A eliminação dos videogames como fator de risco de agressividade contrasta com outras descobertas recentes, incluindo a análise de 130 estudos sobre a relação videogames e violência lançada em março por pesquisadores da Universidade Estadual de Iowa. Esta análise concluiu que jogar videogames violentos faz aumentar pensamentos e comportamentos agressivos, ao mesmo tempo em que reduz e empatia.
Participaram do novo estudo 320 jovens entre os 10 e os 14 anos de idade. Os participantes foram entrevistados no início do estudo e novamente no final, 12 meses depois. Nas entrevistas iniciais, 75% dos participantes haviam jogado videogames no mês anterior – sendo que 40% deles haviam jogado games de conteúdo violento. Os meninos mostraram maior probabilidade que as meninas de jogar este tipo de games.
Na segunda entrevista, 7% dos jovens relataram ter participado de pelo menos um ato criminal violento durante os 12 meses anteriores. Os tipos mais comuns de atos de violência foram agressão física a outros alunos ou uso de força para retirar um objeto ou dinheiro de alguém. O estudo também constatou que 19% dos jovens participaram em pelo menos um tipo de crime não-violento, como furto em loja, durante o mesmo período.
Depressão: indicador forte
Depois de ajustar o estudo para variáveis como exposição à violência doméstica, bullying e sintomas de depressão, a equipe constatou que a exposição à violência presente em videogames ou televisão não era um forte indicativo de comportamento agressivo ou delinquência, conforme concluiu o Dr. Christopher Ferguson, investigador da Texas A&M International University.
Entretanto, os sintomas de depressão foram um forte indicativo de agressão e delinquência, sendo que a influência destes fatores foi especialmente forte em jovens com transtornos de personalidade antissocial preexistente.
(Fonte: New York Times, iG - Tradução: Cláudia Batista Arantes)
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