"A Polícia Civil pode ter apreendido um dos doze fuzis roubados no dia 08 de outubro de 2007, do Quartel do Comando Geral (QGC) da Polícia Militar, no bairro de Fátima. O fuzil de uso restrito da Polícia, calibre 7.62 da marca Falcon foi encontrado na residência de um rapaz, no momento em que os policiais da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) realizavam tocaia para prender um assaltante, que ainda está foragido. Duas pessoas foram presas com o fuzil, vasta munição, documentos falsos e outros materiais.
De acordo com o titular da DRF, Wilder Brito (foto), não foram encontrados indícios como o registro da arma, mas a possibilidade de ser do arsenal da PM não foi descartada. O fuzil deve ser periciado e o QGC comunicado sobre essa possibilidade. Wilder contou que há 20 dias os policiais da especializada investigavam uma quadrilha de traficantes e assaltantes de banco e de roubos do tipo “saidinha” bancária. “Fizemos uma campana durante a madrugada e ‘estouramos’ o local onde estavam guardados os materiais do crime”.
Segundo Wilder, o líder do bando foi identificado como Ítalo Ferreira da Silva, que reside no bairro Barroso II, em Fortaleza e responde por roubo e homicídio doloso (quando há intenção de matar). Ao chegarem na rua 10, nº 191 daquele bairro, os policiais encontraram o irmão do acusado, o pintor Luís Cláudio Ferreira da Silva, 43, que estava com parte do material.
Em um bairro vizinho, no Jardim Castelão, numa residência na rua 8 casa 281, a equipe da DRF encontrou o balconista de frigorífico Rogério Rodrigues, 36, que estava com o restante da munição, documentos falsos e notas de R$ 50 reais que seriam utilizadas em um golpe. Foram localizados sete projéteis do fuzil encontrado, dois de fuzil 5.56, três munições de pistola nove milímetros, sete de escopeta e uma motocicleta Twister. Conforme o titular da especializada, o fuzil 7.62 possui alto poder de destruição com capacidade de atravessar até carros-fortes.
O que também chamou a atenção do delegado foi um silenciador encontrado com os rapazes, usado para abafar o barulho de tiros. Wilder afirmou que o bando estava sendo investigado pelo assalto a uma construtora, no bairro Castelão, que rendeu à quadrilha R$ 50 mil. A dupla foi autuada pelo delegado nos Artigos 12 e 16 do Estatuto do Desarmamento e 180 do Código Penal, estelionato.
Outros três integrantes dessa quadrilha identificados como Renan, Silas e “Galo” estão sendo procurados. De acordo com o inspetor-chefe Pimentel, os traficantes do Tancredo Neves, Lagamar e Barroso II firmaram uma aliança para obterem o controle do tráfico naquela região de Fortaleza. Porém, a parceria foi rompida quando Ítalo e “Galo” executaram o traficante Gécila. “Ele era integrante de um dos grupos e com o homicídio, as quadrilhas se partiram”, contou."
(Fonte: Mara Rodrigues, O Estado)
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