Segundo o MPF, ao pedir as credenciais, Bernardi tentou induzir a erro os organizadores do GP Brasil de Fórmula 1, requisitando, com um papel com o timbre da PF, 54 credenciais, quatro delas para acesso ao paddock, a área mais nobre do evento. Antes do pedido, a PF em São Paulo já havia informado ao delegado que não participaria do evento naquele ano.
O delegado da PF só não conseguiu as credenciais porque o empresário Tamas Rohony, organizador do GP Brasil, numa reunião preparatória sobre a segurança do evento, foi informado pelo delegado Antonio Wagner Castilho de que a PF não participaria do GP. Rohony então devolveu a Castilho o "ofício" entregue por Bernardi dias antes. Dois anos depois do episódio, a PF abriu procedimento disciplinar contra Bernardi. Ele foi suspenso por 10 dias.
O procurador da República Roberto Antonio Dassié Diana descobriu o caso e denunciou os policiais. Diana só soube da história porque Bernardi entrou com ação na Justiça contestando a punição interna. Segundo a denúncia de Diana, corregedor e superintendente ocultaram do MPF o procedimento contra Bernardi, contrariando as leis de improbidade administrativa, da Polícia Federal, dos servidores públicos federais, do Ministério Público e por orientação da Controladoria-Geral da União.
Desde janeiro de 2008, por suspeitar que a PF não estaria abrindo inquéritos sobre alguns crimes de policiais, o MPF foi checar a informação. A PF em São Paulo informou que não se manifestará sobre o caso."
(Fonte: Soraia Aggege para O Globo)
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