No caso das regiões Amazônicas, onde o transporte por barcos é o mais usado, os acidentes ocorrem com frequência. Só no Amapá foram registrados três acidentes do tipo este ano. Cerca de 80% das vítimas são mulheres e, na maioria das vezes, todo o couro cabeludo é arrancado e os cabelos não voltam a crescer.
Na última terça, a Associação de Vítimas de Escalpelamento realizou um "Ato pelo escalpelamento zero" no auditório da Procuradoria Geral do Estado. O objetivo da ação foi chamar a atenção do Senado Federal, para a aprovação do Projeto de Lei Complementar, onde torna obrigatório o uso de proteção no motor, eixo e partes móveis das embarcações.
A Lei obrigará o uso de uma proteção no motor e eixo das embarcações em todo o território nacional. A Marinha ficará responsável pela fiscalização. O descumprimento poderá acarretar em pagamento de multa, apreensão da embarcação e cassação da licença de transporte de passageiros.
Segundo a autora do projeto de lei, deputada federal Janete Capiberibe (PSB), na Região Norte foram registrados cerca de 20 escalpelamentos em 2008.
- Milhares de embarcações navegam nos rios da Amazônia, mas o registro de legalizações é mínimo. Sem contar as regras de segurança desobedecidas pelos fabricantes artesanais. As vítimas normalmente são mulheres que têm os cabelos presos no eixo no motor - explicou a deputada.
O escalpelamento em embarcações foi debatido pela primeira vez nacionalmente durante a segunda Conferência Nacional de Políticas Públicas para Mulheres, realizada há dois anos. O Governo federal criou um grupo de trabalho para discutir o assunto nos Ministérios. A bancada parlamentar Federal do Amapá criou outros três projetos de Lei que garantem benefícios às vítimas de escalpelamento, mas ainda não foram precisam aprovados."
(Fonte: Portal Amazônia e O Globo)
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