De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital Infantil Albert Sabin, a criança foi internada em 2005, quando tinha cinco meses, após ser encaminhada pelo Centro de Assistência à Criança Lúcia Fátima. Os médicos do hospital teriam constatado um quadro de infecção intestinal e anemia grave e recomendado a transfusão de sangue. Dois anos depois, em 2007, a criança foi novamente internada no hospital Albert Sabin, com novas infecções e febre. Outra transfusão foi realizada.
Durante a segunda internação, os médicos suspeitaram que a criança fosse portadora de algum vírus e realizaram exames. Foi detectada a presença do vírus HIV.
O hospital informou que as bolsas de sangue foram fornecidas pelo Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce). A assessoria do órgão disse que localizou os doadores e realizou novos exames, que mostraram HIV negativo.
Segundo a assessoria, a mãe e o irmão da criança também realizaram exames, que não acusaram o vírus. O pai ainda não fez o teste.
As investigações são conduzidas pela Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde Pública do Ministério Público do Estado. Nenhum membro do Ministério Público foi localizado para comentar o caso.
Indenização
Em outubro de 2005, a Justiça determinou que o Estado do Ceará pagasse R$ 150 mil à família de um menino que foi internado no Hospital Infantil Albert Sabin, quando bebê, e passou por transfusões sanguíneas antes de ser diagnosticado como soropositivo. A assessoria do Hemoce, que forneceu o sangue, disse que as transfusões recebidas eram de doadores não portadores de HIV.
Segundo o Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids do Ministério da Saúde, 9.000 crianças e adolescentes brasileiras têm Aids e recebem tratamento."
(Fonte: Jean-Philip Struck da Folha online e Uol)
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