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terça-feira, 19 de maio de 2009

CHE GUEVARA

Ernesto Guevara de La Serna, ou "Che" Guevara para os amigos, nasceu em Rosário, Argentina, a 14/06/1928. Filho mais velho de Ernesto Guevara Lynch e de Célia de La Serna, herdou as fortes influências liberalistas da sua família, principalmente do pai (irlandês). Com 24 anos, e juntamente com Alberto Granados percorrem as Américas. Durante este tempo, Che teve contato direto com a opressão e a exploração desumana que os tiranos militares impunham aos mais desfavorecidos. Surgiu então a "alcunha" com que é conhecido ainda hoje ­Che, que significa literalmente “Ei, tu".

Em dezembro de 1947, Che Guevara ingressa na Faculdade de Medicina de Buenos Aires, em 1952 viaja pela Argentina, Chile, Peru, Colômbia e Venezuela em companhia de Alberto Granados. Em 6 de julho parte rumo a Venezuela e Bolívia. O seu posterior contato com exilados latino‑americanos no Peru o faz mudar de idéia. Quando regressou (em 1953), Che acabou a formatura em Medicina pela Universidade de Buenos Aires, e retomou para junto de Granados, que havia ficado no Peru, onde conheceu Ricardo Rojo, que exercia a profissão de advogado na Argentina, e havia sido expulso por Juan Peron (marido de Evita Peron). Este convence‑o a ir para Guatemala para participar na revolução social, que estava para eclodir. Com o fracasso da Revolução, Che chega a estar em perigo de vida, mas consegue escapar ileso graças ao asilo concedido pela Embaixada Argentina, que lhe providenciara um salvo‑conduto para o México.

No México, Che casou‑se com Hilda Gadea Costa, que conhecera na Guatemala. Foi em Guatemala, que em fins de 1955, conheceu Fidel Castro, através do irmão deste último, Raul Castro. Fidel encontrava‑se exilado, após nesse mesmo ano ele e o seu grupo revolucionário terem sido libertados. Este grupo liderado por Fidel atacou o quartel de Moncada, de Santiago de Cuba, em 26/07/1953, com a intenção de fazer frente ao regime ditatorial de Batista, e impor um regime democrático parlamentar. Ficaram‑se pela intenção, uma vez que acabaram detidos.

Che torna‑se o médico das tropas de Fidel, e acaba por subir a Major, tornando-se o braço direito e principal conselheiro de Fidel. Só assim se compreende que Che aceitou formar e dirigir este grupo revolucionário de exilados cubanos, que em 02/121956 desembarcou em Cuba, indo refugiar‑se na Sierra Maestra. A sua intenção era desenvolver a luta de guerrilha contra o regime de Batista. Ao cabo de dois anos o governo acaba por cair, devido à intervenção decisiva de Che e o seu grupo de homens, ao capturarem Santa Clara.

Fidel em Fevereiro de 1959 assume a presidência do governo revolucionário e concede a Che a naturalidade cubana, passando o seu nome a ser como o conhecemos melhor: Ernesto Che Guevara. Che é nomeado diretor do Instituto Nacional de Reforma Agrária (INRA), e do Banco Nacional de Cuba e acumulou ainda estes cargos com o do Ministro da Indústria. Em todos eles impôs a sua ideologia comunista e tornou‑se um prestigiado orador, e as suas palavras foram escutadas atentamente pelas audiências. Conta‑se que Che era um grande apreciador de charutos e muitos avisavam‑no de que fumava demais. Um dia responde que a partir de então passaria a fumar só um charuto por dia. Os amigos não acreditavam no que ouviam, e desafiaram‑no a que cumprisse o que tinha dito. Bem dito, bem feito, no dia seguinte Guevara apresenta‑se aos amigos com um único charuto de proporções desmesuradas. Ficaram boquiabertos. Che realmente cumprira o que disse. No campo profissional nem tudo lhe corria de feição: um ambicioso programa de industrialização teve que ser posto de parte e reformulado. Desde 1962 defendia que a consolidação da revolução dependia de sua extensão para todo o continente e o mundo. Foi para a África apoiar a guerrilha em países desse continente. Voltou a Cuba com a ajuda de Fidel, porém disfarçado, pois de lá iria a Bolívia para iniciar a Revolução neste país. Lutou na guerrilha da Bolívia superando em muitos momentos crises de asma e outras dificuldades físicas. É preso após traição de um guerrilheiro (na verdade agente da CIA). É assassinado dia 9 de outubro de 1967 por uma unidade do Exército Boliviano. Foi executado a sangue frio, por ordem do Presidente dos EUA, Lyndon B. Johnson. Em 18 de abril de 1967 é publicada em Cuba a mensagem de despedida de Che, após ter se tornado um líder para os cubanos e um dos responsáveis pela vitória da revolução. Em 29 de junho de 1997, seus restos mortais são encontrados, em uma fossa em Vallegrande junto com mais 6 guerrilheiros. Aos 12 de julho de 1997 foi recebido no aeroporto de "San Antônio de Los Baños" por sua família e companheiros. Os restos de Che descansaram temporariamente na sala Granma do Ministério das Forças Armadas e foram levados em outubro a um mausoléu na Praça Ernesto Che Guevara em Santa Clara. Em Cuba continua a ser lembrado pela enorme foto patente na fachada do Ministério do Interior, tendo por epígrafe:

Hasta Ia vitória, siempre!

(Fonte: Temas de Chefia e Liderança)

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