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quinta-feira, 4 de junho de 2009

DRF PODE TER APREENDIDO FUZIL ROUBADO DO COMANDO GERAL DA PMCE

"A Polícia Civil pode ter apreendido um dos doze fuzis roubados no dia 08 de outubro de 2007, do Quartel do Comando Geral (QGC) da Polícia Militar, no bairro de Fátima. O fuzil de uso restrito da Polícia, calibre 7.62 da marca Falcon foi encontrado na residência de um rapaz, no momento em que os policiais da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) realizavam tocaia para prender um assaltante, que ainda está foragido. Duas pessoas foram presas com o fuzil, vasta munição, documentos falsos e outros materiais.

De acordo com o titular da DRF, Wilder Brito (foto), não foram encontrados indícios como o registro da arma, mas a possibilidade de ser do arsenal da PM não foi descartada. O fuzil deve ser periciado e o QGC comunicado sobre essa possibilidade. Wilder contou que há 20 dias os policiais da especializada investigavam uma quadrilha de traficantes e assaltantes de banco e de roubos do tipo “saidinha” bancária. “Fizemos uma campana durante a madrugada e ‘estouramos’ o local onde estavam guardados os materiais do crime”.

Segundo Wilder, o líder do bando foi identificado como Ítalo Ferreira da Silva, que reside no bairro Barroso II, em Fortaleza e responde por roubo e homicídio doloso (quando há intenção de matar). Ao chegarem na rua 10, nº 191 daquele bairro, os policiais encontraram o irmão do acusado, o pintor Luís Cláudio Ferreira da Silva, 43, que estava com parte do material.

Em um bairro vizinho, no Jardim Castelão, numa residência na rua 8 casa 281, a equipe da DRF encontrou o balconista de frigorífico Rogério Rodrigues, 36, que estava com o restante da munição, documentos falsos e notas de R$ 50 reais que seriam utilizadas em um golpe. Foram localizados sete projéteis do fuzil encontrado, dois de fuzil 5.56, três munições de pistola nove milímetros, sete de escopeta e uma motocicleta Twister. Conforme o titular da especializada, o fuzil 7.62 possui alto poder de destruição com capacidade de atravessar até carros-fortes.

O que também chamou a atenção do delegado foi um silenciador encontrado com os rapazes, usado para abafar o barulho de tiros. Wilder afirmou que o bando estava sendo investigado pelo assalto a uma construtora, no bairro Castelão, que rendeu à quadrilha R$ 50 mil. A dupla foi autuada pelo delegado nos Artigos 12 e 16 do Estatuto do Desarmamento e 180 do Código Penal, estelionato.

Outros três integrantes dessa quadrilha identificados como Renan, Silas e “Galo” estão sendo procurados. De acordo com o inspetor-chefe Pimentel, os traficantes do Tancredo Neves, Lagamar e Barroso II firmaram uma aliança para obterem o controle do tráfico naquela região de Fortaleza. Porém, a parceria foi rompida quando Ítalo e “Galo” executaram o traficante Gécila. “Ele era integrante de um dos grupos e com o homicídio, as quadrilhas se partiram”, contou."

(Fonte: Mara Rodrigues, O Estado)

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