De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Joel Borges, estão sendo tomadas medidas para evitar os ataques, mas ele admite que houve aumento na população dessa espécie.
- As nossas praias ficam nas margens do lago formado pela Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães. As plantas submersas e o represamento da água levaram a um aumento da população de peixes como piranhas e tucunarés. Será preciso um estudo, envolvendo vários parceiros, para conseguirmos reequilibrar essa população - diz o secretário.
Por enquanto, a recomendação é que os banhistas tenham cuidado, já que a imprudência também é uma das razões para os ataques. No último fim de semana, por exemplo, uma pessoa foi atacada na Praia do Prata, quando nadava fora da área de proteção.
O secretário afirma que o número de ocorrências registrado no fim de semana passado é atípico. Ele afirma que os ferimentos causados pelas piranhas são leves e tratados em postos de atendimento na própria praia, por meio de limpeza e curativo.
- O lago tem 80 quilômetros de extensão. Durante a nossa alta temporada, que é em julho e agosto, cerca de 20 mil pessoas ocupam as praias oficiais ao redor do lago. Se contarmos áreas particulares, o número pode subir para até 30 mil. Em geral, temos no máximo dois ou três ataques. O número do último fim de semana (29) foi atípico - diz o secretário, ressaltando mais uma vez que os ferimentos não são graves.
Desde 2007, quando o número de ataques no ano chegou a 202, de acordo com o Corpo de Bombeiros, a prefeitura de Palmas começou a instalar telas para proteção dos banhistas. Até o momento, apenas a praia do Prata tem o equipamento, que está sendo instalado em outras duas praias, da Graciosa e do Arnos.
- É uma medida cara, que requer manutenção semanal. Os alevinos (filhotes) de piranha conseguem passar pela tela. Então, sempre passamos uma rede na área, para garantir a segurança - explica o secretário.
Quando um acidente ocorre, os homens do Corpo de Bombeiros, que estão em todas as praias da capital do Tocantins, geralmente fazem o curativo e recomendam que a pessoa não volte mais para a água, para evitar novos ataques. Outra forma de prevenir acidentes, segundo o secretário de turismo, é não entrar com comida na água, já que os peixes são atraídos por restos de alimentos.
Palmas não é a única cidade a sofrer com o problema. Em fazendas do Pantanal e em praias do Rio Araguaia, também há registros de ataques de piranhas, especialmente nesta época do ano, quando os turistas deixam os estados do sul do país em busca do calor do Centro-Oeste brasileiro."
(Fonte: O Globo)
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