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segunda-feira, 22 de junho de 2009

CASCAVEL NO LITORAL LESTE DO CEARÁ, APRESENTA MEIOS LOGÍSTICOS DEFICIENTES PARA COMBATER A VIOLÊNCIA

"A ação de assaltantes armados e os furtos a residências têm trazido intranqüilidade para os moradores do município."


"Cascavel. Assaltos a ônibus, estabelecimentos comerciais e a pessoas. Essa é a realidade enfrentada pelos moradores do município de Cascavel (distante 60 Km de Fortaleza) e de distritos vizinhos, como a praia da Caponga. Podemos incluir nessa lista de reclamações furtos (arrombamentos) a casas de veraneio, prédios públicos e até igrejas. Para completar, a população tem que conviver com um pequeno efetivo de policiais militares e civis, para cobrir a sede do município e seis distritos, sem contar com o péssimo estado de conservação das viaturas.

A reportagem do Diário do Nordeste percorreu ruas e avenidas do município e de algumas praias. A aparente tranqüilidade da região, atualmente com cerca de 60 mil habitantes, situada no Litoral Leste do Estado, desaparece na primeira conversa com os moradores. O pescador Francisco de Sena Pessoa, 59, já não reconhece mais a outrora pacata cidade praiana. “Aqui está complicado. Antes era uma raridade acontecer assalto, agora é direto”, reclama.

A comerciante Maria do Socorro Fernandes, 37, engrossa o coro dos descontentes e assustados. Ela afirma que tem que fechar o seu comércio logo que escurece, porque senão é assaltada. Segundo ela, no último caso, ocorrido na semana passada, três adolescentes invadiram vários locais, como mercadinhos, farmácias, padarias e fizeram um verdadeiro arrastão. “No final, eles saíram atirando, uma mulher só não morreu, porque a arma bateu catolé (falhou)”, contou.

Já no Mercadinho Menino Jesus, os assaltantes levaram dinheiro e objetos de clientes. Na mesma noite acabaram detidos pela Polícia, mas segundo os moradores já estão soltos.

Os assaltos a coletivos nas rodovias que circundam a cidade também estão tirando o sono das autoridades policiais. Somente este mês, dois ônibus de turismo foram assaltados por bandidos armados. O primeiro ocorreu no dia quatro deste mês e o último na sexta-feira (19). A ousadia das quadrilhas é tão grande, que no mesmo dia, estava sendo realizada uma operação do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), com mais de 40 homens, entre policiais civis, militares, rodoviários federais e do Departamento de Trânsito (Detran).

Enquanto a operação se estendia para praias como Caponga e Barra Nova, quatro assaltantes paravam um ônibus na CE-040, que tinha como destino o Rio Grande do Norte, renderam motorista e todos os passageiros e roubaram o que encontraram pela frente. Nos mais de 30 Boletins de Ocorrência (BOs) registrados na Delegacia de Polícia de Cascavel, os passageiros relatavam a agonia enfrentada naquela noite. Câmeras digitais, celulares, relógios, dinheiro, alianças, entre outros objetos foram roubados. A Polícia fez diligências na região, mas até agora ninguém foi preso.

Os furtos também estão entre as preocupações dos moradores. São reclamações de todos os tipos, desde pequenos delitos até arrombamentos a casas de veraneio, com grande quantidade de produtos levados pelos ladrões como TVs, aparelhos de som e outros objetos de valor. Nos BOs dos últimos dois meses registrados na delegacia, até furto em escolas, igrejas e pólos de artesanatos podem ser observados.

O comerciante e morador da Praia da Caponga há 13 anos, Ariomildo do Nascimento Gomes, 46, diz que é difícil conviver com essa situação. O maranhense afirma que quando vai anoitecendo, começa a ficar assustado. “O movimento diminui e qualquer pessoa que aparece a gente fica logo com medo de ser assalto”. Ariomildo conta que comerciantes e moradores estiveram reunidos com o prefeito e ele prometeu lutar por mais segurança na área, “principalmente agora, porque está perto das férias e vai chegar mais gente”.

SEM CONDIÇÕES


Cidade conta com poucos policiais.

Efetivo reduzido, viaturas sucateadas e uma grande área (aproximadamente 820 quilômetros quadrados) para patrulhar. Essa é a realidade da Companhia da Polícia Militar em Cascavel. Pelo lado da Polícia Civil, a situação não é diferente. Um delegado e três inspetores para investigar dezenas de denúncias de roubos, furtos e crimes de mortes.

Depois de ouvir os moradores, a equipe do Diário, procurou o Comando do Policiamento de Cascavel e a Delegacia da Cidade. O posto estava fechado. Fomos informados que a patrulha havia saído para atender a uma ocorrência. No pátio da Companhia, três viaturas, duas totalmente quebradas e uma em precárias condições. Na delegacia, apenas um inspetor tomava conta do prédio.

Em entrevista por telefone, o tenente PM Kairo Segundo, comandante do policiamento na região informou que, atualmente, tem um efetivo de 29 PMs, seis no presídio, três no sistema de rádio, restando 20 policiais, que cumprem revezamento no patrulhamento do município e distritos vizinhos.

Mesmo com as dificuldades enfrentadas, os PMs capturaram acusados de um assalto a estabelecimento comercial e dos adolescentes que fizeram roubos em séries. “Dentro das possibilidades estamos dando o máximo para que a população tenha uma resposta”, disse.

Já o delegado Everardo Lima, que responde por três delegacias atualmente - Cascavel, Pindoretama e Beberibe -, afirmou que as ações são realizadas de acordo com as condições de trabalho. “Mais do que a gente faz não tem condição, porque não temos estrutura nenhuma. O Estado precisa fazer a sua parte, contratando policiais e dando melhores condições de trabalho.”

(Fonte: Diário do Nordeste)

Um comentário:

  1. hoje houve assalto na cidade no centro da cidade na mesma rua da "delegacia" na Comercial Modelo,pois uma delegacia que fica aberta sem um delegado e sem um escrivão não parece uma delegacia,isso tudo po volta das 5:30 da tarde. Mas como é q um delegado toma de conta de três municipios ao mesmo tempo.

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