“O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieesp) ameaça entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) contra a lei que proíbe a venda de salgadinhos, doces e refrigerantes nas cantinas das escolas públicas e particulares de São Paulo.
A lei foi aprovada na última quarta-feira pela Assembleia Legislativa de São Paulo e será levada para a sanção do governador José Serra. O presidente do sindicato, Benjamin Ribeiro da Silva, disse que compete ao Ministério da Agricultura e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definir leis que controlem e fiscalizem o consumo de alimentos.
- O sindicato é totalmente contra. A lei é inconstitucional. O projeto é eleitoreiro e só passou porque tem apelo popular, principalmente da classe média. Se a lei for sancionada, as crianças vão sair da escola para comprar pastel na barraca da esquina, onde a qualidade do produto é duvidosa - disse Silva.
- O sindicato é totalmente contra. A lei é inconstitucional. O projeto é eleitoreiro e só passou porque tem apelo popular, principalmente da classe média. Se a lei for sancionada, as crianças vão sair da escola para comprar pastel na barraca da esquina, onde a qualidade do produto é duvidosa - disse Silva.
Segundo ele, não se muda um costume por decreto, mas por convencimento. Silva explicou que o sindicato já orienta as escolas a fazerem campanhas contra a obesidade, "que é fruto do sedentarismo". Silva, que é dono de duas escolas em São Paulo, disse que incentiva o consumo moderado de produtos que não fazem muito bem à saúde. Segundo ele, os refeitórios dos seus dois colégios indicam o valor nutricional dos produtos. Alimentos que devem ser consumidos com moderação recebem placas vermelhas no buffet. Verduras e legumes têm placas verdes.
- Mais da metade dos meus alunos têm consciência alimentar. Os refrigerantes light e zero são os mais vendidos - afirmou.
- Mais da metade dos meus alunos têm consciência alimentar. Os refrigerantes light e zero são os mais vendidos - afirmou.
Elke Stedefeldt, diretora da Associação Brasileira de Nutrição, disse que não basta proibir o consumo de produtos de alto teor calórico e com gordura trans nas escolas. Segundo ela, é preciso mudar o hábito alimentar. Elke disse que algumas escolas já têm mudado o cardápio, substituindo os tradicionais hamburgers por sanduíches naturais, com pão integral e queijos menos gordurosos. Os refrigerantes foram trocados por sucos naturais.
- Não podemos continuar oferecendo nas escolas enroladinhos de queijo e presunto e até mesmo de salsichas. Os assados com recheios mais saudáveis seriam uma boa opção - disse Elke. “
- Não podemos continuar oferecendo nas escolas enroladinhos de queijo e presunto e até mesmo de salsichas. Os assados com recheios mais saudáveis seriam uma boa opção - disse Elke. “
(Fonte: Wagner Gomes, O Globo)
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