A ala especial dos homossexuais, aberta há um mês, permite que os travestis e transexuais mantenham, por exemplo, os cabelos compridos, o que não podem fazer em presídios masculinos.
Funcionando ainda em caráter experimental, a ala tem hoje 37 presos nas dez celas (cada uma para até quatro presos).
Além da valorização da autoestima, a medida tem como objetivo combater a violência a presos homossexuais e também preservar a saúde deles.
A criação da ala foi feita a pedido do Centro de Referência de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros, da Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado, que é dirigido pela transexual Walkiria
Segundo a Secretaria da Defesa Social, a criação da ala não significa que haja privilégio aos presos homossexuais. A ideia, segundo a pasta, é retirá-los da situação de risco e de violência.
"A violência existe, sim, mas a saúde vem em primeiro lugar. E não é a saúde só deles [dos homossexuais]. É de todos os presos que estão ali", diz
Segundo ela, ainda será decidido se os presos homossexuais terão direito a visitas íntimas.
Por três meses,
A adesão à ala é espontânea. Caberá ao preso homossexual procurar o governo e dizer que deseja ir para lá. Mas, como se trata de um projeto experimental, não há definição sobre a ampliação de vagas.
Vice-presidente do Cellos-MG (Centro de Luta pela Livre Orientação Social) e coordenador de um espaço público destinado a um movimento de lésbicas, gays e travestis de BH, Luís Schalcher elogia o projeto.
"É positivo, inclusive quando falamos de travestis e transexuais, que têm os direitos humanos mais vilipendiados."
Minc
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, criticou ontem, no Rio, posições da Igreja Católica em relação à homossexualidade. Militante do movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), ele criticou a oposição ao projeto de lei que criminaliza a homofobia e à distribuição de camisinhas. A CNBB não respondeu às declarações. Minc participou do ato de instalação do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT.”
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