"Uma política educacional eficiente, de qualidade, acoplada a uma política governamental, objetivando fazer com que a sociedade entenda da melhor forma possível a importância do planejamento familiar, é que poderá atenuar substancialmente os efeitos nocivos da violência entre os jovens.
A explosão demogáfica é mais do que evidente. O governo, através do PAC, está urbanizando as favelas de grande porte. Apesar disso, outras surgem, complicando mais a solução desse expediente govenamental. Os jovens estão se tornando pais prematuramente. A maioria não possui a mínima condição de arcar com as responsabilidades inerentes à criação de seus filhos num ambiente sadio e seguro.
Um mergulho na verdade foi dado presidente Lula, o que merece aplausos, pois reconheceu publicamente que ainda faltam, apesar das que estão sendo executadas pelo governo, políticas públicas para enfrentar a violência entre os jovens. O que não se pode mais é deixar essa questão se perder de vista, ficar sem solução, no blá-blá-blá. As ações devem ser traçadas desde já, agora, para que jovens não sejam mais assassinados por motivos que poderiam ser evitados, não só pelo governo, mas também pela família.
A realidade vem mostrando que muitos jovens brasileiros encontram-se sem direção, desassistidos pelo governo e pelos seus familiares, desprotegidos totalmente. Além disso, afastados dos bancos escolares. Por isso, envolvem-se facilmente com o que há de mais pernicioso, atrativo e perigoso sob todos os aspectos, o tráfico de drogas, que oferece o que o poder público e a família não oferecem: o dinheiro fácil, as falsas mordomias, o deslumbre passageiro. Isso só irá realmente melhorar quando a famíliar passar a cuidar melhor de seu rebanho, ou seja, de seus filhos, dando-lhes, acima de tudo, amor e carinho.
A participação nessa difícil tarefa deve ser de todos nós, ae almejamos realmente afastá-los da ciminalidade que nos atinge também. Se cada um de nós fizer com determinação o que lhe cabe, tudo dará certo. É bom lembrar que a família é a base de tudo, a base de uma pirâmide perfeita, sem defeito. No momento em que nós nos omitimos, abrimos mão de nossa paz! Pena que poucos param para pensar nisso e apenas olham a vida como se fosse seu próprio umbigo. Poucos analisam com profundidade as consequências dos atos que cometem contra os verdadeiros valores da vida. Então, o que vivemos hoje nada mais é que o fruto da nossa omissão, ou seja, da nossa incapacidade de querer agir em favor de uma sociedade melhor.
Enfim, diante desses fatos, precisamos somente de uma coisa: moralização. Isso é trabalho humano para formar humanos. Quem o fará, na realidade?"
(Fonte: Carlos Magno Coreiro em O Globo)
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