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sábado, 12 de setembro de 2009

ENGODO PARA 2010

"O Jornal Folha de São Paulo noticiou na última semana que os irmãos Ferreira Gomes, Cid, Governador e Ciro, deputado federal, ambos do PSB, mantiveram encontro com o Presidente da República, Lula da Silva (PT) e dentre os assuntos debatidos: as eleições 2010. Mais especificamente as candidaturas ao Senado Federal pelo Ceará. Segundo a Folha (matéria apenas para assinantes) advirto aqui, Cid e Ciro, “solicitaram” ao Presidente para barrar a candidatura do deputado e Ministro da Previdência José Pimentel (PT) ao Senado. O objetivo desta solicitação seria para beneficiar a candidatura de Tasso Jereissati (PSDB), eterno aliado político do atual governador e de seu irmão, pré-candidato a presidente. O “Cara” então, teria dito que é seu desejo pessoal derrotar Tasso Jereissati, um dos seus mais ferrenhos opositores no Senado Federal. Além disso Lula não aceitará o PSDB no mesmo palanque que o PT.

O Governo do Estado enviou nota à imprensa, mais especificamente ao Jornal O Povo informando que a reunião com o Presidente teria sido em 31 de agosto, mas para tratar de assuntos relacionados à cota financeira do Ceará no âmbito do “pré-sal”. Perguntar não ofende: por que o Governo do Estado não mandou a nota para a Folha de São Paulo que na realidade foi quem publicou o encontro e sua pauta política? Outro detalhe que não pode passar despercebido. O Palácio do Planalto não desmentiu a informação e o assunto que foi refutado por Lula, o que deixa a impressão que só se desmente literalmente o que foi publicado errônea ou equivocadamente. Cid nega ter pedido para barrar a candidatura de Pimentel. Lula via Palácio do Planalto não desmentiu. E ai? Com quem está a verdade?

Só faltava agora os dois informarem que não trataram da pré-candidatura de Ciro Gomes ao Governo de São Paulo com objetivo único de prejudicar José Serra ou quem este possa apoiar. Cid tem um acordo com o PMDB, mais especificamente com Eunício Oliveira, para apoiar sua candidatura ao Senador em 2010, desde que este abriu mão para Inácio Arruda em 2006 como forme de “unir a base aliada”. Cid já disse publicamente, quando não está em ato institucional, governamental, que é o seu candidato natural ao Senado. Sobre a candidatura do PT não fala abertamente. O PSDB tem sido seu aliado político na Assembléia.

O grande objetivo seria a ampliação da frente de 2006 agora com o apoio oficial do PSDB, já que naquele ano foi, digamos, branco. Esquece apenas que o PT, apesar de apoiar seu projeto de reeleição quer indicar o vice e tem peso eleitoral hoje para indicar o outro candidato ao Senador (José Pimentel). Acontece que admitir isso e apoiar Pimentel fere a relação com Tasso Jereissati. Deu para entender o tamanho do problema?

Então o que ocorre? Os petistas fazem de conta que Cid os tem como aliado. E é verdade, desde que não contrarie os seus interesses. Cid faz de conta que o PT não desconfia dele e que poderá unir todos em torno do seu nome. Para completar essa complexa salada política ainda há um probleminha para Cid. Caso Ciro Gomes confirme pré-candidatura à presidência, o irmão perde automaticamente o apoio do PT que não deixará a pré-candidatura da “estrela”, hoje Dilma, sem palanque no Estado. Cid não deixaria de votar em Cid por duas razões: porque é irmão e porque é também do seu partido. Independente de quem seja o nome contra Cid já nasce forte, porque será o outro contra. Em tese, isso mostrará que Cid não é imbatível e sim que não há nenhum nome oficial na corrida contra ele. Isso e apenas isso.

Quem deve acompanhar atentamente o desenrolar desses fatos é Lúcio Alcântara que denunciou aqui mesmo a formação de um cartel político para viabilizar apenas a candidatura de Cid. O ex-governador estaria disposto inclusive a reatar laços com Tasso Jereissati que lhe abandonou nas eleições de 2006 e de aproximá-lo de Roberto Pessoa, Prefeito de Maracanaú, que sempre foi opositor ao tucano.

Beto e por que o PT supostamente sabe deste comportamento dúbio de Cid e ainda insiste em permanecer nesta aliança? A pergunta não seria o PT, mas quem do PT defende a permanência desta aliança? Sem arriscar nomes só pode ser alguém que espera um dia ser lançado e apoiado por Cid Gomes em sua sucessão em 2014. Se ele Cid, não quer nem mesmo outra candidatura do PT ao Senado iria apoiar um nome para cabeça de chapa em 2014?"

(Fonte: Beto Fernandes na Folha de São Paulo e Blog do Lúcio A.)

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