As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) sobre Acesso à Internet e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal, divulgada nesta sexta pelo IBGE. Os dados chegam duas semanas após o anúncio do governo brasileiro sobre o Plano de Banda Larga Nacional, que pretende levar a internet rápida a metade de todos os domicílios no país até 2014.
O levantamento mostra que a inclusão digital da população brasileira está crescendo, mas ainda revela desigualdades e, até mesmo, desinteresse – 32,8% das pessoas entrevistadas, do grupo dos que nunca acessaram a internet, dizem que não querem ou não acham necessário usá-la. No total, 104,7 milhões de brasileiros ainda não acessam internet.
Brasileiros conectados
O acesso por banda larga duplicou nos últimos três anos. Dos que acessaram a Internet de casa, 80,3% o fizeram somente através de banda larga em 2008, frente aos 41,2% de 2005. As lan houses são o segundo lugar de onde os brasileiros mais acessam a rede, seguido do ambiente de trabalho.
Entretanto, as diferenças regionais no uso da internet, independente do tipo de conexão, permanecem. A região Sudeste ainda tem o maior percentual de usuários (40,3%), seguido do Centro-Oeste (39,4%), Sul (38,7%), Norte (27,5%) e Nordeste (25,1%). O Centro-Oeste se destacou no quesito banda larga: 93,4% dos usuários usam a internet rápida como principal forma de acesso.
A boa notícia é que em todos os níveis de escolaridade foi observado aumento do acesso à rede, principalmente na camada da população com menor escolaridade, na qual o crescimento desse acesso foi mais intenso.
Também houve mudança no principal motivo que leva as pessoas a usarem a internet: 83,2% usaram a rede em 2008 principalmente para se comunicar com outras pessoas – em 2005, o principal motivo era educação ou aprendizado, que caiu para o terceiro lugar em 2008.
Celular ganha importância
Para boa parte da população brasileira (44,7%), o celular é o único telefone pessoal. No contingente dos ocupados, o percentual dos que tinham celular para uso pessoal em 2008 (63,6%) foi superior ao dos não ocupados (40,6%).
Mas, apesar de mais da metade dos brasileiros já ter celular, a posse do aparelho ainda está relacionada à maior escolaridade e renda. As pessoas que tinham em 2008 celular apresentaram um número médio de anos de estudo superior (9,2) ao das que não tinham (5,2), e o percentual dos que possuíam celular é crescente com o aumento da faixa de rendimento."
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