"Agentes da Polícia Federal (PF) e do Drug Enforcement Administration (DEA), a agência norte-americana de combate ao tráfico de drogas, prenderam na manhã desta sexta-feira (16/04) o traficante colombiano Nestor Ramon Caro-Chaparro, de 42 anos. Ele é considerado um dos principais chefes do narcotráfico da Colômbia. A prisão de “El Duro”, como também é conhecido, aconteceu quando ele saía de um apartamento de luxo localizado na avenida Atlântica, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro.
De acordo com a Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF, o traficante estava há menos de um mês no Rio. Ele teria chegado à capital fluminense no último dia 13 usando um passaporte falso com identidade venezuelana. As investigações mostram que o grupo no qual Caro-Chaparro chefiava usava o Brasil como entreposto no tráfico internacional de cocaína. O entorpecente saía da Colômbia, parava nos portos do Rio ou de Santos e, então, seguia para os Estados Unidos.
"A droga não ficava aqui no Brasil. A atuação dele era no tráfico internacional. O Brasil era usado como entreposto, já que a cocaína ia para os Estados Unidos", afirmou o delegado João Luiz Caetano de Araújo. “Caro-Chaparro é considerado do nível do [Juan Carlos] Abadía. A prisão dele significa um grande baque nos cartéis colombianos”, completou.
Segundo a PF, a princípio, a atuação do colombiano não possuía nenhuma ligação com o tráfico de drogas no Rio. A corporação informou ainda que Caro-Chaparro vinha esporadicamente ao Brasil, mas como usava identidades falsas, não há como estipular quantas vezes eles esteve em território nacional.
Prisão
Desde a tarde de quinta-feira, agentes federais brasileiros e agentes norte-americanos vigiavam a residência do colombiano. Cinco policiais brasileiros efetuaram a prisão do traficante, que não ofereceu resistência. Ele morava em uma cobertura de luxo alugada em Copacabana. Estavam com ele no apartamento a namorada venezuelana, que está grávida de 7 meses, e uma suposta empregada.
“Ele se mostrou frio e assumiu que sabia que estava sendo procurado. Disse que pensava em fazer acordo para se entregar. Ele parecia saber muito bem os riscos das atividades que conduzia. Já a namorada informou que não tinha conhecimento das atividades dele”, disse o delegado Araújo.
O Departamento de Estado norte-americano oferecia uma recompensa de US$ 5 milhões (em torno de R$ 8,7 milhões) pela prisão do colombiano. Contra ele, há um pedido de extradição do governo norte-americano junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Caro-Chaparro irá responder por contrabando internacional de drogas, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. “Ainda não está definido se ele irá para Brasília, mas em breve ele deve ser levado para os Estados Unidos”, informou o delegado Araújo."
(Fonte: Anderson Dezan, iG)
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