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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

LATROCÍNIO NO QUARTEL DO COMANDO DOS BOMBEIROS

A família do Soldado da Aeronáutica Thiago Pantoja Baracho, de 20 anos, não entende como o jovem pôde ser morto quando trabalhava na Estação Meteorológica da Aeronáutica, dentro do Quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros do Estado do Pará (foto do Quartel acima), na Avenida Júlio César nº 3000, Bairro Val-de-Cans, em Belém - PA, por volta das 21h da quarta feira (08/12). A família diz ser inacreditável um soldado ser assalto e morto dentro de uma unidade militar, que em tese seria um local seguro. A Aeronáutica, através do Tenente Alexandre Fernandes, assessor de comunicação do 1° COMAR, afirma que além da pistola 9 mm, o aparelho celular do Soldado também foi levado.

O irmão da vítima, Anibal Baracho, oficial da Marinha Mercante, disse que está vivendo um momento complicado e cheio de mistério. Para ele, tem algo de errado. “Eu estive no local do crime e não dá para acreditar que um ladrão teria a cara de pau de pular e entrar na área onde ele estava. Mas por enquanto nem dá para falar nada, pois eles não saem de perto da gente”.

Durante o velório, realizado na capela da Aeronáutica, o assessor de comunicação, Tenente Alexandre Fernandes, disse que não tem como explicar à família o que realmente aconteceu. “Só sabemos que ele foi encontrado morto com um tiro na cabeça na hora em que um outro soldado foi chamá-lo para troca de turno. Logo após o assassinato do soldado, foi instaurado um inquérito policial militar para saber o motivo da morte. A responsável pelo inquérito é a Major Verônica Salame”.

O Soldado Baracho estava há oito meses no serviço militar obrigatório e era lotado no Batalhão de Infantaria de Aeronáutica Especial de Belém - BInfAE. Segundo o Tenente Fernandes, o Soldado Baracho prestava serviço na cozinha do Batalhão, mas às vezes tirava plantão como sentinela.

Raimunda Baracho, mãe do rapaz, não quis falar com a imprensa. Ela passou parte do dia, antes do velório, internada no hospital da Aeronáutica.

O sepultamento foi na manhã de ontem, às 9h30, no cemitério Recanto da Saudade, em Marituba - PA.

Aeronáutica diz que segurança não é falha

Segundo o Tenente Fernandes o local onde fica localizado o posto de observação é envolto por cerca dupla de arame farpado. “Tem bastante segurança, só não sabemos se o Corpo de Bombeiros possui câmeras, somente as investigações vão apontar se foi falha na segurança e alguém entrou para assaltar o soldado”.

Postura

Na noite do crime a Aeronáutica teve uma postura bem diferente da apresentada ontem, com cordialidade. Uma equipe do DIÁRIO parou em frente à portaria do Comara, mas não foi, sequer, recebida. Os militares que estavam em serviço no local expulsaram os jornalistas com apitos e acenos. Equipes das TVs RBA e Record passaram por momentos ainda mais hostis.

(Fonte: Diário do Pará, O Globo, gterra)

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