"É inegável que hoje a maior parte dos prédios de apartamentos conta com toda a infraestrutura necessária para coibir a ação dos bandidos. Claro que os equipamentos também podem ser instalados em uma casa. No entanto, esse tipo de monitoramento resultará em um investimento mais alto em comparação ao de um condomínio.
O quesito financeiro coloca os edifícios em posição de vantagem em relação à segurança de um imóvel térreo. Isso porque em geral diversas pessoas rateiam os custos das guaritas, cercas elétricas, câmeras, alarmes, vigilantes e outros itens. “O que demandaria um valor muito mais elevado para alguém que resida em uma casa de rua, pois teria que arcar sozinha com todo o aparato de segurança”, diz Rogério Rodrigues, gerente de marketing do Grupo GR, que atua desde 1992 nas áreas de Segurança em Condomínios e Empresas.
O especialista lembra ainda que muitos moradores dos grandes centros estão optando por investir em segurança mesmo não residindo em condomínio fechado.
Prédios x casas
Para que assaltantes invadam um condomínio fechado é preciso na maioria das vezes que os bandidos estejam muito bem preparados com veículos, armas e equipamentos de comunicação. Caso o alvo seja uma casa normal, a ação dos criminosos é mais fácil, basta uma situação de vulnerabilidade como um portão destrancado.
“Não existem pesquisas oficiais, porém, é possível verificar as estatísticas da violência contra o patrimônio da Polícia Civil de São Paulo. Nesse ano, aconteceram cerca de oito a dez invasões a condomínios, dentro de um universo estimado de 25 a 30 mil deste tipo de imóvel. A quantidade é ínfima, ou seja, nem gera estatística. Teríamos algo como 0,03%. As invasões aos lares comuns certamente são muito superiores”, observa Rogério.
Arsenal anti-roubo
Em um condomínio fechado, seja vertical ou horizontal, é possível dispor dos diversos equipamentos de segurança capazes de inibir a ação de possíveis assaltantes. Muros altos, grades, guaritas, clausuras tanto para pedestres quanto para veículos, cancelas, concertinas, cercas elétricas e iluminação estão entre as barreiras físicas.
Os impedimentos eletrônicos se constituem em CFTV (Circuito fechado de TV - câmeras de vigilância), alarmes, sensores de presença, sistema linear e biometria. Há também as barreiras humanas, formadas por vigilantes (armados ou desarmados), controladores de acesso e demais profissionais envolvidos para cuidar da segurança e dos equipamentos.
Siga as regras e fique seguro
Cada morador também é responsável pela segurança. Por isso, deve seguir as normas e procedimentos para o bem-estar de todos. Porém, muitas vezes, as pessoas não estão dispostas a seguir essas orientações. Para que todo o aparato de segurança seja eficaz, o morador também precisa fazer a parte dele, caso contrário, poderá dar brecha à vulnerabilidade.
Entregas e visitas
Esteja sempre atento e se possível avise com antecedência sobre as visitas e entregas que você irá receber. Caso seja algo inesperado, antes de descer, confirme com a portaria. Revele o assunto que será tratado e a identificação correta da pessoa que está a sua espera.
Comunique-se de forma direta com zelador, gerente do condomínio ou sindico. Evite colher informações contraditórias com outros funcionários, cuja função não é a de transmitir comunicados.
Hubert Gevara, vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP, ressalta que é fundamental a participação do condômino nesse processo. “Ele precisa estar vigilante também. Da mesma forma, o síndico precisa orientar o zelador, que por sua vez tem de auxiliar a portaria”, salienta.
Cuidados com as empresas de segurança
Os condomínios devem se preocupar com a empresa de segurança contratada. É recomendável verificar se ela tem expertise na área e se é autorizada legalmente para atuar neste segmento. “Caso contrário, as consequências podem ser desastrosas para o contratante”, afirma Rogério.
Não importa o valor a ser investido, se não houver a verdadeira aderência dos moradores em obedecer às normas, o condomínio continuará com fragilidades e vulnerabilidade. “Segurança não é algo que você paga e então pode ficar despreocupado. Na verdade, é uma aliada de todos”, constata o expert."
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