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segunda-feira, 29 de junho de 2009

BEBÊ EM PRESÍDIO MILITAR



"Um cartaz chama a atenção de quem chega à ala feminina do Presídio Romão Gomes (da PMESP), onde estão presos militares, na zona norte de São Paulo - SP.

"Senhores (as), por gentileza, NÃO batam na porta desta carceragem. Bebê a bordo! Obrigada. Ass: Feminino."

No local, a soldado I., de 36 anos, vive com o filho, que nasceu em 30 de janeiro. É o primeiro bebê concebido atrás das grades do presídio militar. Ela e o marido, o cabo M., de 39 anos, estavam presos lá desde 2007, aguardando julgamento por tentativa de homicídio. O casal violou normas e burlou a segurança interna para manter encontros íntimos. Cinco PMs que integravam a guarda da carceragem foram afastados e processados por facilitação de comunicação interna e prevaricação.

A chegada do bebê foi um susto. Mas a única grande mudança ocorreu na cela de I., com autorização do comandante do presídio, tenente-coronel Abaré Vaz de Lima. Ela colocou, ao lado de seu beliche, um berço com urso de pelúcia e almofada em forma de coração para aconchegar o filho. Também decorou o local como quarto de bebê. Uma banheira de plástico ajuda a compor o cenário, que só lembra uma cela por causa das grades na porta de entrada. Nas paredes, quadrinhos com desenhos de bichinhos.

- Sempre quis ter um menino. Foi uma vitória", diz I., que já era mãe de duas meninas, de 15 e 9 anos, do primeiro casamento.

O bebê passa o dia sendo paparicado pela mãe e por sua companheira de ala, a cabo A., além da carcereira Tina, que se reveza com uma colega na guarda das internas. I. e A. são as únicas mulheres presas no Romão Gomes.

O bebê pode sair do presídio a qualquer momento. Em março, foi, pela primeira vez, conhecer o pai. O cabo foi expulso da PM e transferido, em outubro, para o presídio de Tremembé, no Vale do Paraíba.

O casal é acusado de tentar matar um perueiro, em 13 de julho de 2007. O motivo teria sido a disputa por um ponto de lotação. Eles tocavam seis peruas na linha Parada de Taipas-Terminal Pirituba, segundo denúncia do Ministério Público.

No Romão, marido e mulher ficaram separados por alas distantes 50 metros uma da outra. Por diversas vezes, I. reivindicou a visita íntima à Justiça Militar e à direção do presídio.

De acordo com o comandante, o casal pedia aos carcereiros para se encontrar apenas para um abraço, e esses, com pena, atendiam.

I. não fala sobre o caso. E limita-se a dizer apenas que, durante a gravidez, se sentiu sozinha e chorou bastante.

- Fiquei muito assustada. Comecei a sentir enjoo e, quando soube que estava grávida, tive um sentimento duplo de alegria e desespero. Chorei muito. Depois fiquei muito, muito feliz - diz a soldado.

O julgamento do casal pela tentativa de homicídio está marcado para o dia 22 de julho, no 2 Tribunal do Júri. Por lei, o bebê teria direito a ficar apenas seis meses com a mãe, morando na cadeia, mas a Justiça Militar pode autorizar a sua permanência no Romão por mais um semestre, até 2010."

(Fonte: Diário de São Paulo e O Globo)

Um comentário:

  1. Coronel por que este blog não se parece com o senhor? Por que não está engajado politica e ideologicamente? Por que só contém banalidades? Não ofi esa a imagem que o senhro passou para os eus cadetes? Por que o senhor não está pensando polícia e política neste espaço? Gostaria de ver o velho e bom coronel Bessa de volta a quem nós aprendemos a admirar e que parece que ficou em algum lugar do passado. Alguém disse que nas grandes crises é que surgem os verdadeiros líderes. Eu não acredito que o senhor consigar ver o que está acontecendo com a nossa PM e possa ficar passivo. A tropa clama por héroi. Volte Coronel, vc é nossa última esperança.

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