"O PR se prepara para se reunir em breve com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Além de selar uma proposta de aliança para a sucessão presidencial, o Partido da República reforçará o discurso em defesa da candidatura de Anthony Garotinho ao governo do Rio de Janeiro e do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, ao governo do Amazonas.
A cúpula do PR ficou muito preocupada com a conversa do governador do Amazonas, Eduardo Braga, durante a convenção do PMDB que reelegeu Michel Temer presidente do partido. Numa roda de amigos, Braga comentou que está com dificuldades de retirar a candidatura do vice-govenador Omar Aziz, do PMN, ao governo do estado. Aziz assume o governo do Amazonas em abril, quando Braga deixa o cargo para concorrer ao Senado. No desenho inicial, o candidato a governador na chapa seria o ministro Alfredo Nascimento. Só que Aziz se movimenta para ser candidato à reeleição.
A candidatura de Aziz acendeu uma centelha de futuro para Eduardo Braga. Como no xadrez, onde o jogador sempre pensa nos vários movimentos que pode fazer, os aliados de Braga passaram a considerar muito mais interessante ter Aziz como candidato — e deixar a porta aberta para Eduardo Braga concorrer novamente ao comando do estado daqui a quatro anos — do que apoiar Nascimento. O ministro, se eleito, poderá, se tudo der certo, ser candidato à reeleição, o que enfraqueceria essa porta de retorno do atual governador. Aziz, se eleito, ficaria apenas quatro anos, uma vez que concorrerá no cargo de governador.
Alfredo Nascimento é hoje a maior aposta do PR, onde estava tudo desenhado para que fosse o palanque preferencial da ministra Dilma. Agora, com a perspectiva da candidatura de Aziz e a pressão para que Dilma Rousseff dê preferência a Sérgio Cabral no Rio de Janeiro, o PR ameaçou até mesmo apoiar José Serra (PSDB-SP), conforme antecipou, por exemplo, o líder do partido na Câmara, Sandro Mabel (GO), à coluna Entrelinhas publicada ontem no Correio. “Garotinho tem todo o apoio do partido. Se o PT quiser seguir apenas com o PMDB, Garotinho pode ir de Serra que estamos juntos. Não vamos retirar a candidatura dele”, afirmou Mabel, numa ameaça direta aos petistas de seguir para a campanha presidencial tucana do governador de São Paulo, José Serra.
O PR, no entanto, não deseja cumprir essa ameaça de pronto. Apenas força o discurso para ver o que consegue ganhar esticando a corda, conforme avaliam seus próprios integrantes. A intenção é ver se consegue marcar logo o encontro com a ministra para a semana seguinte ao carnaval e, assim, tentar assegurar de uma vez por todas que, no Amazonas, o palanque de Dilma será o de Alfredo Nascimento e que o ministério dos Transportes e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) continuam com o partido. Quanto ao Rio de Janeiro, o PR não tinha nada, e se conseguir ter um candidato ao governo com chances de vitória, será meio caminho andado. Por isso, não intervirá nos projetos de Garotinho. É nesse espírito que se dará a conversa.
"Garotinho tem todo o apoio do partido. Se o PT quiser seguir apenas com o PMDB, Garotinho pode ir de Serra que estamos juntos. Não vamos retirar a candidatura dele”
Sandro Mabel, deputado do PR-GO."
(Fonte: Denise Rothenburg - Correio Braziliense)
A cúpula do PR ficou muito preocupada com a conversa do governador do Amazonas, Eduardo Braga, durante a convenção do PMDB que reelegeu Michel Temer presidente do partido. Numa roda de amigos, Braga comentou que está com dificuldades de retirar a candidatura do vice-govenador Omar Aziz, do PMN, ao governo do estado. Aziz assume o governo do Amazonas em abril, quando Braga deixa o cargo para concorrer ao Senado. No desenho inicial, o candidato a governador na chapa seria o ministro Alfredo Nascimento. Só que Aziz se movimenta para ser candidato à reeleição.
A candidatura de Aziz acendeu uma centelha de futuro para Eduardo Braga. Como no xadrez, onde o jogador sempre pensa nos vários movimentos que pode fazer, os aliados de Braga passaram a considerar muito mais interessante ter Aziz como candidato — e deixar a porta aberta para Eduardo Braga concorrer novamente ao comando do estado daqui a quatro anos — do que apoiar Nascimento. O ministro, se eleito, poderá, se tudo der certo, ser candidato à reeleição, o que enfraqueceria essa porta de retorno do atual governador. Aziz, se eleito, ficaria apenas quatro anos, uma vez que concorrerá no cargo de governador.
Alfredo Nascimento é hoje a maior aposta do PR, onde estava tudo desenhado para que fosse o palanque preferencial da ministra Dilma. Agora, com a perspectiva da candidatura de Aziz e a pressão para que Dilma Rousseff dê preferência a Sérgio Cabral no Rio de Janeiro, o PR ameaçou até mesmo apoiar José Serra (PSDB-SP), conforme antecipou, por exemplo, o líder do partido na Câmara, Sandro Mabel (GO), à coluna Entrelinhas publicada ontem no Correio. “Garotinho tem todo o apoio do partido. Se o PT quiser seguir apenas com o PMDB, Garotinho pode ir de Serra que estamos juntos. Não vamos retirar a candidatura dele”, afirmou Mabel, numa ameaça direta aos petistas de seguir para a campanha presidencial tucana do governador de São Paulo, José Serra.
O PR, no entanto, não deseja cumprir essa ameaça de pronto. Apenas força o discurso para ver o que consegue ganhar esticando a corda, conforme avaliam seus próprios integrantes. A intenção é ver se consegue marcar logo o encontro com a ministra para a semana seguinte ao carnaval e, assim, tentar assegurar de uma vez por todas que, no Amazonas, o palanque de Dilma será o de Alfredo Nascimento e que o ministério dos Transportes e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) continuam com o partido. Quanto ao Rio de Janeiro, o PR não tinha nada, e se conseguir ter um candidato ao governo com chances de vitória, será meio caminho andado. Por isso, não intervirá nos projetos de Garotinho. É nesse espírito que se dará a conversa.
"Garotinho tem todo o apoio do partido. Se o PT quiser seguir apenas com o PMDB, Garotinho pode ir de Serra que estamos juntos. Não vamos retirar a candidatura dele”
Sandro Mabel, deputado do PR-GO."
(Fonte: Denise Rothenburg - Correio Braziliense)
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