O irmão da vítima, Anibal Baracho, oficial da Marinha Mercante, disse que está vivendo um momento complicado e cheio de mistério. Para ele, tem algo de errado. “Eu estive no local do crime e não dá para acreditar que um ladrão teria a cara de pau de pular e entrar na área onde ele estava. Mas por enquanto nem dá para falar nada, pois eles não saem de perto da gente”.
Durante o velório, realizado na capela da Aeronáutica, o assessor de comunicação, Tenente Alexandre Fernandes, disse que não tem como explicar à família o que realmente aconteceu. “Só sabemos que ele foi encontrado morto com um tiro na cabeça na hora em que um outro soldado foi chamá-lo para troca de turno. Logo após o assassinato do soldado, foi instaurado um inquérito policial militar para saber o motivo da morte. A responsável pelo inquérito é a Major Verônica Salame”.
O Soldado Baracho estava há oito meses no serviço militar obrigatório e era lotado no Batalhão de Infantaria de Aeronáutica Especial de Belém - BInfAE. Segundo o Tenente Fernandes, o Soldado Baracho prestava serviço na cozinha do Batalhão, mas às vezes tirava plantão como sentinela.
Raimunda Baracho, mãe do rapaz, não quis falar com a imprensa. Ela passou parte do dia, antes do velório, internada no hospital da Aeronáutica.
O sepultamento foi na manhã de ontem, às 9h30, no cemitério Recanto da Saudade, em Marituba - PA.
Aeronáutica diz que segurança não é falha
Segundo o Tenente Fernandes o local onde fica localizado o posto de observação é envolto por cerca dupla de arame farpado. “Tem bastante segurança, só não sabemos se o Corpo de Bombeiros possui câmeras, somente as investigações vão apontar se foi falha na segurança e alguém entrou para assaltar o soldado”.
Postura
Na noite do crime a Aeronáutica teve uma postura bem diferente da apresentada ontem, com cordialidade. Uma equipe do DIÁRIO parou em frente à portaria do Comara, mas não foi, sequer, recebida. Os militares que estavam em serviço no local expulsaram os jornalistas com apitos e acenos. Equipes das TVs RBA e Record passaram por momentos ainda mais hostis.
(Fonte: Diário do Pará, O Globo, gterra)
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