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sábado, 24 de janeiro de 2009

SER FELIZ OU TER RAZÃO?

Encontrei um conhecido e após os cumprimentos conversamos um pouco sobre como estavam as coisas. O "Pedim", como carinhosamente é tratato, disse que ia bem, principalmente agora que seu rapaz (filho) estava fazendo o CURSO DO RONDA DO QUARTEIRÃO (Sic).
Entretanto, aproveitando a ocasião, queria até tirar umas dúvidas, pois o rapaz não estava recebendo nada e que dizia que ainda não era da Polícia Militar, pois todos os Alunos do RONDA eram de uma Fundação.

Fiquei atento à conversa do Pedim, pois sua dúvida também se estendia pelo fato do rapaz passar o dia no Quartel estudando, de manhã até a noite e não ter direito à alimentação. Mais uma vez fiquei atento à conversa. Mas é isso, todo bônus tem seu ônus.

Informei ao Pedim que algo devia está errado, pois o Estatudo dos Militares Estaduais, nos artigos 10, 11..., diz respeito do ingresso do seu rapaz como ALUNO-SOLDADO DO CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS (Lei Estadual nº 13.729/2006 e alterações posteriores). Ademais, a alimentação, ele tem direito, assim determina a legislação, como o art. 55, da Lei Estadual nº 11.167/1986.

Outrossim, que pelo simples fato do rapaz já está no Quartel, submetido ao Curso, estava sob a proteção do "Manto Sagrado do Estado", sujeito aos Deveres, como por exemplo, sob os "olhares" do Código Penal Militar, mas também com acessos aos Direitos estabelecidos pelas leis.

Orientei o Pedim a procurar os superiores do seu rapaz e assegurar-se de tais Direitos.
Pedim assustado e ao que parece sem compreender, disse: "Coronel, lá vou me meter numa confusão dessa. Quero é ser feliz e não ter razão."
Não restou outra coisa a não ser rirmos e deixar o Pedim seguir seu caminho rumo ao seu porto feliz.

Como reflexão, após deixar o local, dirigindo o carro, lembrei de Maiakovsk.

POEMA DE MAIAKOVSK:
"Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam o nosso cão. E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, roubando-nos a lua, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada."
Imagina se eu cito o poema do Maiakovsk ao Pedim?

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