Ao que parece o Estado do Ceará figurou na rota de entrada de dois fugitivos internacionais, procurados não só pelas polícias de seus países de origem, ou onde cometeram crimes, mas pela própria INTERPOL. Vejamos dois casos bastante divulgados pela mídia internacional:
CESARE BATTISTI
CESARE BATTISTI
Conforme o Jornal O Povo, o ex-militante de esquerda italiano, Cesare Battisti disse, em entrevista à revista Isto É, que nunca matou ninguém. Condenado à prisão perpétua por quatro assassinatos que teria cometido na Itália no fim da década de 70, Battisti é pivô de uma crise diplomática com o governo italiano, depois que o ministro da Justiça, Tarso Genro, concedeu a ele, no último dia 13, status de refugiado político no Brasil, o que deve interromper o processo de extradição que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
Battisti admitiu que pegou em armas e que fez assaltos, mas negou que tenha atuado na execução de qualquer pessoa. “Eu nunca matei ninguém. Eu nunca fui um militante militar em nenhuma organização. Nem na Frente Ampla nem nos PAC (Proletários Armados pelo Comunismo)”, afirmou Battisti. Ele revelou ainda que sua porta de entrada no Brasil, vindo da França, foi o Ceará. Ele deixou o território francês de carro, em direção à Espanha e Portugal. De Lisboa, foi para a Ilha da Madeira, de onde seguiu de barco para as Ilhas Canárias. Depois, pegou um avião para Cabo Verde e, em seguida, para Fortaleza.
Na chegada à capital do Ceará, em 2004, cresceram suas suspeitas que que havia informações cifradas no código de barras de seu passaporte. “Em todos os lugares, alguém sabia que eu estava chegando.” Em Fortaleza, uma mulher que falava francês o tirou da fila de controle de passaporte e o levou para uma sala. Convidou-o para um cafezinho e, depois de minutos, lhe devolveu o documento.
Do Ceará, ele seguiu para o Rio de Janeiro, onde foi preso em 2007. Desde então, está detido no Presídio da Papuda, em Brasília, enquanto aguarda a decisão do STF sobre sua libertação. Sua ligação com Fortaleza, porém, não se encerra aí. No fim da entrevista, ele revelou que, no último dia 18 de dezembro, recebeu, na prisão, um bolo de aniversário enviado pela ex-prefeita de Fortaleza, Maria Luiza Fontenele, que participou da campanha pela concessão do refúgio político.
Ele elogiou a decisão de Genro que, segundo ele, foi fundamentada na análise detalhada da documentação. “Acho que o gesto do ministro Genro foi de coragem e de humanidade. A decisão é muito importante não só para mim, Cesare Battisti, mas para a humanidade”. Na entrevista, Battisti revelou ainda que, antes de viajar para o Brasil, tinha contatos no País, como o deputado federal o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), que não conhecia pessoalmente. Afirmou ainda que tinha outros endereços, entre eles o do cartunista e escritor Ziraldo, mas não o usou.
Cesare Battisti falou ainda sobre a conjuntura política na Itália na época em que teria cometido os supostos crimes e em que foi julgado. “Havia uma democracia na qual a máfia estava no poder. Nós tivemos um primeiro-ministro que ficou décadas no poder e foi condenado por ser mafioso. Estou falando do Giulio Andreotti. Havia também os fascistas, que nunca foram afastados do poder. E hoje, infelizmente, voltaram”, disse Battisti. Num trecho da entrevista ele qualifica o atual presidente, Silvio Berlusconi, de “fascista”. E atribui a ele a pressão para que o STF reveja a decisão de Tarso Genro e o mande para a Itália, para cumprir pena. (Das agências de notícias).
Battisti admitiu que pegou em armas e que fez assaltos, mas negou que tenha atuado na execução de qualquer pessoa. “Eu nunca matei ninguém. Eu nunca fui um militante militar em nenhuma organização. Nem na Frente Ampla nem nos PAC (Proletários Armados pelo Comunismo)”, afirmou Battisti. Ele revelou ainda que sua porta de entrada no Brasil, vindo da França, foi o Ceará. Ele deixou o território francês de carro, em direção à Espanha e Portugal. De Lisboa, foi para a Ilha da Madeira, de onde seguiu de barco para as Ilhas Canárias. Depois, pegou um avião para Cabo Verde e, em seguida, para Fortaleza.
Na chegada à capital do Ceará, em 2004, cresceram suas suspeitas que que havia informações cifradas no código de barras de seu passaporte. “Em todos os lugares, alguém sabia que eu estava chegando.” Em Fortaleza, uma mulher que falava francês o tirou da fila de controle de passaporte e o levou para uma sala. Convidou-o para um cafezinho e, depois de minutos, lhe devolveu o documento.
Do Ceará, ele seguiu para o Rio de Janeiro, onde foi preso em 2007. Desde então, está detido no Presídio da Papuda, em Brasília, enquanto aguarda a decisão do STF sobre sua libertação. Sua ligação com Fortaleza, porém, não se encerra aí. No fim da entrevista, ele revelou que, no último dia 18 de dezembro, recebeu, na prisão, um bolo de aniversário enviado pela ex-prefeita de Fortaleza, Maria Luiza Fontenele, que participou da campanha pela concessão do refúgio político.
Ele elogiou a decisão de Genro que, segundo ele, foi fundamentada na análise detalhada da documentação. “Acho que o gesto do ministro Genro foi de coragem e de humanidade. A decisão é muito importante não só para mim, Cesare Battisti, mas para a humanidade”. Na entrevista, Battisti revelou ainda que, antes de viajar para o Brasil, tinha contatos no País, como o deputado federal o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), que não conhecia pessoalmente. Afirmou ainda que tinha outros endereços, entre eles o do cartunista e escritor Ziraldo, mas não o usou.
Cesare Battisti falou ainda sobre a conjuntura política na Itália na época em que teria cometido os supostos crimes e em que foi julgado. “Havia uma democracia na qual a máfia estava no poder. Nós tivemos um primeiro-ministro que ficou décadas no poder e foi condenado por ser mafioso. Estou falando do Giulio Andreotti. Havia também os fascistas, que nunca foram afastados do poder. E hoje, infelizmente, voltaram”, disse Battisti. Num trecho da entrevista ele qualifica o atual presidente, Silvio Berlusconi, de “fascista”. E atribui a ele a pressão para que o STF reveja a decisão de Tarso Genro e o mande para a Itália, para cumprir pena. (Das agências de notícias).
JUAN CARLOS RAMIREZ ABADIA
Conforme o site “G.1” da Globo (http:/ g1.globo.com), em matéria postada às 20h47min do dia 12 de agosto de 2007, Juan Carlos Ramirez Abadia, conhecido por “Chupeta”, após sentir-se acuado pelas autoridades norte-americanas em parceria com autoridades colombianas, fugiu para o Brasil onde mantinha valiosos negócios com traficantes, como “Fernandinho Beira—Mar” e “BEM-TE-VI”, além de ser rota do seu tráfico internacional.
Acusado de ser chefe de cartel de drogas (“Vale do Norte”) e de enviar mais de 1.000 (mil) toneladas de cocaína para os Estados Unidos em três anos (2004-2005-2006); de ser responsável por 315 (trezentos e quinze) assassinatos e de ter um patrimônio criminoso de US$ 1,8 bilhão, Abadia, segundo ainda o “G.1”, “pisou pela primeira vez no Brasil, três anos atrás, em uma praia de visual paradisíaco em Camocim, no litoral do Ceará.
Acusado de ser chefe de cartel de drogas (“Vale do Norte”) e de enviar mais de 1.000 (mil) toneladas de cocaína para os Estados Unidos em três anos (2004-2005-2006); de ser responsável por 315 (trezentos e quinze) assassinatos e de ter um patrimônio criminoso de US$ 1,8 bilhão, Abadia, segundo ainda o “G.1”, “pisou pela primeira vez no Brasil, três anos atrás, em uma praia de visual paradisíaco em Camocim, no litoral do Ceará.
O traficante saiu da Colômbia em um veleiro, fez escala na Venezuela e viajou vários dias até desembarcar na praia.
Na chegada, em uma tarde de domingo, Abadia foi recepcionado por dez pessoas que organizaram a fuga dele. Abadia trazia US$ 4 milhões na bagagem, dinheiro vivo para dar início a uma nova vida, feita de muitos rostos e identidades falsas.
Na chegada, em uma tarde de domingo, Abadia foi recepcionado por dez pessoas que organizaram a fuga dele. Abadia trazia US$ 4 milhões na bagagem, dinheiro vivo para dar início a uma nova vida, feita de muitos rostos e identidades falsas.
O traficante passou a primeira noite no Brasil em um hotel à beira-mar.... “Os veleiros param em frente ao hotel e é um ponto estratégico deles desembarcarem"... Abadia chegou disfarçado com cabelos pintados, bigode e cavanhaque, diferente das fotos de quando era mais jovem e que aparecem na lista dos traficantes mais procurados pelo governo americano... A rota dos esconderijos no país começou em uma estrada que liga Camocim a Sobral. Do lugar, o colombiano embarcou em um bimotor... De Sobral o avião fez um pouso para reabastecer em Bom Jesus da Lapa, na Bahia, e seguiu até Araxá, no interior de Minas Gerais. Abadia se hospedou em um hotel e pela manhã, bem cedo, viajou sete horas de carro até São Paulo. Ele passou duas semanas escondido em flats e hotéis na região nobre dos Jardins, na Zona Oeste de São Paulo... Sentindo-se seguro com seus disfarces, o colombiano saiu comprando fazendas, casas na praia, um iate avaliado em R$ 3 milhões... No começo de 2005, Abadia sai de São Paulo com destino ao Paraná. Ele muda de casa e novamente de fisionomia. O colombiano faz plástica para afinar o nariz, ganha uma cova no queixo e deixa o rosto quadrado com implante de silicone.
A arte de enganar sempre fez parte da vida bandida do traficante formado em engenharia industrial nos Estados Unidos e chefe de um dos cartéis mais poderosos da Colômbia, o Vale do Norte. Foi de Abadia a idéia de montar uma frota de pequenos submarinos para transportar cocaína da Colômbia até o México e de lá para os Estados Unidos... A lavagem de dinheiro em 17 empresas pôs Abadia na mira da Polícia Federal...
Informações obtidas no Brasil levaram à maior apreensão de dinheiro vivo já feita na Colômbia. A polícia daquele país descobriu US$ 71 milhões em dinheiro e barras... nas casas de Abadia... Nas fotos do dia da prisão eram claras as cicatrizes da operação feita pela médica Loriti Bruel... A captura de um dos inimigos número 1 dos Estados Unidos correu o mundo e dominou o noticiário na Colômbia...
Abadia foi transferido de São Paulo para o presídio federal em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. As autoridades aguardam decisão da Justiça sobre o pedido de extradição para os Estados Unidos.”
(Fonte: O Povo e G1)
A arte de enganar sempre fez parte da vida bandida do traficante formado em engenharia industrial nos Estados Unidos e chefe de um dos cartéis mais poderosos da Colômbia, o Vale do Norte. Foi de Abadia a idéia de montar uma frota de pequenos submarinos para transportar cocaína da Colômbia até o México e de lá para os Estados Unidos... A lavagem de dinheiro em 17 empresas pôs Abadia na mira da Polícia Federal...
Informações obtidas no Brasil levaram à maior apreensão de dinheiro vivo já feita na Colômbia. A polícia daquele país descobriu US$ 71 milhões em dinheiro e barras... nas casas de Abadia... Nas fotos do dia da prisão eram claras as cicatrizes da operação feita pela médica Loriti Bruel... A captura de um dos inimigos número 1 dos Estados Unidos correu o mundo e dominou o noticiário na Colômbia...
Abadia foi transferido de São Paulo para o presídio federal em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. As autoridades aguardam decisão da Justiça sobre o pedido de extradição para os Estados Unidos.”
(Fonte: O Povo e G1)
Nenhum comentário:
Postar um comentário