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quinta-feira, 5 de março de 2009

CEGO ADERALDO – OUTRO CEARENSE ILUSTRE

Aderaldo Ferreira de Araújo, Cego Aderaldo – Nasceu na cidade do Crato – CE, em 24 de junho de 1878 e faleceu em Fortaleza, em 29 de junho de 1967. "Cego Aderaldo" foi um violeiro e poeta popular cearense que se destacou por seu raciocínio rápido improvisando rimas e repentes.

O cego Aderaldo descobriu o dom da rima em QUIXADÁ – CE, pouco depois de perder a visão em um acidente. Segundo o próprio, a descoberta ocorreu quando teve um sonho em versos. Quando sua mãe faleceu, Cego Aderaldo decidiu viajar pelo sertão nordestino fazendo suas rimas.

Em 1914, disputou um desafio de rimas com Zé Pretinho (conhecido repentista do Estado do Piauí). Sua desenvoltura no desafio o consagrou definitivamente. O duelo dos dois poetas foi registrado por Firmino Teixeira do Amaral, no Cordel "A peleja de Cego Aderaldo e Zé Pretinho".

Cego Aderaldo que morreu em Fortaleza aos 89 anos, sem nunca ter casado, criou 24 filhos adotivos.

Cego Aderaldo viveu sua vida radicado em Quixadá, na antiga rua do Baturité, hoje Av. Plácido Castelo, em frente ao “Comercial Clube”. Era freguês da Mercearia do “Chico Martins”, meu pai. Conheci a ele e a seu filho Mário, inseparável guia até os últimos dias de sua vida. Quando estava em Quixadá, comparecia diariamente no comércio de nosso pai onde contava “causos”, “estórias”, anedotas e repentes. Presenteou meu pai com seu famoso livro (EU SOU O CEGO ADERALDO – Minhas memórias, de menino a velho. Editora Imprensa Universitária do Ceará, 1962. A obra foi publicada graças ao Jornalista Eduardo Campos e ao então Reitor Martins Filho. O livro conta com a apresentação de Rachel de Queiroz, outra moradora de Quixadá – Fazenda Não Me Deixes, em Daniel de Quiroz, Quixadá – CE. Foram poucos os exemplares, dos quais sou o atual detentor do exemplar presenteado ao meu pai ).

(Fonte:E. W.)

2 comentários:

  1. Cel, Adail parabéns pelo seu BLOG, e é assim que se Preserva a Memoria e a Cultura de um Povo. Valeu


    Carlos Alberto Sobral

    Vigia de Nazaré PA.

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  2. É a respeito do nosso cego Aderaldo

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