Nesta manhã, o canal IG anunciou que a modelo Mariana Bridi, de 20 anos, ex-Miss da Américas que teve de amputar as mãos e os pés e retirar o estômago devido às complicações de uma infecção urinária, morreu na madrugada deste sábado no hospital.
No dia 2 de janeiro, a modelo apresentou sinais de infecção urinária, como febre e dores. O quadro, que parecia simples, evoluiu para uma infecção generalizada na corrente sanguínea, provocada pela bactéria Pseudomonas Aeroginosa. Vítima de uma infecção rara, ela teve os pés e as mãos amputados para que sobrevivesse.
Faltou oxigenação nas extremidades do corpo da modelo, daí a necessidade de amputação. Ela também precisou passar por sessões de hemodiálise, informou a assessoria de imprensa do Hospital Municipal Dória Silva, onde ela estava internada há 20 dias.
CASO RARO
"O caso da modelo é bastante raro", explica o médico infectologista do Hospital Nove de Julho e professor Antônio Carlos Campos Pignatari. Porém, ele ressalva que as mulheres precisam ficar atentas ao tratamento das infecções urinárias. “Principalmente se elas aparecem várias vezes”, completa.
Pignatari explica que este tipo de amputação (de mãos e pés) foi uma exceção. “Em casos desta gravidade é comum haver amputação de pés, ou dedos, mas nas mãos é muito difícil”. Ele explica que a mão tem dois sistemas circulatórios e é preciso comprometer os dois para que a necrose aconteça.
Mariana teve uma infecção urinária diferente do comum. O médico explica que o tipo mais recorrente de infecção urinária é a cistite e, geralmente, estes quadros não são tão graves e apresentam poucos sintomas como ardor, incômodo e uma urina com cor e odor diferenciado. O problema é mais comum em mulheres e bem difícil de acontecer em homens com menos de 60 anos.
“A prevenção é muito difícil”, mas uma boa higiene e verificação de problemas ginecológicos podem prevenir a entrada da bactéria no corpo, conta. Sentidos os sintomas, deve-se procurar um médico e realizar o tratamento adequado, completa. Além da prevenção, Pignatari recomenda exames regulares para verificar outras doenças que, como o diabetes, podem agravar uma possível infecção.
As dicas do médico devem ser seguidas à risca, já que uma cistite que não é tratada corretamente pode evoluir para uma infecção de rim e bexiga. A “pielo nefrite”, como é chamada esta doença, é mais grave e acontece “somente em alguns pacientes”. Ainda assim, ela pode ser tratada com antibióticos, diz o médico.
Em um estágio mais grave da doença, a “pielo nefrite” pode evoluir. Isto acontece quando as bactérias conseguem entrar na corrente sanguínea, “o que foi o caso da modelo”, conta Pignatari, que completa que ela também teve uma reação extrema a estas bactérias em seu sangue (um “choque infeccioso”). O médico explica que, em alguns casos, as substâncias produzidas pelo corpo e pelas bactérias após o choque fazem com que os vasos do corpo se dilatem e o paciente não consiga manter sua pressão.
Um tratamento a base de líquidos e antibióticos geralmente ajuda a melhorar este estado, mas Pignatari conta que “provavelmente Mariana tinha algum problema vascular anterior” e teve que ser submetida a medicamentos que fecham os vasos sanguíneos.
Diante do remédio, a modelo teria reagido mal e mais uma vez piorado, já que a amputação foi decorrente de uma coagulação do sangue nas extremidades. Sem sangue nas extremidades, “a prioridade do corpo é manter protegidos o coração e o cérebro”, explica Pignatari, e completa que pode ocorrer um quadro de necrose nas partes do corpo aonde o sangue não chega mais. Neste caso, a amputação é necessária.
No dia 2 de janeiro, a modelo apresentou sinais de infecção urinária, como febre e dores. O quadro, que parecia simples, evoluiu para uma infecção generalizada na corrente sanguínea, provocada pela bactéria Pseudomonas Aeroginosa. Vítima de uma infecção rara, ela teve os pés e as mãos amputados para que sobrevivesse.
Faltou oxigenação nas extremidades do corpo da modelo, daí a necessidade de amputação. Ela também precisou passar por sessões de hemodiálise, informou a assessoria de imprensa do Hospital Municipal Dória Silva, onde ela estava internada há 20 dias.
CASO RARO
"O caso da modelo é bastante raro", explica o médico infectologista do Hospital Nove de Julho e professor Antônio Carlos Campos Pignatari. Porém, ele ressalva que as mulheres precisam ficar atentas ao tratamento das infecções urinárias. “Principalmente se elas aparecem várias vezes”, completa.
Pignatari explica que este tipo de amputação (de mãos e pés) foi uma exceção. “Em casos desta gravidade é comum haver amputação de pés, ou dedos, mas nas mãos é muito difícil”. Ele explica que a mão tem dois sistemas circulatórios e é preciso comprometer os dois para que a necrose aconteça.
Mariana teve uma infecção urinária diferente do comum. O médico explica que o tipo mais recorrente de infecção urinária é a cistite e, geralmente, estes quadros não são tão graves e apresentam poucos sintomas como ardor, incômodo e uma urina com cor e odor diferenciado. O problema é mais comum em mulheres e bem difícil de acontecer em homens com menos de 60 anos.
“A prevenção é muito difícil”, mas uma boa higiene e verificação de problemas ginecológicos podem prevenir a entrada da bactéria no corpo, conta. Sentidos os sintomas, deve-se procurar um médico e realizar o tratamento adequado, completa. Além da prevenção, Pignatari recomenda exames regulares para verificar outras doenças que, como o diabetes, podem agravar uma possível infecção.
As dicas do médico devem ser seguidas à risca, já que uma cistite que não é tratada corretamente pode evoluir para uma infecção de rim e bexiga. A “pielo nefrite”, como é chamada esta doença, é mais grave e acontece “somente em alguns pacientes”. Ainda assim, ela pode ser tratada com antibióticos, diz o médico.
Em um estágio mais grave da doença, a “pielo nefrite” pode evoluir. Isto acontece quando as bactérias conseguem entrar na corrente sanguínea, “o que foi o caso da modelo”, conta Pignatari, que completa que ela também teve uma reação extrema a estas bactérias em seu sangue (um “choque infeccioso”). O médico explica que, em alguns casos, as substâncias produzidas pelo corpo e pelas bactérias após o choque fazem com que os vasos do corpo se dilatem e o paciente não consiga manter sua pressão.
Um tratamento a base de líquidos e antibióticos geralmente ajuda a melhorar este estado, mas Pignatari conta que “provavelmente Mariana tinha algum problema vascular anterior” e teve que ser submetida a medicamentos que fecham os vasos sanguíneos.
Diante do remédio, a modelo teria reagido mal e mais uma vez piorado, já que a amputação foi decorrente de uma coagulação do sangue nas extremidades. Sem sangue nas extremidades, “a prioridade do corpo é manter protegidos o coração e o cérebro”, explica Pignatari, e completa que pode ocorrer um quadro de necrose nas partes do corpo aonde o sangue não chega mais. Neste caso, a amputação é necessária.
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