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quarta-feira, 17 de junho de 2009

DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL É DENUNCIADO POR "CARTEIRADA"

"Um pedido de 54 credenciais (ingressos) para assistir gratuitamente ao GP Brasil de Fórmula 1, em 2004, feito por um delegado, é o mote de uma nova denúncia do Ministério Público Federal à Justiça. Autor do pedido dos convites, o delegado federal Nivaldo Bernardi foi denunciado por estelionato. O então corregedor-regional da PF em São Paulo, Antonio Pietro, e o então superintendente da PF em São Paulo, Severino Alexandre Andrade Melo, foram denunciados por condescendência criminosa e favorecimento pessoal. Em valores atualizados, os ingressos custariam cerca de R$ 130 mil.

Segundo o MPF, ao pedir as credenciais, Bernardi tentou induzir a erro os organizadores do GP Brasil de Fórmula 1, requisitando, com um papel com o timbre da PF, 54 credenciais, quatro delas para acesso ao paddock, a área mais nobre do evento. Antes do pedido, a PF em São Paulo já havia informado ao delegado que não participaria do evento naquele ano.

O delegado da PF só não conseguiu as credenciais porque o empresário Tamas Rohony, organizador do GP Brasil, numa reunião preparatória sobre a segurança do evento, foi informado pelo delegado Antonio Wagner Castilho de que a PF não participaria do GP. Rohony então devolveu a Castilho o "ofício" entregue por Bernardi dias antes. Dois anos depois do episódio, a PF abriu procedimento disciplinar contra Bernardi. Ele foi suspenso por 10 dias.

O procurador da República Roberto Antonio Dassié Diana descobriu o caso e denunciou os policiais. Diana só soube da história porque Bernardi entrou com ação na Justiça contestando a punição interna. Segundo a denúncia de Diana, corregedor e superintendente ocultaram do MPF o procedimento contra Bernardi, contrariando as leis de improbidade administrativa, da Polícia Federal, dos servidores públicos federais, do Ministério Público e por orientação da Controladoria-Geral da União.

Desde janeiro de 2008, por suspeitar que a PF não estaria abrindo inquéritos sobre alguns crimes de policiais, o MPF foi checar a informação. A PF em São Paulo informou que não se manifestará sobre o caso."

(Fonte: Soraia Aggege para O Globo)

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