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terça-feira, 21 de abril de 2009

TIRADENTES - PATRONO DAS POLÍCIAS MILITARES DO BRASIL

Joaquim José da Silva Xavier, o TIRADENTES, denominado de o “Mártir da Independência do Brasil” ou o “Pai da Inconfidência Mineira”, nasceu em 1746, próximo ao Arraial de Santa Rita do Rio Abaixo, entre a Vila de São José, hoje Tiradentes e São João Del-Rei, em Minas Gerais.

Tiradentes era o quarto dentre sete irmãos, tendo ficado órfão aos 11 (onze) anos de vida. Cuidado por um padrinho, que era cirurgião, trabalhou como mascate e minerador, sendo ainda um dos donos de uma farmácia de assistência à pobreza na ponte do Rosário, em Vila Rica, onde também exercia a profissão de dentista, sendo assim conhecido: Tiradentes. Posteriormente foi militar, servindo na tropa da Capitania de Minas Gerais. Em 1781 foi nomeado como comandante da patrulha do Caminho Novo, a famosa estrada que ligava ao Rio de Janeiro, onde fazia escoltas do transporte do ouro e dos diamantes extraídos da capitania.

Crítico da espoliação do Brasil por Portugal, e conforme relatos históricos, insatisfeito por não conseguir promoção na carreira militar, porquanto atingiu apenas o posto de Alferes (corresponde a Aspirante a Oficial), pediu licença da Tropa em 1787. Morou no Rio de Janeiro, trabalhando em projetos de obras hídricas. Insatisfeito com a lentidão e a inércia administrativa da Capital, retornou à Minas, começando a pregar em Vila Rica a idéia de independência do Brasil.

Trabalhou na organização de um movimento com integrantes do clero e outras pessoas influentes, como Cláudio Manuel da Costa, antigo secretário de governo, Tomás Antônio Gonzaga, ex-ouvidor da Comarca e Inácio José de Alvarenga Peixoto, minerador. O movimento coincidia com acontecimentos mundiais, cujos comentários fervilhavam toda a colônia, tais como a independência dos Estados Unidos da América.

A alta cobrança de impostos, gerado pela “derrama”, uma cobrança forçada de 538 (quinhentos e trinta e oito) arrobas de ouro em impostos atrasados desde 1762, a ser executada pelo então governador de Minas Gerais, Luís Antônio Furtado de Mendonça, o Visconde de Barbacena, iniciou a movimentação da insurreição em Vila Rica. Os portugueses, Basílio de Brito Malheiro do Lago, Joaquim Silvério dos Reis e o açoriano Inácio Correia de Pamplona, em troca do perdão de suas dívidas com a Fazenda Real, delataram tudo ao Visconde de Barbacena. A derrama foi suspensa e os conjurados presos.

Tiradentes fugiu para o Rio de Janeiro, mas foi novamente delatado por Joaquim Silvério. Preso, assumiu tudo, sendo condenado à morte após três anos de um longo processo. Outros inconfidentes foram indultados e somente Tiradentes foi executado no dia 21 de abril de 1792.

Tiradentes após executado, foi esquartejado e salgado. A sua cabeça foi colocada dentro de uma gaiola e levada para Ouro Preto, onde foi exposta em um poste. As suas pernas cravadas em estacas na Estrada das Minas e os seus braços levados para Barbacena. O sangue de Tiradentes serviu para que fosse lavrada a certidão de cumprimento da sentença, onde foi declarada infame sua memória.

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