"Terminou em tragédia uma das etapas do treinamento militar do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), da Polícia Militar do Mato Grosso, para novos tripulantes de helicópteros. Quatro dos 25 participantes – entre civis e militares - passaram mal e um deles morreu a caminho do Pronto-Socorro de Cuiabá (PSC). Trata-se do soldado PM de Alagoas, Abinião Soares de Oliveira (foto acima do corpo do PM no necrotério), que veio para o Estado através da Força Nacional de Segurança. Estão em observação no PSC um soldado PM de Goiás, um cabo PM da Bahia e um sargento PM do Paraná.
O fato ocorreu ontem de manhã, durante o treinamento de mergulho na lagoa do condomínio Terra Selvagem Golfe, localizado na rodovia de acesso a usina de Manso, município de Chapada dos Guimarães. Os quatro alunos foram trazidos no helicóptero da Polícia Militar para Cuiabá.
Assim que soube da tragédia, o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Diógenes Gomes Curado Filho, determinou a suspensão do curso, que prevê 540 horas, e estava no início. O secretário acrescentou que, no local, existe todo um aparato de profissionais para atender qualquer eventualidade.
“Havia uma grande gama de pessoas para atender a qualquer situação. E eles vieram de helicóptero para o socorro mais próximo que é o Pronto-Socorro da Capital”, explicou. Além de suspender o curso, solicitou que fosse aberta uma investigação para apurar as causas da morte do militar.
O diretor de Polícia Civil, Paulo Rubens Vilela, determinou que o delegado Jeferson Chaves tomasse os primeiros procedimentos. “Foi solicitado exame de necropsia do militar e perícia no local onde ocorreu o acidente”, disse Vilela. O delegado deverá também fazer uma visita no local.
Enfermeiros de plantão não souberam informar se Abinião chegou morto ou durante o trajeto. Eles acreditam que somente o exame de necropsia poderá tirar essa dúvida. “A correria aqui foi grande e não foi possível saber se morreu aqui ou chegou morto”, explicou um enfermeiro.
Um policial que já participou de um curso anterior disse que o treinamento é exaustivo em todas as etapas, principalmente nas de mergulho. “Podemos comparar aos cursos do Bope (Batalhão de Operações Especiais) do Rio de Janeiro”, resumiu.
O curso de Tripulação Operacional Multimissão (TOM) forma auxiliares que atuam nas bordas do helicóptero. “São policiais que atuam como ajudantes do piloto e co-piloto”, explicou o secretário Curado. Ele acrescentou que nas quatro edições muitos policiais ficam cansados, mas é o primeiro com o registro de óbito.
O secretário disse ainda que já entrou em contato com o secretário de Segurança Pública de Alagoas e a Sejusp deverá providenciar o translado do corpo até Maceió.
HISTÓRICO
Não é a primeira vez que a Polícia Militar de Mato Grosso vive um episódio de treinamento com ocorrência de morte entre os alunos. Quem não se lembra do “Caso Cadetes”, ocorrido em 1998, quando morreram os aspirantes a vagas de oficiais da PM Sérgio Kobayashi e Evaldo Bezerra de Queiróz, afogados no córrego Caramujo, em Cáceres. Eles faziam treinamento por 20 horas ininterruptas dentro do curso d’água. O fato aconteceu por volta das 2 horas, e completou 12 anos este mês.
Conforme as investigações, os cadetes não estavam com equipamentos e vestimentas adequadas para o treinamento, que ocorria em córrego desconhecido pelo grupo. Oficiais da PM foram responsabilizados pelo fato."
(Fonte: Adilson Rosa - Diário de Cuiabá)
O fato ocorreu ontem de manhã, durante o treinamento de mergulho na lagoa do condomínio Terra Selvagem Golfe, localizado na rodovia de acesso a usina de Manso, município de Chapada dos Guimarães. Os quatro alunos foram trazidos no helicóptero da Polícia Militar para Cuiabá.
Assim que soube da tragédia, o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Diógenes Gomes Curado Filho, determinou a suspensão do curso, que prevê 540 horas, e estava no início. O secretário acrescentou que, no local, existe todo um aparato de profissionais para atender qualquer eventualidade.
“Havia uma grande gama de pessoas para atender a qualquer situação. E eles vieram de helicóptero para o socorro mais próximo que é o Pronto-Socorro da Capital”, explicou. Além de suspender o curso, solicitou que fosse aberta uma investigação para apurar as causas da morte do militar.
O diretor de Polícia Civil, Paulo Rubens Vilela, determinou que o delegado Jeferson Chaves tomasse os primeiros procedimentos. “Foi solicitado exame de necropsia do militar e perícia no local onde ocorreu o acidente”, disse Vilela. O delegado deverá também fazer uma visita no local.
Enfermeiros de plantão não souberam informar se Abinião chegou morto ou durante o trajeto. Eles acreditam que somente o exame de necropsia poderá tirar essa dúvida. “A correria aqui foi grande e não foi possível saber se morreu aqui ou chegou morto”, explicou um enfermeiro.
Um policial que já participou de um curso anterior disse que o treinamento é exaustivo em todas as etapas, principalmente nas de mergulho. “Podemos comparar aos cursos do Bope (Batalhão de Operações Especiais) do Rio de Janeiro”, resumiu.
O curso de Tripulação Operacional Multimissão (TOM) forma auxiliares que atuam nas bordas do helicóptero. “São policiais que atuam como ajudantes do piloto e co-piloto”, explicou o secretário Curado. Ele acrescentou que nas quatro edições muitos policiais ficam cansados, mas é o primeiro com o registro de óbito.
O secretário disse ainda que já entrou em contato com o secretário de Segurança Pública de Alagoas e a Sejusp deverá providenciar o translado do corpo até Maceió.
HISTÓRICO
Não é a primeira vez que a Polícia Militar de Mato Grosso vive um episódio de treinamento com ocorrência de morte entre os alunos. Quem não se lembra do “Caso Cadetes”, ocorrido em 1998, quando morreram os aspirantes a vagas de oficiais da PM Sérgio Kobayashi e Evaldo Bezerra de Queiróz, afogados no córrego Caramujo, em Cáceres. Eles faziam treinamento por 20 horas ininterruptas dentro do curso d’água. O fato aconteceu por volta das 2 horas, e completou 12 anos este mês.
Conforme as investigações, os cadetes não estavam com equipamentos e vestimentas adequadas para o treinamento, que ocorria em córrego desconhecido pelo grupo. Oficiais da PM foram responsabilizados pelo fato."
(Fonte: Adilson Rosa - Diário de Cuiabá)
Em determinados cursos militares há um potencial elevado de letalidade e, muitas vezes, o famoso 4S (saúde, sorte, saco e simpatia)nos ajuda.
ResponderExcluirSomente depois das investigações serão determiinadas as causas. Entretanto, fica o nosso sentimento pelo irmão que se foi.