No final deste ano começa a operar o Centro Integrado de
Operações de Fronteira, inspirado no modelo norte-americano chamado de Fusion
Center. A unidade será implantada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública
em Foz do Iguaçu (PR), cidade que faz fronteira com o Paraguai e a Argentina.
O centro vai integrar forças de segurança, unificar as
comunicações e compartilhar informações estratégicas para fortalecer o combate
ao crime organizado e ao tráfico de drogas na região de fronteira.
A previsão é que os trabalhos sejam iniciados na primeira
quinzena de dezembro. O Centro vai começar a operar como projeto-piloto e
a ideia é futuramente expandir o modelo para outras regiões.
O coordenador geral de combate ao crime organizado da Secretaria
de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Wagner
Mesquita, explicou que o Fusion Center é uma estrutura para dar suporte e
aprofundar investigações.
A expectativa é atue em colaboração também com estruturas de
inteligência já em funcionamento como o Centro Integrado de Comando e Controle
do Rio de Janeiro, que foi utilizado para garantir a segurança de atletas,
delegações e turistas durante a Copa América deste ano. “São centros que se
comunicam, se complementam e produzem uma grande rede de comunicação”, disse.
No local, profissionais de diferentes órgãos e forças policiais
vão compartilhar informações sobre investigações, bancos de perfil genético,
circulação de armas, atuação do crime organizado e fazer análises conjuntas.
Haverá ainda um núcleo de atividades cibernéticas para acompanhar as
tecnologias usadas pelo crime organizado.
“Com isso estamos combatendo o crime organizado, o tráfico de
drogas, contrabando de armamento, de mercadorias. Combatendo a porta de entrada
da mercadoria, que é o objeto de lucro e desejo do crime organizado, você está
enfraquecendo as facções criminosas que atuam nos grandes centros urbanos. Não
adianta fazer uma política de combate somente nos grandes centos urbanos se não
tirar a logística de entrada do produto ilícito”, afirmou Wagner Mesquita.
Trabalho conjunto
Pelo menos 16 instituições estão trabalhando na implantação do
projeto. Entre elas a Polícia Federal, a Agência Nacional de Inteligência
(Abin), o Ministério da Defesa, a Polícia Rodoviária Federal e a Receita
Federal. A ideia é que as polícias estaduais também tenham representantes nos
centros.
Instalação do Centro
O centro vai funcionar em uma área de 600 metros quadrados cedida
pelo Parque Tecnológico de Itaipu Binacional pelo prazo de cinco anos. O espaço
tem capacidade para abrigar 58 servidores. A ideia é que seja construída uma
sede definitiva para a estrutura.
(Fonte: https://www.gov.br/pt-br/noticias/justica-e-seguranca/2019/09/governo-tera-centro-integrado-de-inteligencia-na-regiao-de-fronteira?fbclid=IwAR3ZK1bX-jtE0TsRmo2lYdU3N-lqiHkBURGiG0uhk_9EzdESi-UTEHntOo0)
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