"A violência e a brutalidade pautaram as manchetes do noticiário na semana que passou no Ceará, culminando com o bárbaro assassinato da pequena Alanis Maria Laurindo, de apenas cinco anos de idade, no Conjunto Ceará, raptada, estuprada e morta, caso que ocupa com destaque as primeiras páginas dos jornais locais e certamente vai repercutir nos noticiários do rádio e da televisão. A recorrência desses assuntos na mídia atesta de forma dramática a insegurança pública em que vivem – ou sobrevivem – os cearenses.
Este grave problema que ameaça a sociedade não é de hoje, é óbvio. Porém, nunca antes na história do Ceará, a segurança pública esteve tão periclitante como nos últimos anos, apesar do incontestável esforço feito pelo Governo do Estado nesta área, com formidáveis investimentos financeiros para equipar as polícias Militar e Civil, de forma a que pudessem dar o devido combate aos criminosos e também prevenir as ações de violência. Pelo visto, a estratégia não tem sido bem sucedida, ao menos no nível desejável.
Sabe-se que segurança pública não é uma missão que se restrinja ao aparelho policial de repressão e investigação dos crimes. Trata-se de um fenômeno sociológico, inclusive com raízes culturais bem profundas, tanto que um índice significativo das estatísticas da violência ocorre dentro da própria família. Ainda, as causas sociais estão umbilicalmente envolvidas na formação dos criminosos.
Aí pode residir a falha do Estado na promoção da segurança, ao estabelecer uma política de segurança pública que não contempla os aspectos sócio-culturais do fenômeno da violência. Contudo, apesar de ser uma questão urgente, ainda há tempo para que as autoridades comecem a enfrentar a problemática de forma mais abrangente e profunda, sem relaxar nas ações imediatas de repressão e combate ao crime. Ao contrário, a ação policial deve ser reforçada em todo o Ceará, a partir de então subsidiada por informações de inteligência e sobre a natureza intrínseca da criminalidade."
Este grave problema que ameaça a sociedade não é de hoje, é óbvio. Porém, nunca antes na história do Ceará, a segurança pública esteve tão periclitante como nos últimos anos, apesar do incontestável esforço feito pelo Governo do Estado nesta área, com formidáveis investimentos financeiros para equipar as polícias Militar e Civil, de forma a que pudessem dar o devido combate aos criminosos e também prevenir as ações de violência. Pelo visto, a estratégia não tem sido bem sucedida, ao menos no nível desejável.
Sabe-se que segurança pública não é uma missão que se restrinja ao aparelho policial de repressão e investigação dos crimes. Trata-se de um fenômeno sociológico, inclusive com raízes culturais bem profundas, tanto que um índice significativo das estatísticas da violência ocorre dentro da própria família. Ainda, as causas sociais estão umbilicalmente envolvidas na formação dos criminosos.
Aí pode residir a falha do Estado na promoção da segurança, ao estabelecer uma política de segurança pública que não contempla os aspectos sócio-culturais do fenômeno da violência. Contudo, apesar de ser uma questão urgente, ainda há tempo para que as autoridades comecem a enfrentar a problemática de forma mais abrangente e profunda, sem relaxar nas ações imediatas de repressão e combate ao crime. Ao contrário, a ação policial deve ser reforçada em todo o Ceará, a partir de então subsidiada por informações de inteligência e sobre a natureza intrínseca da criminalidade."
(Fonte: Editorial do Jornal O Estado - CE, edição de 11/01/2009)
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