vítima do Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), distúrbio psiquiátrico — que no início do século XX era conhecido como “neurose de guerra” — cada vez mais associado à violência urbana nos grandes centros.
“Vivo aprisionado dentro de mim mesmo. O pavor que sinto é muito grande. Hoje sou um homem completamente diferente do que era. Minha vida acabou”, desabafa S., bancário há 24 anos, que passa os dias vendo televisão.
“Vivo aprisionado dentro de mim mesmo. O pavor que sinto é muito grande. Hoje sou um homem completamente diferente do que era. Minha vida acabou”, desabafa S., bancário há 24 anos, que passa os dias vendo televisão.
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