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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

VIOLÊNCIA ALÉM DO HORIZONTE

CIDADE DE HORIZONTE - CEARÁ
Postamos comentários ontem a respeito da criminalidade envolvendo adolescentes e o fato do interior também está sendo tomado por essa onda de violência que não para de crescer no Ceará.

Hoje mais uma vez está estampado nos jornais fatos unindo a criminalidade e a adolescência, como os fatos criminosos ocorridos ontem na cidade de Horizonte, Região Metropolitana de Fortaleza, aqui no Ceará. Vejamos:

Diário do Nordeste

HORIZONTE
Adolescente morre em tiroteio com policiais

Um adolescente de 15 anos morreu em uma troca de tiros com a Polícia, após ele e outro homem assaltarem uma casa lotérica, no Município de Horizonte, na tarde de ontem. O segundo assaltante, de 18 anos, também ficou ferido no tiroteio e foi levado para o IJF Centro. Segundo a Polícia, a dupla estava em uma moto, armada de revólver e, após o assalto, fugiu pela BR-116. Uma patrulha foi acionada, houve troca de tiros e um dos ladrões acabou morto
.”

Esta temática é com certeza desafiadora, pois possuí nítido impacto nas famílias e tem apelo institucional, pois mostra que o Estado e a Sociedade ainda não despertaram para as causas e as conseqüências danosas da realidade.

Por outro lado é importantíssimo abordá-lo nesse momento e atual estágio em que passa a Segurança Pública no Brasil, e em particular no Ceará, haja vista sermos surpreendidos cada vez mais por acontecimentos de ações criminosas repetitivas.

Entretanto, como consolo e por enquanto, nos resta vivermos a realidade como ela é.
Fortaleza, por exemplo, nossa capital, é a quarta cidade do país (dados do IBGE até 2007). Como uma grande cidade convivemos diarimente com as conseqüências advindas da perturbação da violência urbana e do crime organizado, mas que agora vem atingindo fortemente sua Região Metropolitana e o Interior do Estado.

E o pior de tudo, é que se não fossem apenas os efeitos objetivos, que as vezes parece atingir pontualmente um ou outro, existem os fatores subjetivos, como a geração do medo, que atinge a todos nós indistintamente.

Segundo ADORNO (1999, p.2), “o sentimento de medo e insegurança, ao que parece não mais restrito à vida nas grandes cidades, tende a se ampliar e a se generalizar face às expectativas, cada vez mais provável, de qualquer cidadão, independente de sua condição de raça, classe, cultura, gênero, geração, credo ou origem étnica e regional, ser vítima de uma ofensa criminal... As estatísticas oficiais de criminalidade estão indicando o crescimento de todas as modalidades delituosas. Dentre elas, crescem mais rapidamente os crimes que envolvem a prática de violência, como os homicídios, ou roubos, os seqüestros, estupros. Esse crescimento vem acompanhado de mudanças substantivas nos padrões convencionais de criminalidade individual bem como no perfil das pessoas envolvidas com a delinqüência. Assiste-se hoje a generalização e internacionalização do crime organizado, constituído, sobretudo, às voltas do narcotráfico e que em muito se assemelha às organizações criminosas de Chicago e New York nas décadas de 1910 e 1920 e às quadrilhas de Marselha (França) e do Sul da Itália... Trata-se de uma tendência universal que se manifesta em diferentes países e sociedades. Esse não é, portanto um fenômeno específico do Brasil, embora determinadas condições tendem a agravar o controle e o quadro da criminalidade da sociedade brasileira.”

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