“Os gastos da Arquidiocese do Rio nos últimos 16 meses passarão por uma auditoria. O objetivo é rastrear como foram usados cerca de R$ 15 milhões da conta da Mitra na gestão do padre Edvino Steckel como ecônomo - aquele que é responsável pelas finanças da igreja. A decisão de investigar o destino do dinheiro foi tomada depois da descoberta da compra - por R$ 2,2 milhões - de um apartamento de
A Mitra vai investigar ainda a Associação de Solidariedade Justiça e Paz (ASPJ), fundada por dom Eusébio e padre Edvino, em junho de 2006, para realização de ações sociais. Em dezembro daquele ano, a associação teria firmado, à revelia da Mitra, um convênio com o Bradesco para a criação do cartão de crédito Solidariedade Católica, cuja renda é destinada, em parte, à entidade. O dinheiro da Arquidiocese teria sido usado ainda em reformas desnecessárias no Edifício João Paulo II, sede da Mitra na Glória, e na compra de móveis de design arrojado, numa loja de Ipanema.
Na semana passada, o padre Edvino foi afastado de suas funções na Arquidiocese e da direção da Rádio Catedral pelo arcebispo dom Orani Tempesta, que sucedeu a dom Eusébio. Para tomar conta do cofre, foi chamado o monsenhor Abílio Ferreira da Nova, antigo ocupante do posto, desligado do cargo em janeiro de 2008 por dom Eusébio. Monsenhor Abílio afirma que encontrou o caixa da Mitra praticamente zerado, com recursos apenas para as despesas básicas com água, luz, telefone e folha de pagamento dos cerca de 200 funcionários. A folha mensal da Cúria está em torno de R$ 400 mil.”
(Fonte: O Globo)
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