- Três em cada quatro especialistas afirmaram que o uso da Internet aumenta a inteligência humana, e dois terços disseram que o uso da Internet já melhorou os níveis de leitura, escrita e compreensão de conhecimento - disse a co-autora do estudo, Janna Anderson, diretora do Imagining the Internet Center.
Mas 21% dos entrevistados disseram que a Internet tem o efeito contrário e pode até diminuir a inteligência de quem a usa muito.
- Ainda há muitas pessoas que são críticas do impacto do Google, Wikipedia e outras ferramentas da Web - disse ela.
A pesquisa coletou opiniões de cientistas, líderes de negócios, consultores, escritores e engenheiros de tecnologia, além de internautas escolhidos pelo pesquisadores. Das 895 pessoas entrevistadas, 371 delas seriam "especialistas".
O que incitou os pesquisadores, em parte, foi uma reportagem de capa da Atlantic Monthly de agosto de 2008, escrita pelo repórter de tecnologia Nicholas Carr: "O Google está nos deixando burros?"
No artigo, Carr sugere que o uso excessivo da Internet estaria afetando a capacidade de concentração e reflexão das pessoas. Carr, que participou do estudo, afirmou que ainda concorda com essa visão.
- O que a Internet faz é transferir o foco de nossa inteligência de uma inteligência meditativa ou contemplativa para o que pode ser chamado de uma inteligência utilitária - disse Carr no release que acompanha a pesquisa - O preço de ficarmos pulando de pedaço em pedaço de informação é a perda de profundidade de nossa reflexão.
Já o fundador do Craiglist, Craig Newmark, afirmou, que "as pessoas já usam o Google como adjunto de sua própria memória".
- Por exemplo, eu acho que estou certo sobre alguma coisa, e preciso de fatos para sustentar isso e o Google me ajuda com isso - disse ele.
A pesquisa também mostra que 42% dos especialistas acreditam que a atividade online anônima será "drasticamente reduzida" até 2020, graças a melhores sistemas de segurança e de identificação, ao passo que 55% crêem que ainda será razoavelmente fácil navegar pela Internet em anonimato daqui a dez anos."
(Fonte: Reuters, O Globo)
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