"O Ministério da Justiça divulgou nesta terça-feira (15) uma pesquisa sobre a perspectiva dos profissionais de segurança pública sobre o Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) e sobre a segurança pública em geral. O resultado do levantamento, realizado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), mostra que há pessimismo entre os policiais.
O Pronasci foi criado há dois anos para unir políticas de segurança com programas sociais. A pesquisa de opinião foi realizada em sete localidades incluídas no Territórios da Paz, braço do Pronasci que reúne várias ações de prevenção à violência.
Diversos aspectos foram abordados na pesquisa. Quando a pergunta está relacionada aos casos de ameaça com arma, 37,84% dos profissionais de segurança dizem que a situação piorou em sua área de atuação. Outros 33,37% dizem que não perceberam mudanças e apenas 25,69% afirmam que o cenário melhorou.
Em relação ao número de roubos a domicílio, o percentual dos policiais que responderam que a situação piorou foi de 36,38%, contra 22,62% que disseram que o cenário tem apresentado melhora. Quando o dado é espancamento e lesão corporal, quase a metade dos profissionais entrevistados (48,4%) acha que a situação continua igual. Outros 25,25% dizem que a situação piorou, percentual próximo ao dos que afirmam que ela melhorou (23,25%).
A pergunta relacionada a assassinatos também teve como resultado um percentual maior de policiais que viram piora na situação em comparação com os que perceberam uma piora: 31,76% contra 25,52%.
Apenas quando o evento em questão é a violência contra a mulher e contra crianças o cenário otimista venceu, com 33,54% das respostas dos profissionais. Outros 28,41% consideram que houve piora no quadro.
A pesquisa foi respondida por 55 mil policiais de todo o país, quase 10% do efetivo total, que é de 600 mil profissionais. Desde dezembro do ano passado, foram instalados oito Territórios de Paz no país. O primeiro foi na comunidade de Santo Amaro, no Recife (PE). Em seguida vieram o do Complexo do Alemão (RJ), Zona de Atendimento Prioritário 5, em Rio Branco (AC), Itapoá (DF), São Pedro, em Vitória (ES), Benedito Bentes, em Maceió (AL), Bom Jesus, em Porto Alegre (RS), e o mais recente na comunidade Tancredo Neves, em Salvador (BA), implantado no final de julho.
O ministro Tarso Genro (Justiça) considerou positivo o fato de se ter um índice de entrevistados que viram uma melhora. "A situação não é rosa mesmo, a pesquisa não foi feita para isso. O que achamos interessante é que já tem um percentual dizendo que melhorou".
O dado comemorado pelo ministro foi o resultado do questionário sobre a expectativa dos profissionais em relação ao impacto geral do Pronasci. Mais de 65% responderam que o programa "impactará muito fortemente" as políticas de segurança e cidadania. Para 32,14%, o impacto será moderado e o programa será um complemento às políticas já existentes. Apenas 2,15% disseram que o programa "não causará qualquer impacto significativo".
Resultados serão verificados em longo prazo, diz Tarso
Tarso afirmou nesta terça-feira que a melhora na segurança pública nas localidades atendidas pelo Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) "não será rápida". "Não haverá uma mudança espetacular e rápida. Nós inclusive avaliamos no começo do programa que resultados significativos aparecerão em quatro, cinco anos, dependendo da região", disse, ao apresentar os dados da pesquisa.
"Não podemos criar a ilusão de que o simples aumento da força policial e da ação repressiva vai reduzir a criminalidade. Isso não ocorre. Com o Pronasci queremos gerar um conceito novo e uma consciência na sociedade, nas autoridades estaduais e locais de que só uma relação vertical, estruturada entre Estado, município e órgãos de segurança pode efetivamente mudar a qualidade de segurança"."
(Fonte: Cláudia Andrade - Uol)
O Pronasci foi criado há dois anos para unir políticas de segurança com programas sociais. A pesquisa de opinião foi realizada em sete localidades incluídas no Territórios da Paz, braço do Pronasci que reúne várias ações de prevenção à violência.
Diversos aspectos foram abordados na pesquisa. Quando a pergunta está relacionada aos casos de ameaça com arma, 37,84% dos profissionais de segurança dizem que a situação piorou em sua área de atuação. Outros 33,37% dizem que não perceberam mudanças e apenas 25,69% afirmam que o cenário melhorou.
Em relação ao número de roubos a domicílio, o percentual dos policiais que responderam que a situação piorou foi de 36,38%, contra 22,62% que disseram que o cenário tem apresentado melhora. Quando o dado é espancamento e lesão corporal, quase a metade dos profissionais entrevistados (48,4%) acha que a situação continua igual. Outros 25,25% dizem que a situação piorou, percentual próximo ao dos que afirmam que ela melhorou (23,25%).
A pergunta relacionada a assassinatos também teve como resultado um percentual maior de policiais que viram piora na situação em comparação com os que perceberam uma piora: 31,76% contra 25,52%.
Apenas quando o evento em questão é a violência contra a mulher e contra crianças o cenário otimista venceu, com 33,54% das respostas dos profissionais. Outros 28,41% consideram que houve piora no quadro.
A pesquisa foi respondida por 55 mil policiais de todo o país, quase 10% do efetivo total, que é de 600 mil profissionais. Desde dezembro do ano passado, foram instalados oito Territórios de Paz no país. O primeiro foi na comunidade de Santo Amaro, no Recife (PE). Em seguida vieram o do Complexo do Alemão (RJ), Zona de Atendimento Prioritário 5, em Rio Branco (AC), Itapoá (DF), São Pedro, em Vitória (ES), Benedito Bentes, em Maceió (AL), Bom Jesus, em Porto Alegre (RS), e o mais recente na comunidade Tancredo Neves, em Salvador (BA), implantado no final de julho.
O ministro Tarso Genro (Justiça) considerou positivo o fato de se ter um índice de entrevistados que viram uma melhora. "A situação não é rosa mesmo, a pesquisa não foi feita para isso. O que achamos interessante é que já tem um percentual dizendo que melhorou".
O dado comemorado pelo ministro foi o resultado do questionário sobre a expectativa dos profissionais em relação ao impacto geral do Pronasci. Mais de 65% responderam que o programa "impactará muito fortemente" as políticas de segurança e cidadania. Para 32,14%, o impacto será moderado e o programa será um complemento às políticas já existentes. Apenas 2,15% disseram que o programa "não causará qualquer impacto significativo".
Resultados serão verificados em longo prazo, diz Tarso
Tarso afirmou nesta terça-feira que a melhora na segurança pública nas localidades atendidas pelo Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) "não será rápida". "Não haverá uma mudança espetacular e rápida. Nós inclusive avaliamos no começo do programa que resultados significativos aparecerão em quatro, cinco anos, dependendo da região", disse, ao apresentar os dados da pesquisa.
"Não podemos criar a ilusão de que o simples aumento da força policial e da ação repressiva vai reduzir a criminalidade. Isso não ocorre. Com o Pronasci queremos gerar um conceito novo e uma consciência na sociedade, nas autoridades estaduais e locais de que só uma relação vertical, estruturada entre Estado, município e órgãos de segurança pode efetivamente mudar a qualidade de segurança"."
(Fonte: Cláudia Andrade - Uol)
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