"Por que, afinal, as mulheres falam demais?"
"Descubra as possíveis razões que fazem o gênero feminino falar tanto."
"Falar demais é algo genético, uma característica pessoal ou uma faceta que pertence ao gênero feminino? A empreendedora social Halle Tecco, colunista do jornal virtual norte-americano The Huffington Post, revelou ser uma tagarela em tempo integral e foi atrás das razões para esse comportamento.
Mesmo sendo mulher, e sabendo do mito de que o sexo feminino fala mais do que o masculino, Halle queria encontrar outras explicações para a sua proliferação diária de palavras. Então, ela resolveu ir atrás de outras explicações.
A colunista achou uma explicação de Freud, o pai da psicanálise, que afirmou que falar demais é uma característica ligada a conflitos mal-resolvidos nos primeiros 18 meses de vida, fase oral da criança, o que levaria a uma fixação oral já na vida adulta. Comer demais, fumar, roer as unhas e falar demais estariam, portanto, no mesmo barco.
Já o psicólogo norte-americano Michael Britt deu uma explicação diferente: “Um adulto que fala demais foi provavelmente encorajado a ter este comportamento quando criança. De alguma forma, os pais recompensaram o filho pelo comportamento e é por isso que ele permanece assim quando adulto”, afirmou o especialista.
Será genético?
Em contato com Richard Depue, psicólogo e professor da Universidade Cornell, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, a colunista descobriu que a genética tem de 50 a 70% de responsabilidade sobre o traço extrovertido, o responsável por fazerem as pessoas falarem demais. “A estabilidade dos traços emocionais sugere que a interação entre o ambiente e a neurobiologia é, em parte, determinada pelo último”, disse Depue.
No entanto, Júnia Ferreira, psicóloga especialista em Medicina Comportamental pela Unifesp, afirma que é possível que uma pessoa nasça com este gene, da habilidade social, mas há variações importantes sobre o tema. “Existem pais que são extrovertidos com filhos extremamente tímidos. É relativo, existem diversos fatores que influenciam, entre sociais e genéticos”, diz.
Para a psicóloga, um dos principais fatores que influenciam uma pessoa a falar mais ou menos é o ambiente em que ela se encontra. “Se estiver se sentindo bem à vontade, provavelmente falará mais. Ou também, se dominar um determinado assunto, vai se expressar melhor socialmente”, explica, lembrando que a auto-estima do indivíduo também deve ser considerada.
“Há pessoas que não falam quase nada porque não possuem uma auto-estima adequada. Em compensação, elas podem se expressar melhor de outras maneiras, por meio da escrita, da dança, do esporte”, completa a especialista."
(Fonte: Renata Losso - Delas, Comportamento, iG; Fotografia Getty Images/Satellite)
"Descubra as possíveis razões que fazem o gênero feminino falar tanto."
"Falar demais é algo genético, uma característica pessoal ou uma faceta que pertence ao gênero feminino? A empreendedora social Halle Tecco, colunista do jornal virtual norte-americano The Huffington Post, revelou ser uma tagarela em tempo integral e foi atrás das razões para esse comportamento.
Mesmo sendo mulher, e sabendo do mito de que o sexo feminino fala mais do que o masculino, Halle queria encontrar outras explicações para a sua proliferação diária de palavras. Então, ela resolveu ir atrás de outras explicações.
A colunista achou uma explicação de Freud, o pai da psicanálise, que afirmou que falar demais é uma característica ligada a conflitos mal-resolvidos nos primeiros 18 meses de vida, fase oral da criança, o que levaria a uma fixação oral já na vida adulta. Comer demais, fumar, roer as unhas e falar demais estariam, portanto, no mesmo barco.
Já o psicólogo norte-americano Michael Britt deu uma explicação diferente: “Um adulto que fala demais foi provavelmente encorajado a ter este comportamento quando criança. De alguma forma, os pais recompensaram o filho pelo comportamento e é por isso que ele permanece assim quando adulto”, afirmou o especialista.
Será genético?
Em contato com Richard Depue, psicólogo e professor da Universidade Cornell, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, a colunista descobriu que a genética tem de 50 a 70% de responsabilidade sobre o traço extrovertido, o responsável por fazerem as pessoas falarem demais. “A estabilidade dos traços emocionais sugere que a interação entre o ambiente e a neurobiologia é, em parte, determinada pelo último”, disse Depue.
No entanto, Júnia Ferreira, psicóloga especialista em Medicina Comportamental pela Unifesp, afirma que é possível que uma pessoa nasça com este gene, da habilidade social, mas há variações importantes sobre o tema. “Existem pais que são extrovertidos com filhos extremamente tímidos. É relativo, existem diversos fatores que influenciam, entre sociais e genéticos”, diz.
Para a psicóloga, um dos principais fatores que influenciam uma pessoa a falar mais ou menos é o ambiente em que ela se encontra. “Se estiver se sentindo bem à vontade, provavelmente falará mais. Ou também, se dominar um determinado assunto, vai se expressar melhor socialmente”, explica, lembrando que a auto-estima do indivíduo também deve ser considerada.
“Há pessoas que não falam quase nada porque não possuem uma auto-estima adequada. Em compensação, elas podem se expressar melhor de outras maneiras, por meio da escrita, da dança, do esporte”, completa a especialista."
(Fonte: Renata Losso - Delas, Comportamento, iG; Fotografia Getty Images/Satellite)
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